Salve colegas velejadores!
Andei pesquisando a palavra vela, nos arquivos dos grupos “Altomar” e “Hisse-et-oh” e também na bíblia francesa da vela e selecionei os seguintes extratos de mensagens ou texto, que comento abaixo.
“Embora eu não discorde da eficiência da idéia, acho que a causa não será combatida. Isso porque a vela, como esporte oficial no Brasil, continua a fazer o que sempre fez: ser um esporte para poucos. Pior ainda, vem deixando morrer a prática da vela tradicional (pequenas canoas, saveiros de pesca e de transporte, etc) em todo o Brasil. O desprezo e a ignorância oficiais são de tal ordem que não existe nem um único projeto oficial em curso cujo objetivo primeiro seja a manutenção da prática da vela e ou sua reintrodução em áreas aonde foram tradicionais. As federações e o próprio Ministério da Educação, também não se preocupam em criar uma família de veleiros de baixo custo e construção simplificada (e universal) para a implantação da prática da vela em represas, rios e lagos.”
Arnaldo Andrade – 23/02/2003
meu comentário: - Eu criei um projeto utópico, chamado “Trabalhadores do Mar”, cujo objetivo é fabricar, em “larga escala”, o primeiro veleiro popular brasileiro (PVPB) que seria vendido ao preço de duas bicicletas simples ( R $ 700,00 e nem um centavo a mais ). A idéia não é nova. Na França foi feito algo parecido a partir da década de 50 com o famoso “vaurien”. E coincidentemente, 50 anos mais tarde, a França se tornou o país da vela. Mas meu projeto “Trabalhadores do MAR” tem um detalhe novo, que mudaria tudo. ( um detalhe novo pode revolucionar uma idéia antiga. ) Alguém interessado?
“Minha vela ficou cinza após muito usada. Com a intenção de clareá-la eu a mergulhei numa solução “javellisée”. Resultado, ela amarelou. Então eu a coloquei de molho na seguinte mistura: 5 litros de água fervendo, 3 sachets de “décolorant tissus” da marca “Idéal”, 3 vidros de vinagre de álcool mais 3 colheres de sopa de sal. Esperei vinte minutos e depois enxaguei. Resultado, uma vela branca e luminosa como no primeiro dia.
ceperou – 16-6-2007 - 22h 26
meu comentário: - Gostaria de branquear minhas velas-buja para combinarem com a vela grande branquíssima que recebi de presente da Cognac Velas. Alguém conhece uma mistura mágica equivalente à que foi descrita acima, com ingredientes que possam ser comprados no Brasil?
bíblia da vela francesa - Le Cours des Glénans - página 354
“Para conhecer o rendimento de uma vela a bordo de um veleiro em movimento, ao sabor de um vento de força conhecida, dispõe-se às vezes do gráfico das coordenadas polares da vela.”
meu comentário: - Alguém aí sabe traçar o gráfico de coordenadas polares de uma vela?
Bons ventos a todos
Fernando Costa
extrato da newsletter n° 10/2008 de 15 de maio de 2008 - projeto "Estrela d'Alva"
Mar Mínimo
ResponderExcluir(Eucanaã Ferraz)
Grandes são os marinheiros e os poetas
que fazem caber em seus versos
a glória dos horizontes
inventados ou vividos e que,
em grandíloquo e corrente estilo,
erguem cidades magníficas,
domam línguas, contam-nos pélagos e obeliscos.
Mas que fazer da escama
que sobrasse após os mares,
agarrada à roupa mais que
Veneza ou Viena à memória?
Escutai: é nessa minúscula opalina
que muitos sabem o poema
mais duas ou três palavras
e o martelo certo de fazê-lo.
Rotas magníficas, não mais,
nem quantas as maravilhas
(e cessem com elas os iluminados que contam
de terras por si mesmas lavradias).
O mar pode ser isto: o ar
dentro da concha. Dentro:
o sargaço, o barco, o sargo,
a enseada. Onde poderá ser mais belo
e largo? A onda bravia
sobre um grão de mostarda.
Salve Luc!
ResponderExcluirLevei um tempo até entender bem este belo poema de Eucanaã Ferraz. Mas enfim entendi. Ele me lembra o filósofo do pouco:Pierre Sansot.
Obrigado pela contribuição. Pretendo publicar neste blog um poema de Eucanaã Ferraz e um extrato de Pierre Sansot. Quanto à Mar... O que dizer da divina MAR. Ah sim, a MAR é o máximo!
Bons Ventos
Fernando Costa