Salve amigos velejadores!
Já falamos dos seguintes velejadores solitários:
Alain Colas – o que sonhou mais alto.
Éric Tabarly – o que gostava de velejar com tudo em cima.
Bernard Moitessier – o que foi mais longe.
Joshua Slocum - o pioneiro.
Howard Blackburn – o que atravessou duas vezes o Atlântico norte sem os dez dedos das mãos, nem os dez artelhos dos pés.
Vito Dumas – o que tornou possível a rota impossível.
Alfred Johnson - o que primeiro cruzou o Atlântico Norte em solitário, a bordo de um pequeno doris de pesca.
Fred Rebell – o que sonhava com as ilhas, que faltavam às suas antigas cartas.
Julio Villar – o poeta desenhista que não tinha veleiro, nem sabia velejar, mas desejava dar uma volta ao mundo.
Vamos falar agora de Donald Crowhurst, anti-herói trágico da mais extraordinária mistificação marítima do século XX e que virou letra de música do grupo My concubine, como “The divin loser”. Uma história inacreditável. Leiam!
Inscrito para a primeira regata de volta ao mundo em solitário, sem escalas e sem assistência promovida pelo jornal inglês "The Sunday Times", ao lado de figuras lendárias como Bernard Moitessier, Sir Robert Knox Johnson e mais seis ousados, para não dizer temerários velejadores, Donald Crowhurst disparou na frente a bordo do seu veloz trimaran “Teignmouth Electron”.
Inscrito para a primeira regata de volta ao mundo em solitário, sem escalas e sem assistência promovida pelo jornal inglês "The Sunday Times", ao lado de figuras lendárias como Bernard Moitessier, Sir Robert Knox Johnson e mais seis ousados, para não dizer temerários velejadores, Donald Crowhurst disparou na frente a bordo do seu veloz trimaran “Teignmouth Electron”.
Seus incríveis e numerosos recordes de singradura eram alardeados pela BBC, que o patrocinava e seu nome frequentava as manchetes dos jornais europeus. “Donald Crowhurst voa baixo”, “ Último a partir, Donald Crowhurst lidera a mais longa das regatas”, Donald Crowhurst ultrapassa o cabo Boa Esperança". “Ninguém segura Donald Crowhurst.” "Donald Crowhurst dobra o cabo Horn disparado na frente." e assim por diante.
Quando Donald Crowhurst aproximava-se da chegada, já no meio do Atlântico norte, sempre na liderança, seus amigos e patrocinadores mais a imprensa começaram a organizar uma apoteótica recepção para ele.
Só que algo estranho acontece... O tempo passa e nada de Donald Crowhurst chegar... Dos nove navegantes que partiram, apenas Robin Knox Johnson consegue completar a prova. Mas e Donald Crowhurst que liderou a regata por tantos meses e que vinha tão próximo da reta de chegada, em primeira posição? O que teria acontecido a Donald Crowhurst e seu bólido alado, perguntavam-se todos. Teria contraído alguma doença grave.? Naufragou sem deixar vestígios? Foi sequestrado por um OVNI? A inesperada resposta veio um pouco mais tarde, na mensagem do comandante de um cargueiro que atravessava o Atlântico Norte.
“Encontrei hoje o trimaran “Teignmouth Electron” velejando sozinho em alto mar. De Donald Crowhurst nem sinal. A julgar pelos indícios encontrados a bordo, concluí que ...
Não, não vou contar o final dessa incrível estória não, prefiro que você mesmo o pesquise amigo leitor. Estórias extraordinárias não foram feitas pra ser contadas até o fim. Pra que tirar do leitor o prazer de descobrir sozinho o epílogo deste sui-generis drama marítimo?
estória completa em francês aqui
Vídeo do trailer oficial do documentario "Deep Water" ( 2006 ) sobre a primeira regata de volta ao mundo em solitário, sem escalas e sem assistência, com ênfase no drama de Donald Crowhurst. A quem interessar possa encontrei o documentario inteiro no youtube.
Bons ventos a todos!
Extrato da newsletter n° 12 de 16 de junho de 2008 - projeto "Estrela d'Alva"
sensacional, coloquei um link no blog avelok, espero que goste
ResponderExcluirSalve Renato!
ResponderExcluirGostei sim.
Obrigado pelo elogio pela citação.
Bons ventos