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domingo, 12 de setembro de 2010

Aleixo Belov - velejador solitário



Após termos falado de Alain Colas, Eric Tabarly, Bernard Moitessier, Joshua Slocum, Howard Blackburn, Vito Dumas, Fred Rebell, Julio Villar, Donald Crowhurst, Alain Gerbault, Francis Chichester, todos “gringos”, vamos falar do primeiro brasileiro a dar uma volta ao mundo em solitário a bordo de um veleiro, Aleixo Belov.

Aleixo Belov começou sua vida de "marujo" pescando em Salvador, a bordo de uma humilde canoa à vela. Mais tarde mergulhando ao longo dos recifes, ouviu o chamado da divina MAR:



“Chamam por mim as águas,

Chamam por mim os mares,
Chamam por mim, levantando uma voz corpórea, os longes,
As épocas marítimas todas sentidas no passado, a chamar.”



Fernando Pessoa/Álvaro de Campos 



Aleixo Belov construiu o veleiro “Três Marias” no fundo do quintal de sua casa, com a ajuda de um único carpinteiro naval, o habilidoso Gildo.



Aleixo Belov deu a volta ao mundo em solitário guiando-se exclusivamente pelos astros e por um rudimentar radio-goniômetro. Imaginem amigos, o drama de se atravessar, por exemplo, o famigerado estreito de Torres, sem radar ou gps. Tiro meu chapelão de palha pra você mestre Belov.




O Estreito de Torres une o MAR de Coral, no leste, ao MAR de Arafura, ao golfo de Carpentária e ao MAR de Timor, a oeste, todos pertencentes ao Oceano Pacífico. Tem cerca de 150 km de largura e 48.000 km2 de área total. É muito raso, e um labirinto de recifes e ilhas o torna muito difícil de navegar.





Aleixo Belov sofreu um acidente que poderia ter sido fatal, quando uma das catracas do seu veleiro "Três Marias" quebrou, arremessando-lhe uma peça no queixo. Porque mestre Belov não instalou uma catraca mais potente, mais resistente no seu veleiro. Por falta de recursos financeiros. Entenda-se por falta de patrocínio.



Aleixo Belov dedicou sua volta ao mundo aos jovens brasileiros.



Aleixo Belov teve a imensa coragem de realizar a travessia Bali-Cape Town em plena temporada dos ciclones.



Depois da primeira, realizada em 1980/81, Aleixo Belov já completou mais duas voltas ao mundo e atualmente prepara-se para a quarta.



Curiosos pra saber ainda mais sobre o audaz Aleixo Belov? Pois leiam:



Depois de uma viagem de 18 meses na MAR, Aleixo Belov é o primeiro brasileiro a dar três voltas ao mundo a bordo de um veleiro. Barco construído por ele próprio no quintal de casa e batizado de Três Marias. Nessa entrevista ao iBahia, o engenheiro que ficou conhecido como Velejador Solitário fala das aventuras, dos sonhos, próximos planos e de como descobriu, na Bahia, a paixão pela MAR.



iBahia - Retornando de sua terceira volta ao mundo, quais são os seus novos planos?


Aleixo Belov - Acabei de chegar a Salvador, então é hora de reassumir o trabalho, a família, a engenharia. Estou com o pensamento leve, depois de dezoito meses na MAR. Então chego para trabalhar. Fico envolvido com essas coisas, até que chega um momento, que vem um verme e me rói o juízo, dizendo que é hora de voltar para a MAR... a vontade chega sem aviso, sem pedir licença, de repente, e então eu não consigo mais me segurar e tenho que navegar.


iBahia - Mas, depois da trilogia Em Busca do Oriente, Em Busca das Raízes e A Caminho de Casa, e ainda do livro de estréia, A Volta ao Mundo em Solitário, existem planos para uma próxima publicação?


Aleixo Belov - Sim, claro. Fiz muitas anotações durante essa última volta ao mundo, tenho muito material guardado, coletei muitos dados em toda a viagem, registrei as belezas, o pensamento dos povos, e devo publicar um novo livro com essas coisas. E do mesmo jeito que a cada viagem eu aprendo um pouco mais de navegação, aprendo a me tornar um escritor um pouco melhor também...


iBahia - E dessa última viagem, o que tem de mais interessante para contar?


Aleixo Belov - Me surpreendi muito de ter voltado à Polinésia Francesa e ver que não sofreu tantas mudanças da década de 80 para cá, quando estive pela primeira vez. Ao contrário de outros lugares, que estão socialmente degradados pela interferência humana, pela poluição, a Polinésia é um lugar onde a beleza e a natureza foram preservadas. Mas, por outro lado, os costumes mudaram muito. A globalização fez com que as pessoas passem a invejar a... continua em link do texto completo.

Site oficial do Aleixo Belov
http://www.aleixobelov.com.br/




Extrato da newsletter n° 15 de 29 de julho de 2008 – projeto Estrela d’Alva.

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