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sábado, 27 de julho de 2019

Der Fliegende Holländer de Richard Wagner - 12.069 clicadas - os dez posts mais populares dentre os 8.380 já publicados neste blog




- Já viu o "Navio Fantasma" amigo velejador?
- Não?
- Também não, mas adoraria vê-lo!
- É claro que não estamos falando do filmeco "Ghost-Ship-Sea-Evil" da WB.
Este "navio fantasma" hollywoodiano mais parece uma versão marítima para "O Massacre da Serra Elétrica".
Logo no início da insustentável estória, os passageiros de um certo transatlântico são literalmente decepados ao meio por um misterioso facão-a-laser.
- Pra que uma carnificina dessas?!
- Os filmes de terror dos obscuros tempos que correm, resolveram todos apelar pra quantidade, por falta de talento dos diretores e atores para
 bem contar uma estória.
- Lançam mão do mesmo recurso dos restaurantes que apelam pro rodízio. Rodízio de carnes nas churrascarias, rodízio de pizza nas pizzarias e até, absurdo dos absurdos, rodízio de sushi nos antes comedidos restaurantes japoneses.
Resultado: uma nova geração de obesos físicos e mentais.
- Mas deixemos isto de lado e voltemos ao nosso tema, "o navio fantasma".


- Não, também não estamos falando do hyper-rococó navio fantasma do x-tudo dos efeitos especiais, "Piratas do Caribe - O Baú da Morte". Outro exemplo de apelo pra quantidade em detrimento da qualidade. Esse só de pensar nele sinto sono. 
- Não, também não estamos falando desse excelente velerinho que só conheço de foto, mas que adoraria ter um e sair pra velejar com ele agora mesmo, com você como proeiro amigo leitor.


- Estamos falando, agora sim, da maravilha de ópera Der Fliegende Holländer  de Richard Wagner, cujo libreto foi baseado no livro Aus den Memoiren des Herren von Schnabelewopski de Heinrich Heine e que não contém exagero algum. Fantasia e mistério puros sem apelos para a quantidade, esta entidade inferior
 em tudo à qualidade. 



Ambientada em uma aldeia pesqueira da Noruega, conta a história de um navegador holandês que é punido por Deus por blasfemar contra seu nome, perdendo-se de sua pátria para sempre, a menos que surja em sua vida uma mulher
que lhe seja plenamente fiel.
De regresso ao porto, o holandês ancora sua nau ao lado da
de Daland, outro navegador.
O holandês oferece a enorme riqueza em ouro e jóias que carrega em sua nau a Daland em troca da mão de Senta, sua filha.


 
 Senta já conhecera previamente a história do "Holandês Voador", mas é cortejada pelo caçador Erik, que se enciúma todas as vezes em que ela faz qualquer referência ao "Holandês Voador", seja observando insistentemente seu retrato, seja cantando a "Balada do Holandês" - esta, uma das árias mais célebres da ópera.
link-do-texto


Daland apresenta o holandês a Senta, e ela lhe jura eterna fidelidade, mas Erik ainda tenta persuadir Senta a voltar para ele.
A certa altura, o holandês encontra Erik abraçando Senta e julga que esta rompeu com seu voto de fidelidade eterna, e parte novamente para o mar.
À medida que a nau do holandês se afasta, Senta olha cada vez mais longe e se atira ao mar, na direção onde está a nau do holandês, tentando unir sua alma à dele.

....................
- Se eu já assisti esta bela e romântica ópera amigo leitor?
- Ué? Esqueceu? Disse que não, logo no início deste post.
- Não, ainda não assisti a ópera "O Navio Fantasma" de Richard Wagner, mas já a ouvi, emocionado, no timão de uma certa escuna, circunavegando
a ilha Branca em Búzios, vale?
- Discursei sobre o que não vi, mas também discursei sobre o que ouvi. Vale?
- Encontrei na net o libreto da ópera em espanhol e já comecei a lê-lo, mas não sei se continuarei a fazê-lo. Espero que sim.
Se me permitem vou arriscar uma opinião precipitada.
Creio que Wagner quis dizer com esta bela ópera que todo marinheiro de barco à vela, em viagem pela MAR é um herói e merece uma grande mulher para amá-lo.
De preferência umas três grandes mulheres, que mulher pra marujo nunca é demais.
- Minhas amigas feministas vão morder minha carótida, quando lerem isto que acabo de escrever. Mas quem é que não sabe que os machos, todos os machos, possuem o instinto colecionador? Foi a mãe-natureza que nos fez assim. Adianta alguma coisa a cultura lutar contra a natureza?
Outro assunto, estou impressionado com o desenho acima, "o holandês voador navegando nas lágrimas da bela Senta". Será que o desenhista se inspirou em algum verso do libreto de Wagner, pra criar esta curiosa imagem? Vou pesquisar! Salvei o primeiro minuto da lindíssima "Der Fliegende Holländer" de Richard Wagner pra vocês. Espero que gostem.
- Ouçam!

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