Estava me devendo esse filme... Pronto! Já não devo mais. Acabo de saldar com juros, esta dívida já antiga. Muito interessante esse filme. Mais que interessante, sutil, delicado, original. Vê-lo foi fácil e agradável. Sei o quanto gosto de um filme, ópera ou peça de teatro, amigos, em função da sensação de passagem do tempo. Quanto mais rápido passa o tempo, mais sei que gostei do espetáculo. Acredito que o mesmo aconteça com vocês e o enunciado do método é óbvio e bastante conhecido. “Tudo que é bom, dura pouco.” Se me permitem fico com a recíproca, que é mais verdadeira que o enunciado. “Tudo que dura pouco é bom.” Confesso que meu tempo de assistência de “A Marcha dos Pingüins” evaporou como éter. Sinal que gostei muito dele. Agora preciso lhes dizer porque...
...gostei tanto desse filme.
...gostei tanto desse filme.
Já que um é pouco e três demais, comentarei
apenas dois tópicos:
1 – Adorei a verbalização econômica da fala e dos pensamentos dos animais. Os pingüins de “A Macha dos Pingüins” pensam muito e falam pouco, como convém aos filósofos e amantes dedicados. Para o nosso deleite, os dubladores passam a maior parte do tempo ociosos, fazendo fofoca no camarim. Maravilha! Animais em filmes, pra mim, quanto mais quietos, melhor. Na verdade os animais são 1000 vezes mais silenciosos que nós macróbios humanos. E quando rompem o silêncio não falam, emitem sons desarticulados. Somos nós que temos o mau hábito de colocar um monte de palavras nos bicos e focinhos deles. Quando digo nós, entenda-se os roteiristas da maldita Hollywood. Confesso que todos esses filmes de animais verborrágicos tipo "Babe, O Porquinho Atrapalhado", "O Fantástico Dr. Doolittle" e "Paulie, um Papagaio Bom de Papo" irritam-me profundamente. Imaginem que mundo horrível, um mundo em que os animais falassem alto e sem parar, como nós norte-americanos ou como nós sul-americanos ou como nós brasileiros. Já perceberam que nós brasileiros falamos alto, o tempo todo, sem parar e só dizemos besteira? Não que sejamos idiotas. Na verdade somos muito inteligentes. A culpa da nossa verborragia vem do vício de ver novelas televisivas, programas de auditório e big brothers, não é verdade? Voltemos à vaca fria, como diria minha avó Balbina. Gostei da Marcha dos Pingüins porque neste filme brilhante os animais agem muito, pensam bastante e falam pouco ou seja são o oposto de um personagem de telenovela ou filme hollywodiano.
apenas dois tópicos:
1 – Adorei a verbalização econômica da fala e dos pensamentos dos animais. Os pingüins de “A Macha dos Pingüins” pensam muito e falam pouco, como convém aos filósofos e amantes dedicados. Para o nosso deleite, os dubladores passam a maior parte do tempo ociosos, fazendo fofoca no camarim. Maravilha! Animais em filmes, pra mim, quanto mais quietos, melhor. Na verdade os animais são 1000 vezes mais silenciosos que nós macróbios humanos. E quando rompem o silêncio não falam, emitem sons desarticulados. Somos nós que temos o mau hábito de colocar um monte de palavras nos bicos e focinhos deles. Quando digo nós, entenda-se os roteiristas da maldita Hollywood. Confesso que todos esses filmes de animais verborrágicos tipo "Babe, O Porquinho Atrapalhado", "O Fantástico Dr. Doolittle" e "Paulie, um Papagaio Bom de Papo" irritam-me profundamente. Imaginem que mundo horrível, um mundo em que os animais falassem alto e sem parar, como nós norte-americanos ou como nós sul-americanos ou como nós brasileiros. Já perceberam que nós brasileiros falamos alto, o tempo todo, sem parar e só dizemos besteira? Não que sejamos idiotas. Na verdade somos muito inteligentes. A culpa da nossa verborragia vem do vício de ver novelas televisivas, programas de auditório e big brothers, não é verdade? Voltemos à vaca fria, como diria minha avó Balbina. Gostei da Marcha dos Pingüins porque neste filme brilhante os animais agem muito, pensam bastante e falam pouco ou seja são o oposto de um personagem de telenovela ou filme hollywodiano.
2 – Adorei a trilha sonora da talentosa cantora e compositora Emilie Simon, que só ouvi depois de fazer uma configuração especial de audio no meu PC. Amigos, sem a expressiva soundtrack da Emilie Simon o filme não se sustentaria, penso eu. Não quero falar muito da Emilie Simon, pra vocês não dizerem por aí que me deixei seduzir pela sua voz de boneca, seu jovem e lindo corpinho francês, mais sua cara redonda de morena bonita. Não direi mais que isto. O filme tem na verdade três personagens: os pingüins, os silêncios e as músicas sutis da Emilie Simon. Mas isto é o que eu penso. E vocês, o que me dizem de “A Marcha dos Pingüins”? Silêncio? Escrevo, escrevo, escrevo e ninguém me diz nada. Vou parar de escrever, viu?
Fernando, c'est un grand regret pour moi de n'avoir pas vu "La marche de l'Empereur". Ces parents penchés sur leurs enfants nous disent qu'humains et animaux appartiennent au même monde, dans un large éventail d'émotions profondes qui sont les mêmes: la tendresse, la joie, la peur, tout ce qui dit le bonheur d'être vivant... Ce qui change entre les animaux et les humains, c'est leur appréhension du monde, et c'est bien ce qui fait "la condition humaine" que cette volonté de tout changer, de tout posséder, de tout dépasser.... rêve inaccessible et fuyant s'il en est, mais qui n'est pas sans effet dévastateur sur les animaux et les rares peuples - dits "primitifs" qui ont choisi de vivre leur vie autrement que les "civilisés", sans obsession de marquer leur empreinte et dans une forme d'humilité qui ne cesse de m'intriguer...
ResponderExcluirDOIS OLHOS NO MEIO DA CARA
ResponderExcluir- É verdade Barbara, mas imagino que você poderá encontrar o filme em vídeo em algum lugar.
- Vou procurar pra você, se achar depois lhe falo.
- Eu diria mais Barbara, diria que nós humanos e os animais pertencemos à mesma raça.
- Sinceramente, não consigo entender essa idéia que várias religiôes alardeiam, de que apenas nós humanos somos filhos de Deus.
- Pra mim, ou todos nós homens e animais somos filhos de Deus ou nenhum dos dois é.
- Uma pequena semelhança basta, todos os habitantes da Terra possuem exatos dois olhos na cara. Olhos lindos e parecidíssimos diga-se de passagem.
- Voltando à Marcha dos Pingïns esse filme é encantador e ao mesmo tempo profundo e filosófico.
- Após tê-lo visto não paro de perguntar-me.
- Se nós humanos, fôssemos apenas movidos a instinto como os animais, não seríamos dez vezes mais felizes do que somos?
- Tem resposta pra essa pergunta Barbara?
- Sim, Barbara, você precisar assistir esse filme o mais rápido possível.
ResponderExcluir- Ele é excelente!
- Interessante e muito profundo seu argumento.
- Sabe, quando eu olho para os animais e vejo que eles possuem dois olhos no meio da cara, como nós e ossos iguaizinhos aos nossos pra sustentar seus corpos e que eles nascem, alimentam-se, dormem, amam, procriam e depois morrem todos como nós. (Lembra-se do slideshow "Brothers" que eu fiz pro Dr. Jean?)
- Fico me perguntando, com base em que, nós humanos inventamos que SÓ nós somos filhos de deus?
- Penso que ou todos nós (homens e animais) o somos, ou netão que ninguém o é filho de Deus.
- Concorda ou sem corda Barbara?
Mon cher Fernando, je pense qu'à cette intéressante question que tu poses, ce n'est pas nous qui devons répondre, mais ces grands singes qui partagent plus de 98% de notre patrimoine génétique... A les regarder, on pourrait même penser que cette question est écrite dans leurs yeux quand ils nous regardent... Ne nous disent-ils pas, ces formidables gorilles qui sont les derniers rescapés de leur espèce: "eh les humains, qu'avez-vous fait du bonheur? Qu'avez-vous fait de nous, vos frères?" La seule philosophie religieuse qui me touche est l'animisme... Tout est doué d'âme dans cette vie et tout ce qui vit a le visage de Dieu... Il se trouve donc au Ciel, sur Terre, dans la Mer et je ne pense pas que les humains sont plus proches de lui que tous les autres êtres doués de vie... Le diable, lui, en revanche, est une "exclusivité" humaine.
ResponderExcluir- Verdade?
ResponderExcluir- Interessante, não saibia que você professava o "Animisme" não.
- Surpresa!
- Bela religião, gostei.
- Sabe qual é a minha?
- O "Maritismo".
- Ou seja em vez de adorar Deus, que vive escondido, pra gente não saber como ele é, eu decidi adorar sua obra-prima, a divina MAR.
- Daí surgiu o "Maritismo", a religão dos adoradores da MAR.
- Que tal?
- Com relação ao diabo, descobri uma nova, pra mim, citação de Baudelaire à respeito dele, leia!
- «La plus belle des ruses du diable est de vous persuader qu'il n'existe pas.»
- Conhecia esta?