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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Alain Colas – velejador solitário



Alain Colas foi o mais megalômano dos velejadores. Ninguém pretendeu voar tão alto quanto ele. Ninguém teve uma ascensão mais rápida. Ninguém teve uma carreira tão meteórica. Ninguém sofreu um naufrágio tão espetacular.

Tive o prazer de conviver com um dos seus filhos, Hervé Colas, chefe da base dos Glénans em Marseillan/França em outubro de 2005. E foi graças à sua generosidade que pude velejar 8 veleiros diferentes ao longo de vinte dias.

Vou citar apenas cinco tópicos da sua biografia para não tirar de vocês o prazer de pesquisar a mirabolante vida desse “marinheiro de exceção” como dizem os franceses.

- Alain Colas conheceu o grande Eric Tabarly, sobre o qual falamos em nossa newsletter anterior, na Australia em 1966 e embarcou como cozinheiro no lendário “Penduick III” até a Nova Caledônia.

- Em 1974, Alain Colas pulveriza ( trinta e dois dias a menos ) o recorde de volta ao mundo em solitário, que pertencia a Francis Chichester, a bordo do trimaran “Manureva”.

- Em 1975, Alain Colas concebe e constrói o gigantesco veleiro “Club Mediterranée” de quatro mastros e 75 metros de comprimento, que ele conduzirá sozinho durante a Transat inglesa, chegando em segundo lugar apenas quatro horas após Eric Tabarly.

- Em 1978 Alain Colas naufraga durante uma tempestade ao largo dos Açores na liderança da regata “Route du Rhum”. A última mensagem que ele transmitiu antes de desaparecer sem deixar vestígios foi:

- “Fui pego pelo olho do ciclone. Não existe mais céu... Estou cercado por imensas montanhas d’água”

- Num dos seus artigos Alain Colas escreveu que a vela é ao mesmo tempo competição, lazer e paixão e que o mundo da vela seria como uma grande pousada espanhola, onde um maravilhoso banquete seria servido a todo instante a qualquer aventureiro que batesse à sua porta.”


- Canção escrita por Serge Gainsbourg após o naufrágio do trimaran “Manureva” e o desaparecimento de Alain Colas.


MANURÉVA

Paroles: Serge Gainsbourg, musique: Alain Chamfort, J.N. Chaleat, 1979
 
Manu Manuréva
Où es tu Manu Manuréva
Bateau fantôme toi qui rêvas
Des îles et qui jamais n'arrivas
Là-bas
Où es-tu Manu Manuréva?
Portée disparue Manuréva
Des jours et des jours tu dérivas
Mais jamais jamais tu n'arrivas
Là-bas
As-tu abordé les côtes de Jamaïca
Oh! héroïque Manuréva
Es-tu sur les récifs de Santiago de Cuba
Où es-tu Manuréva
Dans les glaces de l'Alaska
Où es-tu Manu Manuréva?
Portée disparue Manuréva
Bateau fantôme toi qui rêvas
Des îles et qui jamais n'arrivas
Là-bas
Tu es partie oh Manuréva
A la dérive Manuréva
Là-bas
As-tu aperçu les lumières de Nouméa
Oh! héroïque Manuréva
Aurais-tu sombré au large de Bora Bora
Où es-tu Manuréva
Dans les glaces de l'Alaska
Où es-tu Manu Manuréva
Portée disparue Manuréva
Des jours et des jours tu dérivas
Mais jamais jamais tu n'arrivas
Là-bas
Manuréva pourquoi?

Bons ventos a todos

Salve Hervé Colas! Obrigado por tudo!

Fernando Costa

Extrato da Newsletter n° 11 de 1° de junho de 2008 - Projeto "Estrela d'Alva"

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