La Línea de la Concepción - Espanha - terça-feira - 20/08/2013 – 21 h 09 – Foto de Fernando Costa
Veleiros sob a luz da lua cheia, atracados à marina Alcaidesa em La Línea de la Concepción. Bonita foto, não? Perceberam que tenho feito progressos na difícil arte fotográfica? Porque? Porque
fotografo todo dia. Só por isso. Em menos de um ano fiz 40.000 fotos. Pena que neste mesmo intervalo de tempo não velejei 40.000 milhas náuticas em alta MAR e em solitário. Velejei só 7.500 em equipe. Confiram comigo. França-Caribe = 4.000, Caribe-Açores = 2.500, Açores Gibraltar = 1.000. Total de 7.500 milhas navegadas em seis meses. Detalhe importante, todas essas distâncias foram medidas em linha reta. Mas como vocês bem sabem, nenhum veleiro navega em linha reta. Portanto, multipliquem, por minha conta e risco, todas essas distâncias por um fator 1,5. Porque somente 1,5? Porque todos skippers, sem exceção, sob a direção dos quais velejei, usaram e abusam do maldito motor. Fizeram as contas? Quanto deu 7.500 multiplicado por 1,5? 11.200? Erraram, o certo é 11.250 milhas náuticas! :) Mas esperem, que ainda não acabou. Pretendo navegar mais 4.000 milhas náuticas até o Brasil, antes do fim do ano. Isto se Netuna permitir e Madame Sorte me ajudar. Eu hein! Desde quando eu acredito na sorte? Em probabilidades sim, sempre, na sorte não, nunca, jamais. Porque? Porque a sorte simplesmente não existe. Só uma coisa existe neste mundo de Deus e do diabo idem, PROBABILIDADES. Quer montar no "cavalo-chucro-da-vida" amigo leitor? Estude Análise Combinatória. Mas voltando, se me permitem à Fotografia. Quanto mais fotos a gente fizer melhor. Porque? Porque maior a probabilidade de fazermos boas fotos. Porque? Porque segundo ensinou mestre Pareto, "vital few, trivial many". Ih, esqueci de computar nos cálculos acima, justamente as milhas navegadas durante esta última expedição, abortada, à ilha da Madeira. Deixa eu consultar o livro de bordo de mestre "Próspero". Pronto! 1221 - 1019 = 202. Some-se portanto 200 milhas ao total acima, de 11.250 e teremos 11.450 milhas navegadas em menos de um ano. O que equivale a mais de meia volta ao mundo, sobre a linha do Equador, que mede exatas 21,638,77 milhas náuticas. Ligados?
fotografo todo dia. Só por isso. Em menos de um ano fiz 40.000 fotos. Pena que neste mesmo intervalo de tempo não velejei 40.000 milhas náuticas em alta MAR e em solitário. Velejei só 7.500 em equipe. Confiram comigo. França-Caribe = 4.000, Caribe-Açores = 2.500, Açores Gibraltar = 1.000. Total de 7.500 milhas navegadas em seis meses. Detalhe importante, todas essas distâncias foram medidas em linha reta. Mas como vocês bem sabem, nenhum veleiro navega em linha reta. Portanto, multipliquem, por minha conta e risco, todas essas distâncias por um fator 1,5. Porque somente 1,5? Porque todos skippers, sem exceção, sob a direção dos quais velejei, usaram e abusam do maldito motor. Fizeram as contas? Quanto deu 7.500 multiplicado por 1,5? 11.200? Erraram, o certo é 11.250 milhas náuticas! :) Mas esperem, que ainda não acabou. Pretendo navegar mais 4.000 milhas náuticas até o Brasil, antes do fim do ano. Isto se Netuna permitir e Madame Sorte me ajudar. Eu hein! Desde quando eu acredito na sorte? Em probabilidades sim, sempre, na sorte não, nunca, jamais. Porque? Porque a sorte simplesmente não existe. Só uma coisa existe neste mundo de Deus e do diabo idem, PROBABILIDADES. Quer montar no "cavalo-chucro-da-vida" amigo leitor? Estude Análise Combinatória. Mas voltando, se me permitem à Fotografia. Quanto mais fotos a gente fizer melhor. Porque? Porque maior a probabilidade de fazermos boas fotos. Porque? Porque segundo ensinou mestre Pareto, "vital few, trivial many". Ih, esqueci de computar nos cálculos acima, justamente as milhas navegadas durante esta última expedição, abortada, à ilha da Madeira. Deixa eu consultar o livro de bordo de mestre "Próspero". Pronto! 1221 - 1019 = 202. Some-se portanto 200 milhas ao total acima, de 11.250 e teremos 11.450 milhas navegadas em menos de um ano. O que equivale a mais de meia volta ao mundo, sobre a linha do Equador, que mede exatas 21,638,77 milhas náuticas. Ligados?
Fernando Costa
SEXTO DIA DA TRAVESSIA GIBRALTAR-ILHA DA MADEIRA, A BORDO DO VELEIRO "LE-PLAISIR-DU-SOLEIL" - EXPEDIÇÃO ABORTADA
Leia uma introdução à esta série de posts aqui.
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Se tivesse uma máquina analógica (de filme) aprendia mais depressa. De cada vez que carregasse no botão ouvia os reais a passar.
ResponderExcluirComeçamos logo a preparar a fotografia, o enquadramento, a iluminação, a profundidade de campo, o ajuste da máquina, etc...
Um truque moderno, é ter um cartão com pouca capacidade o que obriga a pensar a fotografia em vez de disparar sobre tudo o que mexe :)
Obrigado por este ótimo comentário amigo Paulo. Percebeu que acrescentei umas cinco linhas ao meu post, por conta dele? Entendi muito bem sua sugestão, ela faz sentido, mas vou continuar fazendo o contrário, fotografando muito, porque acredito no princípio de Pareto e por outras razões que lhe direi mais tarde. Dá pra perceber que você também é fotógrafo. Confere?
ResponderExcluirJá percebi quais foram as linhas, mas discordo. Tenho dezenas de milhares de fotografias por razões profissionais e são quase inuteis, porque devido a serem tantas, seria necessário imenso tempo para as catalogar de forma a encontrar aquilo que preciso, quando preciso.
ResponderExcluirNão sou fotográfo, mas devido ao meu trabalho necessito de tirar muitas fotografias em ângulos muito fechados e geralmente com pouca luz. Como isso me colocava um problema sério, passei algumas semanas a estudar fotografia para resolver esses dois problemas (ângulos e falata de luz), até perceber a principio da fotografia: registamos a luz
Mas estou longe de ser um fotografo, nunca me interessei pela composição, pelo equilibrio, pelo enquadramento, etc, etc. Prefiro o video.
Mas a sua fotografia fez-me sorrir porque tirei imensas desfocadas em situações de pouca luz, até aprender: Afastar os pés para melhorar o equilibrio, por uma mão debaixo da máquina, a outra no botão, respirar bem fundo 2 vezes e carregar no botão.
Mas num barco, este truque já era....
PS: este fds sou capaz de ter sorte e fazer uma saída curta, apesar de o tempo não estar agradável,
Quantas milhas navegadas. Tudo começou naquela pequena singradura e como foi dura aquela noite perto de Arraial do Cabo em COmandante?
ResponderExcluirAmigo Paulo, obrigado por mais este ótimo comentário.
ResponderExcluirEstou pensando a respeito do que você escreveu. Amanhã ou depois procure minha réplica aqui mesmo. Mas desde já lhe digo que minhas provocações, ironias, irreverências e sacarmos só tem como objetivo, provocar, incitar os leitores deste oceânico serial-blog ao debate. Adoro debates, porque é debatendo que a gente aprende. E só faz sentido existir pra aprender, pra melhorar, pra progredir.
Vai velejar este fim de semana amigo Paulo? Parabéns, vai ser feliz. Sabe? Eu gosto mais de velejar com tempo encoberto, mesmo sujeito a chuvas. Porque? Porque o sol é o pior inimigo do velejador. O sol é bonito, mas torra a pele, queima a vista e cozinha o cérebro da gente na MAR. E é por isso que eu velejo, nos dias de sol, coberto da cabeça aos pés e debaixo de um enorme "chapelão de palha".
O pessoal de Cabo Frio, uns amistosamente, outros hostilmente chamavam-me de "Chapelão". Ligo não. Desde que não me chamem de comandante, como fez o cabofriense "Francesco Scr....." acima, tudo bem. Porque? Porque esse pomposo título de comandante é a coisa mais pretensiosa do mundo. Pretensiosa e tirânica. Prefiro ser chamado de Skipper. O comandante dá ordens, manda, vocifera, prende e arrebenta, o skipper simplesmente lidera. Pra liderar é preciso ter razão. Pra comandar basta possuir autoridade e um certo filósofo disse que "a RAZÃO deve ser a primeira AUTORIDADE e a AUTORIDADE a última RAZÃO".
Mas como posso eu ser skipper, se velejo sozinho? Skipper significa líder. Como posso liderar, se sou navegante solitário e não tenho tripulação pra liderar? Alguém pode liderar a si próprio? Pode? Sei disso não. :) Paulo, aí em Portugal, o mestre, o chefe de bordo de um navio ou embarcação à vela, como é que vocês o chamam? Espero que não seja, também, de comandante. Já basta os brasileiros a me "encherem o saco" com essa estória de comandante. :)
Gente, não acredito, mas tá chovendo em Gibraltar. Faz dois meses que isso não acontece. Deixa eu fechar as escotilhas do "Le-Plaisir-du-Soleil", décimo e maior veleiro, a bordo do qual moro feliz. O primeiro foi o "Cisne Branco", do nosso amigo Paulão. O primeiro a gente nunca esquece. Mais uma vez obrigado amigo Paulão.
Bons ventos brasileiro Paulão!
Bons ventos lusitano Paulo!
Treze macacos gibraltinos me mordam se este Carlos não for o famoso "Francesco Scr....."
ResponderExcluirtambém conhecido como "Skipper Bavaria", do cabofriense "Hatuna Matata"!!!
Já lhe disse mil vezes pra não me chamar de comandante, ô figura.
Não sou, nunca fui, nem jamais serei comandante de coisa alguma neste mundo.
Sou sim e desejo ser apenas o bravo, mas humilde "Canoeiro da Estrela",
aquele que conquistou corajosamente as 20 paradisíacas ilhas da Costa do Sol, no braço e na vela.
Trabalho de Hércules, que nenhum pretenso comandante do Brasil jamais realizou.
Comandante só conheci dois até hoje.
O cascudo Torben Grael do "Brasil 1" e antes dele o heroico Che Guevara.
http://www.youtube.com/watch?v=-mOjijV4jA0
"Bavaria" avise ao "Sleep Bag" e ao "Neguinho", que se o seu veleiro for pras pedras de novo,
o culpado não poderá jamais ser eu, a menos que você navegue até Gibraltar, a bordo do "Hatuna Matata".
Façanha de que duvido e faço pouco.
Ligado?
Gente, quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece. :)
Fernando, eu cresci com os Monty Phyton, aquela brilhante, magnifica série "yes prime Minister" e o Allo, Allo. Por isso, quem não sabe provocar, quem não sabe o que é ironia, quem não sabe rir de si próprio, não merece ser levado a sério.
ResponderExcluirPor aqui, é mesmo skipper
Sabe, também gosto de velejar com mau tempo, porque só vai para o mar com mau tempo, quem realmente gosta de vela, os outros gostam de passear de barco e tiram-no da água durante o inverno.
Amanhã, vou ter um contacto com alguém que tem um barco e está a pensar dar aulas para ajudar nos custos. Quem sabe se poderei chegar a acordo com ele e sair durante o inverno, aprender, ganhar experiência, antes do curso de patrão de costa em Junho de 2014. Ai ficarei habilitado a navegar mais longe do que as miseráveis 10 minhas de um porto de abrigo. até porque hoje consegui mais um passo: Passei no curso de radio-telegrafista.
Depois, só faltará aquilo que me trouxe a este blog: comprar o meu barco. Lembra-se de lhe ter perguntado pelo Daimio23? ehehe.
Sabe, não é só em Gibraltar que chove. Desde há 3 dias que chove aqui em Lisboa, Conhece a canção:
The sky is crying the streets are full of tears
Rain come down wash away my fears
And all this writing on the wall
Oh I can read between the lines
Rain come down forgive this dirty town
Rain come down and give this dirty town
A drink of water a drink of wine
Bons ventos
Engraçado isso, a gente precisar de um "diploma" de patrão em Portugal e de uma "carteirinha" de capitão amador no Brasil, pra poder navegar a mais de dez milhas da costa, quando o mais perigoso é justamente navegar a menos de dez milhas da costa!!!
ResponderExcluirMonty Phyton???!!! Ótima lembrança!
Confesso que o filme "O sentido da vida", do grupo Monty Phyton, mudou minha visão de mundo...
Mas talvez eu tenha sido ainda mais influenciado pelo Teatro do Absurdo e pelos contos de Voltaire, em especial pelo "Ingênuo". Voltaire sozinho dá de dez a zero em todos os dramaturgos do Teatro do Absurdo. Voltaire é um "monstro", um gênio, um iluminado. Parece que escreveu o "Cândido" em apenas cinco dias, se não me falha a memória, o que é inacreditável.
Você podia fazer o que fiz, publicar anúncios em todas as bolsas de tripulantes da net e se procurar bem, talvez encontre alguém doando um veleiro por aí... Se encontrar dois, por favor, lembre-se do seu amigo brasileiro aqui. :)
Velejar com mau tempo, desde que a situação esteja sob controle e o barco avance sem problemas é mais divertido que velejar com tempo bom, embora a maioria pense o contrário.
Comentando minha fotografia acima, você tem toda razão quando me recomenda : "afastar os pés para melhorar o equilíbrio, por uma mão debaixo da máquina, a outra no botão". Mas comete um engano quando diz "respirar bem fundo duas vezes e carregar no botão". O correto é, prender a respiração, pressionar delicadamente o botão-disparador até ouvir o famoso clique.
Mas, amigo Paulo, e se eu lhe disser que estava de pé sobre o cais da marina, quando fiz esta foto e que balancei a câmara de propósito pra acentuar o efeito borrão. Pesquisando minhas fotos neste blog, vai notar que faço isto com frequência. É intencional. Veja por exemplo esta foto que fiz na belíssima e lusitana ilha de São Miguel.
http://estreladalvacabofrio.blogspot.com/2013/07/sombra-acores-x-antero-de-quental.html
Veja esta outra que fiz em Gibraltar.
http://estreladalvacabofrio.blogspot.com/2013/08/to-straight-of-gibraltar-fotografias.html
Veja mais esta outra que fiz no Caribe.
http://estreladalvacabofrio.blogspot.com/2013/03/ilha-de-saint-martin-minhas-fotos_9419.htm
Pra mim são fotos "artísticas" e não fotos falhadas. Escrevi artísticas entre aspas, porque a coisa mais difícil deste mundo é a gente julgar uma obra de "artística". E quando lhe digo que minhas fotos tremidas são "artísticas," não estou sendo pretensioso. Absolutamente. Só estou lhe dizendo que penso que elas são "artísticas". Mas o autor é a pessoa menos indicada pra julgar sua obra, portanto se minha foto lhe parecer "artística," pra você e só pra você ela será "artística". Caso contrário, se minha foto lhe parecer "falhada", você tem todo direito de julga-la "falhada" e ela será obrigatoriamente "falhada". Mas isto pra você e só pra você. Nada mais pessoal, particular e intransferível que o conceito de arte. Em arte é bem válido o refrão, "assim é se lhe parece." Com corda ou sem corda?
Bons ventos