O providencial "Delírium" de "Mestre Michel" - 30 fotos de minha autoria comentadas, porque toda memória é fotográfica 3

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Santa Cruz de Tenerife - Ilhas Canarias - Espanha – 2013 – Foto de Fernando Costa

- Fui falar (vide post anterior) a respeito do meu precioso-carrinho-de-ferro-galvanizado que "Skipper Peter Coyote" obrigou-me a abandonar na ilha de Tenerife e acabei mencionando mestre Michel, que foi de uma gentileza extrema comigo, permitindo-me

morar no bojo do seu "Paradisíaco Trismus" chamado "Delirium" durante dois meses. 

- Porque "Paradisíaco Trismus"?

- Imagine, se puder, amiga leitora, o prazer de um melômano inveterado como eu, vivendo a bordo de um Trismus recheado de CDs de música clássica da mais alta qualidade técnica e artística. 

- Imaginou?

- Inesquecível prazer, que só não foi maior por causa do desespero de ter de conquistar a vaga de tripulante a bordo de um veleiro que partisse rumo ao Brasil o mais breve possível, lutando contra uma concorrência das mais acirradas e nem sempre leal.

- Que Deus, se existir, lhe abençoe mestre Michel, por você ter-me salvo a pele, meu irmão. 

- A pele não, a aventura, que vale tanto ou mais que a pele mais fina.

- Sim, sim, concordo que a foto não é nada boa, mas é histórica, trata-se da primeira foto que fiz do "Delirium", em 10 de dezembro de 2013, pouco depois de ter recebido uma ótima notícia. 

- Qual?

- Casa de graça com direito à melhor música do mundo.

- Pode haver melhor?

- E onde está o providencial "Delirium" na foto?

- Parcialmente escondido, no segundo plano, por trás de um outro veleiro menor que ele.

- Percebem?

- Aposto que não, ninguém vê com os olhos e sim com o cérebro.

- Voltando ao presente, encontro-me na Biblioteca Estadual de Recife digitando esse post que você vai lendo amiga leitora e ouvindo...

- Adivinha o quê?

- Meu programa de rádio favorito, dentre todos os que conheci durante a minha vida.

- Adivinha qual?

- Um programa que Maître Michel deve adorar...

- Qual?

- Este aqui, ouça.

- Acredita que já tive o privilégio de "ouvi-lo ao vivo e a cores", amiga leitora?

- Aposto que não.

Fernando Costa

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