- Leia uma introdução a esta série de 30 posts clicando aqui!
Marigot - ilha de Saint Martin - Caribe - França – 2013 – Foto de Fernando Costa
- Falando sobre o "Paradisíaco Trismus Delirium" de "Mestre Michel" em meu post anterior, lembrei-me do "Infernal Scorpion", a bordo do qual morei durante uns vinte dias no Caribe.
- Primeiro em companhia de "Robin des Mers", "o tripulante ideal", "o homem que atravessou o
Atlântico a nado" e depois do "Melonauta", "le plus coquin des marins du monde", que foi pro Caribe em busca de trabalho, mas que passava o tempo todo "enchendo a lata", pra não dizer a cara e namorando a primeira caribenha assanhada, pra não escrever safada, que cruzasse seu caminho.
- Não sei se vocês ainda se lembram, mas foi ao lado de "Robin des Mers" e do "Melonauta", sob a tresloucada direção de skipper "Grosse Gamelle" que eu atravessei o Atlântico, a bordo do catamarã canadense "Ocean Sun", um lagoon 450 novinho em folha, ao longo de 36 dias de viagem, em que navegamos de Sables d'Olonne, na Vendée, França e Marigot, na ilha caribenha de Saint Martin, França, com escalas na paradisíaca ilha da Madeira, Portugal e La Gomera, Espanha.
- Não sei se vocês ainda se lembram, mas foi ao lado de "Robin des Mers" e do "Melonauta", sob a tresloucada direção de skipper "Grosse Gamelle" que eu atravessei o Atlântico, a bordo do catamarã canadense "Ocean Sun", um lagoon 450 novinho em folha, ao longo de 36 dias de viagem, em que navegamos de Sables d'Olonne, na Vendée, França e Marigot, na ilha caribenha de Saint Martin, França, com escalas na paradisíaca ilha da Madeira, Portugal e La Gomera, Espanha.
- Quando isso?
- Entre 7 de fevereiro e 14 de março de 2013.
- Porque digo que o "Scorpion" era infernal?
- Porque estava no seco, apoiado sobre duvidosos cavaletes, pior, escoras de madeira meio-apodrecidas, "aquecido ao rubro" por um sol sempre tórrido, abalado o dia todo pela barulheira insuportável, produzida pelos trabalhos de reforma de uma centena de veleiros "despedaçados", atacado por numerosos esquadrões de mosquitos-dos-grandes, que nos agulhavam sem dó nem piedade, do crepúsculo vespertino ao matutino, envolto numa densa nuvem de poeira tóxica, que provocou-me uma inédita inflamação nos olhos, sintoma de uma gripe com febre, que impediu-me de levantar do beliche por vários dias.
- Eu, que sou aquele que "nunca" adoece, só tinha forças pra me arrastar, de vez em quando, até o super-mercado mais próximo e comprar água potável e comida pra comer.
- Caros, muito caros, ambos!
- Preciso dizer mais alguma coisa?
- Preciso sim, preciso dizer que se eu tivesse bastante tempo e dinheiro disponíveis, comprava e reformava o elegante e sólido "Scorpion", pra velejar a bordo dele, em solitário, em alta MAR, longe, bem longe, mas bem longe mesmo de todos os ruídos insuportáveis, que os des-humanos fazem nesses pardieiros, pra não dizer galinheiros, que convencionamos apelidar de cidades.
- Porque?
- Porque adoro esses veleiros antigos, apesar de saber que são lentos e desconfortáveis.
- Mas desde quando eu gosto de conforto?
- De velocidade sim, de conforto jamais.
- O conforto é o pai da obesidade, que já virou pandemia no Brasil e no mundo.
- E a obesidade é um pacote fechado, com mais de trinta doenças gravíssimas dentro.
- Malditas sejam as perversas indústrias que a sociedade de consumo inventou, produtoras desses falsos gêneros alimentícios, que em vez de nutrir engordam, envenenam, adoecem e matam impunemente a gente.
Fernando Costa
- Leia uma introdução a esta série de 30 posts clicando aqui!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários, críticas ou elogios farão meu blog evoluir. Obrigado por participar.