E lá vão meus charmosos amigos franceses Caroline e Freddy, a bordo do pequenino "Beleza", partindo daqui de Mindelo rumo ao Caribe. Pena, vou ficar sem a boa conversa deles, sem o delicioso café da manhã, acompanhado de uma generosa "tartine" que eles me serviram... Antes de partirem, eles me deram o presente que meu querido filósofo "Borboleta" mais gosta de oferecer aos amigos pobres ou ricos: um caderninho de notas + uma caneta esferográfica azul... Bons ventos amigos! Prazer em conhecê-los amigos! "Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito. Assim falava a canção que em Cabo Verde ouvi..." - Cabo Verde - 22 de fevereiro de 2014 - foto de Fernando Costa
- Querem saber da verdade?
- Nem sei mais se desejo voltar pro Brasil.
- Sério, estou tão bem aqui em Cabo Verde...
- Pra que voltar pra Cabo Frio?
- Eu sei, eu sei que preciso
partir.
- Seguir viagem.
- Ir sempre em frente.
- Continuar minha aventura.
- Velejar de ilha em ilha até morrer.
- Pra viver feliz.
- Pra morrer feliz.
- Mas, no momento, minha vontade é de ficar.
--------------------
- “Ai, vontade de ficar mas tendo que ir embora
Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
É refletir na lágrima, um momento breve
De uma estrela pura cuja luz morreu” / Vinícius de Moraes.
---------------------------
- Sabia que esta canção era do Vinícius não e vocês?
- Mas como lhes dizia, os cabo verdianos tem-me tratado tão bem aqui em Mindelo que...
- Exemplos?
- Querem exemplos da gentileza cabo verdiana?
- Faço-lhes a vontade.
- Antes, porém, perguntem-me onde estou morando agora.
- Onde?
- Na casa ideal.
- Entenda-se a bordo de um veleiro.
Onde mais?
- Um veleiro ancorado numa enseada tranquila.
- No meu caso, à margem da baía de Mindelo, que segundo o cantor e compositor cabo verdiano Dani Mariano, é uma miniatura da baía de Guanabara.
- Com uma diferença que muda tudo pra melhor.
- Águas cor verde-esmeralda, como as de Arraial do Cabo.
- Curiosidade, o veleiro é alemão.
- Lembram-se que em Saint Martin no Caribe, há quase um ano atrás, eu também morava num veleiro alemão?
- E do nome do veleiro, alguém ainda se lembra?
- Isso mesmo, acertou quem disse “Smastis”.
- Mas se, no momento, estou morando confortavelmente a bordo do germânico veleiro metálico “Fräulein”, agradeçamos à ajuda do gentil Sr. Manuel, que falou sobre mim com o gentil Sr. Raul, que comentou a meu respeito com o gentil Sr. Alcides, que nasceu em São Tomé, um dos lugares mais encantadores do planeta Terra, segundo uma certa pessoa...
- Não estamos falando aqui do São Tomé brasileiro, aquele famigerado cabo que mete medo nos marujos que ousam dobra-lo e sim da formosa ilha africana de São Tomé.
- Portanto nosso muito obrigado aos senhores Manuel, Raul e Alcides.
- Vai mais um exemplo: o gentil Sr. Nuno, diretor da rádio Morabeza autorizou-me a tomar banho quente no imenso banheiro da emissora.
- Fazia tanto tempo que eu não sabia o que era um banho quente...
- Delícia!
- Diria nosso amigo Zeca.
- Saúde Zeca!
- E por último o gentil italiano Gianni, que possui dois veleiros aqui em Cabo Verde, emprestou-me seu ágil caiaque de surf (isso graças a um pedido da curitibana Paula) pra eu remar de terra pra bordo e vice-versa.
- Entenderam porque, contrariando meu coração marinheiro e minha sede insaciável de novas aventuras estou pensando em morar um pouco mais sobre a bela ilha de São Vicente, que começarei a visitar de bicicleta a partir de amanhã?
- Hoje não, hoje posso não.
- Tenho de fotografar uma pessoa importante.
- A quem pertence “minha” atual bicicleta verde?
- Isso eu já contei pra vocês, mas não custa nada repetir.
- A um amigo do Sr. Euclides, que entrevistou-me com toda simpatia, dia 15 de fevereiro, ao som de algumas das mais belas canções brasileiras de todos os tempos e lugares, que falam de MAR, no estúdio da indispensável Rádio Morabeza.
- Estava terminando de digitar o parágrafo acima, quando a jornalista Milu entrou aqui na sala de reuniões da rádio e ofereceu-me um delicioso croquete apimentado de carne.
- Delícia!
-----------------
(Hoje o 40 Graus de Morabeza, vai falar-lhe da Peça de Teatro "The Power Of No", com Hugo Miguel, mas também vamos embarcar numa viagem com Fernando Costa, um velejador brasileiro que vai levar-nos a ilhas que ele pretende aportar.
Acompanhe a partir das 15.00 horas)
-----------------
- Entenderam porque sinto-me tão bem aqui em Cabo Verde?
- Porque todos, sem exceção, tratam-me bem.
- Você já veio a Cabo Verde nega?
- Não?
- Então venha!
- Faltou só falar da generosa carta de recomendação que o Ex. Sr. Edmund Carvalho, cônsul honorário do Brasil em Cabo Verde, escreveu a meu respeito.
- Mas isto será tema de um futuro post.
- Ah, pra quem gosta de Carnaval, o Carnaval começou neste fim-de-semana aqui em Cabo Verde.
- O Carnaval de Cabo Verde, não sei se vocês sabem, é melhor que o brasileiro.
- Porque?
- Porque é mais ligado às origens, mais popular, mais inocente, mais romântico, menos comercializado que o nosso e com a vantagem de durar três vezes mais.
- A lamentar, só um fato inquietante, pra não dizer apavorante, que tenho observado desde que aqui desembarquei.
- Os cabo verdianos, coitados, contraíram um vício mortal.
- Maconha?
- Não, pior.
- Cocaína?
- Não, pior.
- Craque?
- Não, pior.
- Pasmem, mas nossos irmãos cabo verdianos estão viciados em telenovelas brasileiras.
- Vou pedir socorro por eles aos serviços de salvamento do planeta inteiro.
- SOS!
- Salvem, pelo amor de deus, as almas dos nossos gentis irmãos cabo verdianos.
- SOS!
- Cabo Verde correndo risco de naufrágio mental.
- SOS!
- As novelas brasileiras, pra quem não sabe, são a mais eficiente faculdade de patifaria do mundo.
- Socooooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrrrroooooooooo!!!
- Nem sei mais se desejo voltar pro Brasil.
- Sério, estou tão bem aqui em Cabo Verde...
- Pra que voltar pra Cabo Frio?
- Eu sei, eu sei que preciso
partir.
- Seguir viagem.
- Ir sempre em frente.
- Continuar minha aventura.
- Velejar de ilha em ilha até morrer.
- Pra viver feliz.
- Pra morrer feliz.
- Mas, no momento, minha vontade é de ficar.
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- “Ai, vontade de ficar mas tendo que ir embora
Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
É refletir na lágrima, um momento breve
De uma estrela pura cuja luz morreu” / Vinícius de Moraes.
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- Sabia que esta canção era do Vinícius não e vocês?
- Mas como lhes dizia, os cabo verdianos tem-me tratado tão bem aqui em Mindelo que...
- Exemplos?
- Querem exemplos da gentileza cabo verdiana?
- Faço-lhes a vontade.
- Antes, porém, perguntem-me onde estou morando agora.
- Onde?
- Na casa ideal.
- Entenda-se a bordo de um veleiro.
Onde mais?
- Um veleiro ancorado numa enseada tranquila.
- No meu caso, à margem da baía de Mindelo, que segundo o cantor e compositor cabo verdiano Dani Mariano, é uma miniatura da baía de Guanabara.
- Com uma diferença que muda tudo pra melhor.
- Águas cor verde-esmeralda, como as de Arraial do Cabo.
- Curiosidade, o veleiro é alemão.
- Lembram-se que em Saint Martin no Caribe, há quase um ano atrás, eu também morava num veleiro alemão?
- E do nome do veleiro, alguém ainda se lembra?
- Isso mesmo, acertou quem disse “Smastis”.
- Mas se, no momento, estou morando confortavelmente a bordo do germânico veleiro metálico “Fräulein”, agradeçamos à ajuda do gentil Sr. Manuel, que falou sobre mim com o gentil Sr. Raul, que comentou a meu respeito com o gentil Sr. Alcides, que nasceu em São Tomé, um dos lugares mais encantadores do planeta Terra, segundo uma certa pessoa...
- Não estamos falando aqui do São Tomé brasileiro, aquele famigerado cabo que mete medo nos marujos que ousam dobra-lo e sim da formosa ilha africana de São Tomé.
- Portanto nosso muito obrigado aos senhores Manuel, Raul e Alcides.
- Vai mais um exemplo: o gentil Sr. Nuno, diretor da rádio Morabeza autorizou-me a tomar banho quente no imenso banheiro da emissora.
- Fazia tanto tempo que eu não sabia o que era um banho quente...
- Delícia!
- Diria nosso amigo Zeca.
- Saúde Zeca!
- E por último o gentil italiano Gianni, que possui dois veleiros aqui em Cabo Verde, emprestou-me seu ágil caiaque de surf (isso graças a um pedido da curitibana Paula) pra eu remar de terra pra bordo e vice-versa.
- Entenderam porque, contrariando meu coração marinheiro e minha sede insaciável de novas aventuras estou pensando em morar um pouco mais sobre a bela ilha de São Vicente, que começarei a visitar de bicicleta a partir de amanhã?
- Hoje não, hoje posso não.
- Tenho de fotografar uma pessoa importante.
- A quem pertence “minha” atual bicicleta verde?
- Isso eu já contei pra vocês, mas não custa nada repetir.
- A um amigo do Sr. Euclides, que entrevistou-me com toda simpatia, dia 15 de fevereiro, ao som de algumas das mais belas canções brasileiras de todos os tempos e lugares, que falam de MAR, no estúdio da indispensável Rádio Morabeza.
- Estava terminando de digitar o parágrafo acima, quando a jornalista Milu entrou aqui na sala de reuniões da rádio e ofereceu-me um delicioso croquete apimentado de carne.
- Delícia!
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(Hoje o 40 Graus de Morabeza, vai falar-lhe da Peça de Teatro "The Power Of No", com Hugo Miguel, mas também vamos embarcar numa viagem com Fernando Costa, um velejador brasileiro que vai levar-nos a ilhas que ele pretende aportar.
Acompanhe a partir das 15.00 horas)
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- Entenderam porque sinto-me tão bem aqui em Cabo Verde?
- Porque todos, sem exceção, tratam-me bem.
- Você já veio a Cabo Verde nega?
- Não?
- Então venha!
- Faltou só falar da generosa carta de recomendação que o Ex. Sr. Edmund Carvalho, cônsul honorário do Brasil em Cabo Verde, escreveu a meu respeito.
- Mas isto será tema de um futuro post.
- Ah, pra quem gosta de Carnaval, o Carnaval começou neste fim-de-semana aqui em Cabo Verde.
- O Carnaval de Cabo Verde, não sei se vocês sabem, é melhor que o brasileiro.
- Porque?
- Porque é mais ligado às origens, mais popular, mais inocente, mais romântico, menos comercializado que o nosso e com a vantagem de durar três vezes mais.
- A lamentar, só um fato inquietante, pra não dizer apavorante, que tenho observado desde que aqui desembarquei.
- Os cabo verdianos, coitados, contraíram um vício mortal.
- Maconha?
- Não, pior.
- Cocaína?
- Não, pior.
- Craque?
- Não, pior.
- Pasmem, mas nossos irmãos cabo verdianos estão viciados em telenovelas brasileiras.
- Vou pedir socorro por eles aos serviços de salvamento do planeta inteiro.
- SOS!
- Salvem, pelo amor de deus, as almas dos nossos gentis irmãos cabo verdianos.
- SOS!
- Cabo Verde correndo risco de naufrágio mental.
- SOS!
- As novelas brasileiras, pra quem não sabe, são a mais eficiente faculdade de patifaria do mundo.
- Socooooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrrrroooooooooo!!!
Fernando Costa
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