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domingo, 23 de janeiro de 2011

Alain Gerbault - velejador solitário - newsletter 13 de 2008 - post reciclado





EM BRASILEIRO

Após termos falado de Alain Colas, Eric Tabarly, Bernard Moitessier, Joshua Slocum, Howard Blackburn, Vito Dumas, Fred Rebell, Julio Villar e Donald Crowhurst, vamos falar do guru do nosso grande guru Bernard Moitessier, colegas marujos. Ligados? Guru de guru é super-guru, concordam?
Alain Gerbault foi engenheiro civil, piloto e tenista. Mas um belo dia apaixonou-se pela divina  MAR e abandonou tudo por ela: engenharia, aviões, tênis, pátria e família. Na MAR foi que encontrou a felicidade completa, perseguindo a inatingível linha do horizonte, que o fascinava. Gostava de velejar cantando antigas canções marinheiras da terra dos marujos mais cascudos do planeta: a Bretanha.

No tempo em que ainda vivia na França, partia todo dia de manhã bem cedo pra velejar na MAR. Chovesse ou fizesse sol, ventasse forte ou fraco, fosse inverno ou verão, lá ia o fanático Alain Gerbault encarar a  caprichosa MAR e seu inseparável parceiro vento, à semelhança do meu herói Gilliatt.

Decidiu enfim realizar uma volta ao mundo em solitário, numa época em que isto não estava na moda. Dinheiro, disposição e conhecimento não lhe faltavam. O que lhe faltava era um veleiro valente. Após procurá-lo durante um ano, em todos os portos da Bélgica, Holanda e França encontrou seu futuro companheiro de aventuras na Inglaterra. Seu nome era "Crista de Fogo", "Firecrest" in english. Alain Gerbault bateu o olho em "Firecrest" e disse " - É com esse que eu vou." E foi mesmo.


Ilha de Bora-Bora, a favorita de Alain Gerbauld, onde se encontram enterrados seus restos mortais. Isso contra sua vontade, pois ele desejou que seu veleiro "Alain Gerbault" fossem afundado com todas as velas e bandeiras desfraldadas no Pacífico junto com seus despojos.
O problema é que "Firecrest" era valente, mas muito comprido e estreito. Era um veleiro de regata. Tinha área vélica excessiva e foi feito pra velejar em alta velocidade em baías calmas. Em alto MAR mergulhava nas ondas e "virava submarino", como dizem os franceses. Imaginem o quanto o imprudente Gerbault sofreu no timão de "Crista de Fogo". Mas, dizem, que cada vez que "Firecrest" enfurnava a proa na vaga e um violento jato d'água espumante açoitava-lhe o corpo esguio, Alain Gerbault ria e gritava bem alto
- "Fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiirecreeeeeeeest!!!
Se marinheiro bom é marinheiro seco, Alain Gerbault não foi um bom marinheiro, pois vivia encharcado d'água salgada dos pés à cabeça.


Alain Gerbault adorava navegar em solitário, mergulhado nos seus sonhos, admirando as paisagens marinhas, enquanto a proa do seu veleiro fendia a MAR em duas metades. Acabou tornando-se celebridade contra sua vontade e foi assediado em todos os portos por onde passou. Nova York, Bermudas, Polinésia, Touamoutou, Tahiti... Os selvagens da ilha Wallis quiseram fazê-lo rei. Gerbault recusou essa majestade oferecida e seguiu adiante, Ilhas Fidji, oceano Índico, Santa Helena, Cabo Verde, Açores e de volta à França em 26/7/1929, recebeu a medalha da Legião de Honra.
O bravo "Firecrest" acabou naufragando em circunstâncias que deixo vocês pesquisarem e Alain Gerbault construiu um novo veleiro a bordo do qual partiu para as paradisíacas ilhas do Pacífico, para nunca mais voltar.

Múltipla escolha

Conta-se que Alain Gerbault usava como lastro:

a - lingotes de prata
b - barras de ouro
c - um canhão da primeira guerra mundial, durante a qual combateu como piloto
d - pedras de quartzo energizantes
e - nenhuma das respostas acima


Extrato da Newsletter nº 13 de 27 de junho de 2008 - Projeto “Estrela d’Alva”

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