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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Velejador posou como modelo pro famoso "Pensador" de Rodin - Michel Desjoyeaux



EM BRASILEIRO

Salve amigo visitante!
- Navegante?
- Sim? Ainda bem! Lembra do que o grande Aristóteles disse de nós,
os indômitos navegantes?
- Não? Estranho... deveria saber...
- Tome nota: "Existem três tipos de homens: os vivos, os mortos e os
que navegam na MAR."
- Ah, lembrou? Normal, depois que alguém diz, a gente lembra...
- Maravilha, não? Mestre Aristóteles sempre atina com a
essência das coisas.
- Navegante de barco à vela ou de barco a motor, com o perdão da palavra motor?
- De barco à vela? Jura? Toque aqui!
- Estou com sorte hoje! Somos dois! Dois contra duzentos. Pelo menos aqui em Cabo Frio é assim. Pra cada veleiro que passa no canal de Itajurú, passam duzentos barcos a motor logo a seguir. Pesqueiros, lanchas , jet skis, infláveis, tudo a motor.
Todos poluindo o ar, a água, o som, além de cheirar muito mal.
Não entendo, nunca pude entender, jamais entenderei porque brasileiro gosta tanto de telenovela, coca-cola e motor.
Sei sim, à custa de um clássico método de propaganda nazista.  "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade" assinado Paul Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler. Só que não foi bem isso que Goebbels disse, se é que ele realmente disse algo nesse sentido. Basta o cidadão torna-se famoso, pra todo mundo dizer que ele disse isso, disse aquilo, disso o diabo. Na verdade atribuíram incorretamente...
- Mas deixemos este assunto desagradável de lado, que falta pouco
 pro início da festa. 
- Congratulações colega velejador! Enfim um navegante que pensa antes, durante e depois de levantar âncora. Sim, porque marujo de barco a motor costuma pensar não. Enche o tanque do barco de combustível altamente poluente, mete a mão na maldita manete e vamos nós. Vamos nós? Não, não a motor não vamos a lugar algum. Embarcamos nessa de jeito algum. Nosso veículo, amigo velejador, é o mais sutil que a doida raça humana já inventou. Vento, movido a vento. Só isso. É tudo de que precisamos, além de um  bom pedaço de pano bem cortado e costurado, pra dar uma volta completa ao mundo. Ah, sim, claro, um bocado de decisões bem tomadas também faz-se necessário. Cambar na hora certa, cambar em roda no bom momento, (gosto do neologismo anglicista jibear não), orçar quando preciso for, arribar, quando arribar for a coisa certa a se fazer.
- Sabia que Rodin, quando esculpiu o famoso Pensador, inspirou-se num velejador pensando no que fazer pra resolver um dos milhares de problemas diários, que o vento e a MAR nos propõem dia e noite, companheiro velejador?
(- Brincadeira, inventei isso agora. Mas de repente... Quem sabe?)
A verdade é que pra se conduzir um veleiro de um ponto a outro da superfície aquática do planeta Terra, é preciso pensar, pensar muito.
E é porisso que o menos inteligente dos velejadores é mais sábio que o menos ignorante dos navegantes de barco a motor, com o perdão da palavra motor.
- Pergunta pra você que é mestre em fazer um veleiro "andar" a favor, sobre a perpendicular e principalmente contra o vento amigo leitor:
- Quais são os quatro velejadores, (duas mulheres e dois homens), cuja vida escolhi pra seguir de perto ao longo deste ano?
- Laura Dekker, acertou!
- Mike Horn, parabéns!
- Jéromique Pasteur, não acredito, de novo!
- Michel Desjoyeaux, incrível, todos quatro na mosca!
- Só vejo duas explicações pra semelhante performance. Ou o amigo velejador é vidente ou anda lendo meu blog escondido.
Curiosamente só a linda Laura Dekker, de apenas 15 anos e dois meses, está velejando em solitário no momento. Os demais jogaram a toalha, migrando pra antiquada navegação em equipe. Refiro-me ao Michel e ao Mike, porque não consegui descobrir o que a Jéromine anda fazendo neste exato momento. Mas não vamos falar dos quatro não, que Madame Probabilidade mandou-me falar só do professor Michel Desjoyeaux, o único velejador a vencer duas Vendée Globe.  Vou falar sim de Mich' Dej', para os íntimos, mas vou falar pouco, quase nada. Citarei apenas uma frase que resume o artigo original em duas linhas. O texto completo, vocês poderão facilmente traduzir usando o Google Translator.  Ei! Nada de preguiça, que a preguiça, junto com a impaciência são os dois piores defeitos do velejador.



- Michel Desjoyaux participará da Barcelona World Race. Regata de volta ao mundo, sem escalas, passando pelos três famosos cabos: Boa Esperança, Leewin e Horn, que começa depois de amanhã, sábado, 31/12/2010, às 13 h locais, fazendo dupla com o jovem François Gabart.


EM FRANCÊS

Multiplication des navigations en double


Le 9 décembre, Michel Desjoyeaux et François Gabart ont posé leurs sacs dans la capitale catalane. Depuis, les deux marins multiplient les navigations en double à bord de FONCIA : c’est la priorité du tandem à 17 jours du départ de la Barcelona World Race.


Contrôle technique : OK
 
Depuis l’arrivée de la Route du Rhum, toute l’équipe de FONCIA est à nouveau sur le pied de guerre. Le bateau, convoyé par cargo depuis la Martinique, est arrivé à Barcelone le 29 novembre. Après avoir passé avec succès son contrôle technique, il a été remis à l’eau le 10 décembre. Aussitôt, Michel et François ont largué les amarres pour des sorties à la journée avant d’enchaîner sur une navigation de nuit dans la brise, du côté du Cap Creus, 100 milles au large des côtes catalanes.
D’ici le départ de la Barcelona World Race le 31 décembre prochain, ils ont décidé de privilégier les entraînements in situ. Car François a très peu navigué sur le bateau à bord duquel il s’apprête à disputer son premier tour du monde et les deux hommes ont besoin de se roder en tandem. « L’objectif est de doubler mon temps de navigation à Barcelone, mais ce ne sera pas très difficile ! » confie François en riant.


link-da-imagem
Partage des tâches

Entre les différents rendez-vous imposés par l’organisation (contrôles de sécurité, briefings, etc.), les deux coéquipiers, bientôt unis pendant trois mois autour du globe, travaillent aussi à l’organisation du bord. Des quarts de trois heures ont été établis, modulables en fonction des conditions météo et de la nécessité de barrer, sachant qu’en double, ils passeront entre 50 et 70 % de leur temps à la barre,
contre 15% sur un Vendée Globe!
Quant à la répartition des responsabilités, elle suit un plan logique : Michel qui connaît très bien son bateau sera en charge de la partie technique et du check du bateau, quand François sera plus investi dans... suite sur link-do-texto 




EM INGLÊS

The Barcelona World Race
 Course travels around the world, from Barcelona to Barcelona following a course known as the 'three cape' route. As such, the yachts will set off from Barcelona toward the Gibraltar Strait, and following an Atlantic descent they will put the capes of Good Hope, Leeuwin and Horn to port and the continent of Antarctica to starboard. The regatta rules stipulate a passage through Cook Strait in New Zealand, one of the race's safety waypoints.
The approximate length of the course is 25,000 nautical miles (46,300 km) following a Great Circle route, the shortest possible route traced across the map. The winner of the first edition, Paprec-Virbac 2 with Jean-Pierre Dick and Damian Foxall employed 92 days, 9 hours, 49 minutes and 49 seconds to complete the course, with an average speed therefore, of 11.13 knots. link-do-texto

2 comentários:

  1. Olá caro amigo (permita-me chamá-lo assim), achei muito sábias suas palavras. Também detesto quando as pessoas procuram a forma mais fácil de fazer as coisas, em detrimento do meio ambiente, da saúde, da moral, da paz e dos outros. Concordo em relação aos motores à gasolina ou a qualquer outro hidrocarboneto, com perdão das palavras hidrocarboneto e motor (plágio puro), mas creio que um motorzinho elétrico de reserva, por questões de segurança, sempre é de bom tom.
    Devemos nos lembrar que mesmo que tenhamos muita habilidade, percepção de risco, senso comum etc, circunstâncias fortuitas podem estar além de nossa capacidade de reação e qualquer ajuda nessa hora para evitar maiores dissabores é sempre bem vinda. Advogo em favor do motorzinho elétrico porque além de ser silencioso ele usa bateria automotiva que, com um carregador adequado, pode ser carregado na tomada em casa ou pode-se colocar um gerador eólico pequeno e discreto no próprio barco (mais ecológico, difícil), nem óleo lubrificante vai pra água. E até já se encontra alguns muito simpáticos por aí. Quanto a navegar solo, bem, só quando não estiver acompanhado de namorada, sobrinhos, amigos, irmãos etc. Mas, um proeiro ajuda um bocado não.
    Sem mais delongas, um abraço deste mais novo fiel seguidor do seu ilustríssimo Blog. Chau.

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  2. Amigo Anderson

    Conhece os dez defeitos do barco a motor?
    Não? Então procure neste blog um post com este título. Eu penso que se o barco à vela é uma das mais inteligente invenções da humanidade, o motor é uma das menos. O que lhe salva durante um perrengue na MAR, Anderson, não é o motor e sim um conhecimento integrado, profundo, tanto prático e quanto teórico das ciências da MAR. Já notou que motor, na hora que a gente mais precisa dele, ele pifa? Tem noção de quantos barcos naufragaram e naufragam diariamente no planeta Terra, por culpa do peso do motor? Antes de pensar em comprar um motor, deveríamos pensar em muitas outras coisas, uma delas é aprender a remar. Sabe remar bem amigo Anderson?

    Bons ventos!

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Seus comentários, críticas ou elogios farão meu blog evoluir. Obrigado por participar.

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