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domingo, 12 de dezembro de 2010

O "Sharpy" de mestre Bill 10 - arquitetura naval


Bill - Finally, I smoothed the surface with medium-fine sandpaper and rounded the ends of the yard by using a hand plane, a file and fine sandpaper.

 Fernando - Isso mesmo mestre Bill! A palavra certa é arredondar. Arredondar e alisar até você passar a mão e experimentar uma sensação agradável. Mestre Bill sabe das coisas. Num barco e no feminino corpo da mulher tudo deve ser arredondado, liso e se possível macio. Nada de extemidades pontudas, quinas duras e arestas vivas. O outro dia modifiquei ligeiramente o banco de meia-nau do “Alegria 2” pra ele ficar mais redondinho ainda. Não sei se vocês perceberam, mas o maior charme do “Alegria” são seus bancos em forma de gaivota voando. Mestre Bill é inglês, o mastro dourado da “Estrela d’Alva” também é inglês, segundo mestre Nils, e barco em inglês é feminino. Paradoxo: barco em inglês é feminino, mas todo veleiro tem mastro, alguns bem grandes. Well, estudemos esta questão mais adiante. Conclusão provisória - com relação a mulheres e barcos, os ingleses são mais sábios que portugueses e brasileiros juntos. Deve ser porisso que Inglaterra e ingleses mereceram no mínimo sete versos num dos mais belos poemas do mundo. Leiam!

O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer na MAR se achou,
(Porque a Inglaterra é uma navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir...
Castro Alves – O NAVIO NEGREIRO

link-do-poema-completo

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