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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A ÁRVORE DOURADA - cap 4 - conto de Natal de Barbara Fournier

Desenho de Alain Longet


EM BRASILEIRO

Salve amigas e amigos visitantes deste nosso blog dedicado à divina MAR, à inteligente VELA e ao sagrado MEIO-AMBIENTE!
De presente pros filhos de vocês, o quarto capítulo de "Le rameau d'or", que eu traduzi como "A Àrvore Dourada", conto de Natal de nossa amiga Barbara Fournier, escrito em homenagem ao meu botinho "Alegria" e à minha avó Balbina, ambos conhecidos de vocês. No dia 24 de dezembro publicaremos o último capítulo da estória. O conto vai em francês, mas eu fiz uma tradução para o brasileiro. Tradução livre, que não sei fazer tradução ao pé da letra. Espero que gostem. Eu adorei ler e traduzir.

A ÁRVORE DOURADA - cap 4

conto de natal de Barbara Fournier

Mas Asdrubal que no fundo era um grande rebelde, foi o primeiro a reagir.
- Amigos, já que somos um presépio-vivo, que tal fazermos a festa?
 Afinal quem é vivo sempre se diverte.
Os que choravam sorriram, os que gemiam cantaram, os cabisbaixos levantaram a cabeça, os que estavam deitados sentaram-se, os que sentados estavam, ficaram de pé num único salto. Balbina e Balbino começaram a brincar de pula-carniça com os carneiros, que se divertiram mais que as crianças.
- Porque?
Por que pra eles a brincadeira era nova, inédita.
Asdrúbal começou a fazer malabarismo com as bolas da árvore de Natal, sua especialidade, desde o tempo que trabalhara num circo, quando era mais jovem. Entusiasmado com as proezas de Asdrúbal, o anjo de cartolina azul descolou do teto a estrela cadente de plástico e a lançou como um frisbee na direção do boi empalhado, acertando-lhe o lado esquerdo do peito, o que lhe deu nova vida.
Essa bagunça danada fazia o menino Jesus de cera rir às gargalhadas. A algazarra que o grupo fazia virou um espetáculo em si e ninguém parou mais
de brincar e se divertir.
Em suma o Natal virou Carnaval. Mas Alfredo-Promoção não se preocupava com isso, nem ralhava com nossos amiguinhos, porque seu supermercado vivia dia e noite cheio de gente. Mas de madrugada, enquanto a população da cidade dormia, Balbino e Balbina sentiam saudades e falavam baixinho sobre os seus pais que haviam desaparecido faz tempo. Já o burrinho Asdrúbal, também com insônia, se perguntava onde andaria o simpático pombo Caramelo? Foi numa dessas noites que Asdrúbal sonhou um sonho muito estranho.

 
desenho de Alain Longet

Asas haviam-lhe crescido no dorso e ele voava, todo feliz em companhia do pombo Caramelo. Eles voavam bem alto no céu, lá onde nenhum avião consegue chegar. Voavam tão alto que tudo que conseguiam ouvir lá em cima era respiração da Lua. Uma pequena nuvem escarlate se aproximou deles e os dois amigos sentaram-se sobre ela pra descansar um pouco. Uma leve brisa os fez deslizar até o coração da nuvem que resplandecia sob uma luz especial. De repente diante dos seus olhos arregalados, apareceu uma linda árvore de folhas douradas. Em volta dela ouvia-se um barulho de sininhos tocando e o canto de muitos pássaros.
Misteriosamente não havia nesta árvore nenhum sino pendurado
e nenhuma ave pousada.
Asdrúbal deitou debaixo da árvore e dormiu de tão cansado de voar. O pombo Caramelo pousou sobre um pequeno galho dourado, mas o galho encurvou-se sob seu peso e ele foi caindo, caindo, caindo até pousar sobre o nariz do burrinho. Foi então que Asdrúbal acordou do seu sono, que era sempre leve, ao ouvir
um bater de asas de pombo.
Olhou em volta e nada viu de novo além de um ramo de árvore caído sobre a palha, ao lado de Balbina e Balbino adormecidos e bem perto do Menino
Jesus de cera branca.
Asdrúbal já ia dormindo de novo quando uma coisa estranha chamou sua atenção. O ramo dourado começou a cintilar, brilhando, com o passar do tempo, cada vez mais intensamente... Em poucos instantes, sua luz iluminou não apenas o interior da vitrine, mas a cidade inteira, com um clarão muito forte e nunca jamais visto, por ninguém antes dele, no mundo. Ofuscado por esse fantástico clarão, Asdrúbal acordou de vez, levantou-se da cama e caminhou na pontinha dos cascos até o ramo de ouro, que ele pegou delicadamente entre os dentes. Dirigiu-se a seguir até a porta fechada pelo grande... (continua no próximo e último capítulo)
desenho de Alain Longet



ORIGINAL EM FRANCÊS

Le rameau d'or - Chapitre 4

 Conte de Noël de Barbara Fournier

- Eh bien, dit-il, si nous sommes un tableau vivant, je propose que
nous en profitions. Amusons-nous!
A ces mots, le petit monde de la vitrine sécha ses larmes et la crèche s’anima. Balbino et Balbina se mirent à jouer à saute-mouton, ce qui amusa beaucoup les agneaux qui ne connaissaient pas ce jeu et qui s’y mirent aussi! Anicroche commença à jongler avec des boules de Noël, ce qu’il faisait très bien, car il avait travaillé dans un cirque au temps de sa jeunesse. Enhardi par les prouesses de l’âne, l’ange en papier découpé décrocha du plafond l’étoile de Noël en plexiglas et la lança comme un frisbee en direction du bœuf empaillé qui la reçut en plein cœur, ce qui lui redonna vie pour de bon. Ce joyeux remue-ménage faisait même rire de temps en temps aux éclats la petite poupée de cire. Après quelquesjours, le tableau était devenu si vivant qu’il offrait un spectacle permanent. Certes, tout cela ne ressemblait plus du tout à la nativité voulue par Monsieur Tireliron, mais il ne s’en souciait guère, car le magasin ne désemplissait plus. A la nuit tombée, pourtant, quand la ville entière s’endormait, Balbina et Balbino parlaient à voix basse de leurs parents et Anicroche sedemandait ce qu’était devenu Bonbon… Ce fut durant une telle nuit qu’Anicroche fit un drôle de rêve.

desenho de Alain Longet

Des ailes lui avaient poussé dans le dos et il volait, très heureux, en compagnie de Bonbon le Pigeon. Ils évoluaient à des hauteurs où l’on ne rencontre plus personne et où l’on n’entend plus rien, sinon, presque imperceptiblement, le souffle de la lune. Un petit nuage ouaté arriva à leur rencontre et les deux amis décidèrent de s’y reposer. Un vent léger les poussa jusqu’au coeur du nuage qui étincelait d’une lumière spéciale. Ils s’en approchèrent et, devant leurs yeux écarquillés, apparut un arbre aux feuilles d’or où se mêlaient, dans un cliquetis de clochettes, mille chants d’oiseaux. Pourtant il n’y avait dans cet arbre pas la moindre clochette, ni le moindre oiseau. Anicroche se coucha au pied de l’arbre. Bonbon, lui, se posa sur une petite branche dorée, mais celle-ci céda sous son poids et tomba em tournoyant lentement dans l’air. Elle finit par se poser sur le nez de l’âne. C’est alors qu’Anicroche fut tire de son sommeil, qu’il avait d’ailleurs léger, par ce qu’il prit pour un bat-tement d’ailes. Il regarda instinctivement vers le vasistas. Il ne vit rien à l’exception d’un petit rameau de bois mort, amené sans doute par une bourrasque, qui atterrit dans la paille, tout près de Balbina et Balbino endormis, main dans la main, à côté du nourrisson de cire. Anicroche allait se rendormir quand quelque chose d’étrange attira son attention. Le rameau de bois mort s’était mis à scintiller d’un éclat d’abord discret, puis de plus en plus fort. En quelques instants, sa lumière éclaira non seulement toute la vitrine mais aussi la grande
 nuit opaque du dehors.
Anicroche allait se rendormir quand quelque chose d’étrange attira son attention. Le rameau de bois mort s’était mis à scintiller d’un éclat d’abord discret, puis de plus en plus fort. En quelques instants, sa lumière éclaira non seulement toute la vitrine mais aussi la grande nuit opaque du dehors.
Cette fois-ci, Anicroche s’éveilla tout à fait. Il se dirigea à pas feu-trés vers le rameau d’or, le prit délicatement entre ses dents et s’en alla jusqu’à la porte verrouillée.

2 comentários:

  1. - Me too Sharon!

    - The designer's name is Alain Longet, who is also a painter.

    - Look! http://www.pinxit.ch/ALpeinture.html

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