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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Moitessier dobrando o cabo Horn - 3ª estrofe - poema


foto - Fernando Costa

MOITESSIER DOBRANDO O CABO HORN

estrofe 3

um, dois, três, contei uma dezena de fachos de luz distintos...
um grande buquê de luzes sobrenaturais
flutuando no espaço!
coisa incrível!
maravilha fatal que a mente esmaga...
e melhor que tudo
boa, ótima, excelente notícia
compreendi enfim do que se trata
em vez do mal agourento diadema leitoso do Cabo Horn
anunciador das piores tempestades
trata-se de uma estonteante Aurora Boreal
o que de mais lindo vi até o presente nesta minha longa odisséia pelos mares do sul
odisséia? eu disse odisséia?
odisséia é pouco, a aventura do sagaz Ulisses não ultrapassou as colunas de Hércules/Gibraltar
enquanto que eu e meu inseparável “Joshua” completaremos em breve uma volta ao mundo
digo portanto super Odisséia
digo meta Odisséia se me permitem, que Odisséia simplesmente é pouco
mas atenção que o espetáculo ainda não acabou
novos raios de luz juntam-se à luzidia aurora
que aumenta ainda mais de tamanho e beleza a cada instante
alarga-se, espraia-se como um leque
um dos fachos de luz quase tão largo
quanto a palma da minha mão eleva-se no céu
obscurecendo as quatro estrelas do Cruzeiro do Sul
outros raios de luz fosforescente se alongam
hesitam um instante como se fossem desaparecer
mas não, ao contrário intensificam-se
ondulando em movimentos extremamente vagarosos
que lembram os longos espinhos de certos ouriços azulados no fundo da mar
quando deles se aproxima um ser vivo qualquer
quase todos fachos de luz possuem agora as cores azul e rosa

Extrato da newsletter nº 18 de 3/10/2008 – projeto “Estrela d’Alva”

Obs - As estrofes 1 e 2 já foram publicadas neste mesmo blog. Usar janela de busca, em cima à direita para pesquisa.

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