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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O combustível fóssil é infernal! - 30 posts pra gente se ligar na COP21 - 5



Infernal - foto de Fernando Costa


- Boa tarde amigas e amigos leitores.

 - Sinceramente?

- Eu acho tão óbvia a urgência de abandonarmos definitivamente o maligno abuso dos combustíveis fósseis.

- Porque?

- Um exemplo basta.

- Eu estava hoje de manhã raspando o
fundo do meu* bote-de-apoio no quadrado da Urca, quando de repente, para o meu extremo desconforto, uma das traineiras lá atracadas ligou o motor.

- Que coisa terrível que é um motor à explosão queimando diesel ou outro combustível de origem fóssil qualquer perto da gente, meus amigos.

- Arre, como cheira mal, como sufoca, como irrita os olhos, como castiga as delicadas mucosas do nariz e da boca, como envenena os pulmões, o sangue, as células todas do corpo, além de poluir o som, a água, o ar, o cheiro, tudo que nós é vital em fim!

- Que coisa infernal um motor funcionando minha gente! 

- Porque será que a humanidade inteira ainda não percebeu isso?

- Será que meu organismo é mais sensível do que todos os outros?

- Prefiro mil vezes trabalhar na vizinhança do meu desidratador solar de legumes e frutas, do que ao lado de um maldito motor movido a combustível fóssil e vocês?

- Gostam de cheirar fumaça de óleo Diesel ou preferem como eu o perfume natural de bananas, uvas, mamão e abacaxi que meu desidratador solar de fortuna, que eu mesmo fabriquei, com 95% de materiais reciclados, exala em dias de sol intenso?

Fernando Costa 

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A COP21 deveria ser o começo do fim da era de combustíveis fósseis


Em resposta aos resultados da última reunião preparatória da ONU para a Conferência do Clima que acontece em Paris no final do ano, Martin Kaiser, diretor de políticas internacionais para o clima do Greenpeace, declarou:

“A semana teve início com um violento tufão que castigou as Filipinas – a 12ª tempestade a atingir o país neste ano –, e terminou com o furacão Patricia, o mais poderoso jamais registrado no Hemisfério Ocidental, prestes a atingir o México. São notícias que nos lembram de que já estamos sentindo os impactos das mudanças climáticas.

“Enquanto isso, as conversas em Bonn, na Alemanha, ocorreram como se não houvesse urgência alguma. Isso aumenta a pressão sobre as negociações que serão realizadas em Paris e agrava as dificuldades para que se chegue a um acordo ambicioso.

“Por outro lado, temas fundamentais – como o objetivo de longo prazo de eliminar os combustíveis fósseis – estão de volta ao texto de negociação e recebem cada vez mais apoio das nações. Queremos palavras que sinalizem o fim da era dos combustíveis fósseis e apontem para um mundo com 100% de energias renováveis. Já temos um começo.

“Além disso, cada vez mais países vêm apoiando um mecanismo que eleve os compromissos climáticos a cada cinco anos. Esse processo precisa começar antes de 2020, para que não se perca em ambições frágeis.

“A constatação de que o tema ‘Perdas & Danos’ continua no texto também é positiva. Este mecanismo é indispensável para os mais pobres, que estão perdendo suas casas neste exato momento, em países como Filipinas e México.

“Acreditamos, no entanto, que o texto está longo demais. Faltando apenas cinco semanas para a conferência de Paris, estamos diante de 55 páginas – que não são específicas o bastante no caso de alguns temas essenciais. O motivo é claro: os países produtores de petróleo estão tentando bloquear as negociações e se apropriar do processo, em benefício próprio. Não podemos permitir que façam isso impunemente.

“As limitações de tempo vêm se transformando num grave problema. Os negociadores estão ficando nervosos – o que é compreensível, considerando o que está em jogo. Todos querem ser os últimos a mostrar as cartas, mas nem todos terão o ás de espadas – e o assunto é sério demais para se transformar numa partida de pôquer. As nações precisam baixar as cartas e jogar juntas, numa única equipe.

“Nossa esperança está nas mudanças que vêm transformando por fora o processo de negociação da ONU. Este ano tivemos a declaração do G7 sobre a ‘descarbonização’, a Encíclica Papal, a cooperação entre China e Estados Unidos sobre mudanças climáticas, e o encontro entre Ban Ki-Moon e líderes globais na ONU – do qual surgiu uma declaração final que inclui 100% de energia limpa como uma das alternativas.

“O mundo corporativo também passa por uma mudança de mentalidade. Há poucos dias a Enel, gigante italiana do setor energético, afirmou que vai eliminar totalmente o carvão até 2050. Os investidores estão entendendo o recado: a era dos combustíveis fósseis acabou, e é preciso acelerar a transição de investimentos marrons para investimentos verdes.

“Os ventos da mudança sopram no mundo da energia. Paris precisa sentir esse movimento e se curvar a ele”.

A seguir, a resposta geral do Greenpeace ao documento:

O novo texto reflete parte dos movimentos que vêm empurrando o mundo rumo à proteção do clima. Isso se aplica especialmente ao objetivo de longo prazo de eliminar os combustíveis fósseis e ao mecanismo para que os compromissos climáticos se tornem mais ambiciosos em intervalos regulares.

No entanto, o desafio de chegar a um acordo universal é gigantesco, e vai exigir grande vontade política dos... LINK


Fernando Costa



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