Salve colega velejador!
Acabo de assistir, pele toda arrepiada, pelos mais cabelos na vertical, a quarta parte do excelente documentário "Deep Water" (2006) de Louise Osmond e Jerry Rothwell, sobre a primeira regata de volta ao mundo em solitário, sem escalas e sem assistência.
- Curioso pra conhecer minha mais secreta vontade neste exato momento, amiga leitora?
- Viajar pra Stratford-upon-Avon na Inglaterra, a bordo da minha impávida "Estrela d'Alva". Ia demorar um "tempinho" pra chegar lá. Mas quando lá chegasse, ressuscitaria Shakespeare,"o Bardo" e pedir-lhe-ia, que me escrevesse uma peça intitulada "Donald Crowhurst - o marujo suicida", que partilharia, é claro, minuto seguinte com vocês, aqui neste meu blog dedicado à divina MAR e a tudo que com ela se relacione. Essa fantástica estória merece a mão mágica de Shakespeare, amigos.
- Como eu ressustaria o semi-deus-humano William Shakespeare, compatriota do nosso amigo William Serjeant e do malfadado Donald Crowhurst idem?
- Fácil, usando o mesmo estratagema do ADN coletado do último mosquito que tivesse picado Shakespeare. Por favor não vejam o péssimo, "Jurassic Park" e suas ainda piores continuações, pra saber como isto funciona. Contente-se com sua fantasia, que a fantasia da atual Wollywood faz mal aos neurônios.
Melhor, vejam esse curto extrato que editei pra vocês e digam-me se Donald Crowhurst, não lembra Hamlet, nas suas mais profundas conjecturas existenciais.
Incrível e hiper teatralidade dessa estória, não amigos? Um-falso-marujo-de-alta-mar fazendo teatro em solitário no meio do oceano... Um solilóquio inconcebível. Um monólogo sombrio e tão desesperado quanto o célebre " To be or not to be" hamletiano. Donald Crowhurst contando pro livro de bordo, pro seu diário pessoal e pra câmara, versões diferentes de sua trágica odisséia consegue ser mais patético que o mais patético dos personagens do teatro mundial! Concordam? Um homem encurralado entre a perversa MAR das altas latitudes e a falência no seio da tresloucada Sociedade de Consumo. O patrocidador do Donald Crowhurst simplesmente lhe disse. - Ou você levanta âncora ou lhe processo e você perde tudo que possui. Donald parte apavorado pro mar, dizendo baixinho: - O barco ainda não está pronto... Incapaz de afrontar o Índico e o Pacifico irados, opta pela farça. Mas, antes do epílogo, já sem força mental pra suportar a fantasiosa versão dos fatos, ao contrário de Hamlet, opta pelo suicídio, ultrapassando o próprio Hamlet em dramaticidade. Vejam, leiam e ouçam isto e tirem suas próprias conclusões que certamente serão melhores que as minhas.
Winspear:
Don was always totally positive
and confident...
on the surface.
But the log revealed
a totally different story.
"November 5th, Tuesday:
Rachael's birthday.
Happy birthday, Rachael.
Hell of a morning for me, though.
I was feeling pleased with myself
when I noticed bubbles were blowing
out of the port forward hatch.
All the evidence was
that the compartment was full of water.
November 7th,
Thursday:
Saw that more screws had fallen out
of the self-steering gear.
That's four gone now.
The cockpit hatch has been leaking,
and it's flooded the engine
compartment and electrics.
This bloody boat is
just falling to pieces."
Você encontrará todas as legendas desse e de outros filmes nesta maravilha
de site aqui:
de site aqui:
http://subscene.com/
Bons ventos a todas e todos!
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