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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Imensidão Azul" - filme


O tema principal do filme é a rivalidade entre os dois grandes mergulhadores Jacques Mayol e Enzo Maiorca ( Enzo Molinari no filme ), que cresceram juntos, no fundo dos MARES da Grécia e dividem uma grande paixão pelo OCEANO. Após a morte de seu pai durante um mergulho, Jacques Mayol volta para a França. Vinte anos se passaram mas a rivalidade entres os dois amigos mergulhadores Jacques e Enzo continua viva. Os campeonatos mundiais de apnéia de Taormina e Sicília será a ocasião para que os dois homens se reencontrem e explorem um mundo que ninguém conhece melhor do que eles dois.


Acabo de ler, no site da wikipedia, que o italiano Enzo Maiorca viu e não gostou nada do filme e tentou de todas as formas impedir sua veiculação, sem sucesso. Quanto a mim gostei de umas cenas e detestei outras.

Adorei a cena de abertura do filme em preto e branco, em que o Jacques Mayol, ainda criança, mergulha única e exclusivamente para alimentar uma feliz moréia, que deu a sorte de não viver na Região dos Lagos, onde só se sai pro mar pra pescar, qualquer ser vivo, de qualquer tamanho ou espécie que se mova dentro d’água.

Velejar só durante o verão, de sunga e camiseta, sem colete salva-vidas e após se ter bebido umas boas cervejas. Ou seja do jeito que o diabo gosta. Generalizei. Dêem um desconto, que toda generalização é falha e induz ao preconceito.

Detestei a cena das namoradas do Enzo e do Jacques fofocando no banheiro, à moda dessas infindáveis novelas televisivas, que fizeram e fazem mais mal à mente do povo brasileiro, que o ópio à dos indianos.

Adorei a cena do primeiro mergulho do Jacques Mayol durante o campeonato mundial de apnéia. O diretor consegue criar um imenso suspense sem apelar para explosões, incêndios, naufrágios, perseguições automobilísticas e ataques de tubarões.

Detestei a cena que ridiculariza o mergulhador japonês que tangencia a xenofobia.

Adorei a cena do Jacques Mayol levando o corpo sem vida do Enzo ( Jean Reno ) Molinari pro fundo da MAR.


Grande ator esse Jean Reno! Não fosse ele o filme desmoronava. Queria velejar tão bem quanto o Jean Reno atua. Todos os outros atores que integram o elenco, juntos, não chegam aos tornozelos do iluminado Jean Reno. Queria escrever muito mais sobre este curioso filme, mas como tem gente reclamando da excessiva extensão das minhas newsletters, fico por aqui. Não, não, se me permitem só mais uma observaçãozinha e ponto final no artigo.

O que mais gosto neste e na maioria dos filmes franceses é que ao contrário dos filmes hollywoodianos, em vez de matraquear o tempo todo, os personagens pensam, refletem e filosofam em silêncio. Não quero dizer com isso que todo filme francês é bom. Longe de mim. Tem filme francês horrível. Lembro-me que em 2005 saí de um cinema em Paris, cinco minutos depois do início de "Peindre ou faire l'amour", apesar da presença da Sabine Azéma no elenco. Ô filmezinho ruim! Perdão B. F.!


Um abraço e até breve
Fernando Costa

Extrato da newsletter n° 9 de 1° de maio de 2008 do projeto “Estrela d’Alva”

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