Ei! Não deixe de visitar as outras páginas!

domingo, 26 de janeiro de 2020

Conquista* da primeira ilha de nossa pretensiosa lista de 100 – ILHA RASA – Rio de Janeiro, Brasil. – PARTE 3/3





A SEGUNDA PORRANCA

– Por culpa dessa nova calmaria que eu tanto temia, ficamos boiando das 11 horas até o meio diante da ilha de Cotunduba, quando então…

– Quando então apareceu outra enorme nuvem negra, muito maior do que a do dia anterior.

– Essa porém não nos atacou de sopetão.

– O vento foi refrescando aos poucos, mas tornou-se muito intenso durante o período que navegamos com tudo em cima e “a mil por hora”, do través da ilha de Cotunduba até o través da ilha da Laje.

– Lá chegando fui obrigado a

arriar a vela buja.

– Depois só com a mestra em cima tentei orçar em direção à praia da Urca, mas não deu, não era viável, o vento era forte demais, o barco avançava pouco e a vela mestra sofria muito.

– Decidi primeiro arribar, depois arriar a mestra e seguir em “árvore seca” até Niterói onde joguei a âncora diante do morro dos Macacos, em Jurujuba.

– Deveria ter evoluído, por segurança, para o interior da enseada de Jurujuba, mas confesso que não tive forças.

– Fiquei por lá mesmo.

– Enviei algumas mensagens tranquilizando amigos e colaboradores.

– Preparei uma generosa sopa de legumes usando uma receita que eu mesmo inventei.

– Alimentei-me bem e dormi das quinze da tarde às duas horas da matina do dia seguinte.

– Isso mesmo, parabéns, vocês estão certos, onze horas de sono que deixaram a sensação de dez minutos.

– A princípio, com a mente super excitada de emoções, não consegui conciliar o sono, mas bastaram cinco minutos de conversa* com minha irresistível namorada* espanhola Nadira, mestra em ASMR, para que um sono avassalador se apossasse de mim.

– O que?

– O amigo também está sofrendo de insônia?

– Também está a fim da minha “Nadira Tiro e Queda”?

– Tudo bem, vou lhe passar o link para o vídeo mais popular do canal Youtube dela, mas não espalha, que sou ciumento. 🙂


NADIRA ASMR – https://youtu.be/skyL4QM9YjE


– Se eu cometi algum erro?

– Sim, confesso que sim.

– Quantos?

– Sei lá, muitos, muitos, muitos…

– Quase todos que vocês puderem imaginar…

– Mas por favor não comentem isso com meus detratores.

– Qual deles foi o mais grave?

– O seguinte: já nas imediações da ilha Rasa, a mais de sete milhas de terra, percebi que o bujão de fortuna do caiacão GILLIATT tinha sido levado pelas águas.

– Notei que o tanque de flutuação de ré (do caiacão) estava muito cheio d’água.

– Como esgotar a água dele seria inviável, quase impossível…

– Decidi rebocar o caiacão pela proa e não mais pela popa como vinha fazendo até então.

– Que fiz eu então de tão grave?

– Cometi uma temeridade que poderia ter-me custado minha única vida.

– Galguei o guarda-mancebo sem cinto de segurança.

– Desamarrei o caiacão e o fiz girar 180º.

– Minuto seguinte o amarrei pela proa.

– Que loucura meu Deus!!!

– Um desequilíbrio teria sido fatal.

– E é por isso que lhes digo que morro de medo dos meus erros em plena* MAR e jamais da* MAR em si, que nunca foi assassina e ama todos os marujos belos ou feios, jovens ou maduros, brancos ou pretos, árabes ou judeus.

– Gostaram do meu relato da pseudo conquista da ilha Rasa amigas e amigos?

– Se sim redijam-me um elogio, se não uma crítica, que ambos são bem vindos.

– Pra ser sincero gosto mais de críticas do que de elogios.

– Um grande abraço e até a próxima ilha minha gente!

Fernando Costa, do projeto UMA CENTENA DE ILHAS ANTES DE MORRER.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seus comentários, críticas ou elogios farão meu blog evoluir. Obrigado por participar.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...