Bertrand de Broc + Marc Guillemot do "MACSF" - Itajaí - 13 de novembro de 2015 - foto de Fernando Costa
Fernando Costa - O Brasil possui 8.500 Km de costa, mais uma grande quantidade de rios e lagoas navegáveis o ano inteiro e no entanto, em termos estatísticos nós ainda não descobrimos a vela. O que você faria pra convencer-nos a nós brasileiros, que uma regata oceânica, como a Jacques Vabre (a mais longa das transats) é mais bonita, inteligente e emocionante que uma partida de futebol?
Bertrand de Broc - Participando dessa regata, nós, velejadores franceses, temos a impressão de partir da França e chegar à França. O ideal seria que velejadores de outros países participassem efetivamente dessas regatas transoceânicas, como acontece com
todas as outras modalidades esportivas durante os Jogos Olímpicos. Em vez dessas disputas mais ou menos previsíveis entre os membros da mesma "pequena família de velejadores bretões" de sempre, teríamos uma competição universal. E todos sabem que a saúde de uma comunidade repousa sempre sobre a maior e mais democrática das biodiversidades. Penso que já é tempo de vocês brasileiros participarem mais ativamente da Jacques Vabre e de outras regatas como a "Route du Rhum" e o "Vendée Globe". Um país tão grande, com uma costa tão extensa deveria interessar-se mais pela* MAR e pelos esportes aquáticos. Creio que os meios de comunicação brasileiros deveriam empenhar-se em noticiar mais assiduamente esse tipo de evento, que as grandes empresas deveriam oferecer patrocínio aos velejadores mais talentosos e que as federações de vela brasileiras deveriam envolver-se mais nesse tipo de competição.
Bertrand de Broc na Wikipédia
todas as outras modalidades esportivas durante os Jogos Olímpicos. Em vez dessas disputas mais ou menos previsíveis entre os membros da mesma "pequena família de velejadores bretões" de sempre, teríamos uma competição universal. E todos sabem que a saúde de uma comunidade repousa sempre sobre a maior e mais democrática das biodiversidades. Penso que já é tempo de vocês brasileiros participarem mais ativamente da Jacques Vabre e de outras regatas como a "Route du Rhum" e o "Vendée Globe". Um país tão grande, com uma costa tão extensa deveria interessar-se mais pela* MAR e pelos esportes aquáticos. Creio que os meios de comunicação brasileiros deveriam empenhar-se em noticiar mais assiduamente esse tipo de evento, que as grandes empresas deveriam oferecer patrocínio aos velejadores mais talentosos e que as federações de vela brasileiras deveriam envolver-se mais nesse tipo de competição.
Bertrand de Broc na Wikipédia
(tradução livre e reinterpretação do depoimento de Bertrand de Broc feitos por Fernando Costa)
Agradeço à suíça Barbara Fournier e ao francês Arnaud Babin pela preciosa ajuda.
Cara, vi o filme da Laura Dakken, segui alguns links e cheguei aqui. Adorei seu blogue! Eu tenho um fascínio inexplicável pela navegação. Mas nunca naveguei! Talvez você pudesse fazer uma série de publicações (posts) sobre como alguém que não tem nem um barco ou vive neste mundo poderia começar a dar os primeiros passos.
ResponderExcluirParabéns pelo blogue!
Boa ideia Sérgio. Pensarei sobre essa possível nova série. Por enquanto você poderia ir lendo as seguintes séries deste blog : "30 dicas pra você não marear (=enjoar) a bordo de um veleiro" - "Um veleiro é a melhor casa e uma casa o pior veleiro". Leia também este post aqui: http://estreladalvacabofrio.blogspot.com.br/2010/12/fim-de-aprender-velejar-escolas-de-vela.html
ResponderExcluirDentre todas pessoas que navegam ou já navegaram na* MAR desde sempre, incluindo Fernão de Magalhães, Vasco da Gama, Colombo, Joshua Slocum, Bernard Moitessier e Vito Dumas, homens ou mulheres, Laura Dekker é minha favorita.
Obrigado pelo comentário e boa sorte Sérgio.