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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Os Lusíadas" - poesia - Newsletter nº 6/2008 - post reciclado


Estas sentenças tais o velho honrado

Vociferando estava, quando abrimos

As asas ao sereno e sossegado

Vento, e do porto amado nos partimos.

E, como é já no mar costume usado,

A vela desfraldando, o céu ferimos,

Dizendo: "Boa viagem", logo o vento

Nos troncos fez o usado movimento.
Vistes que com grandíssima ousadia

Foram já cometer o Céu supremo;

Vistes aquela insana fantasia

De tentarem o mar com vela e reino;

Vistes, e ainda vemos cada dia,

Soberbas e insolências tais, que temo

Que do mar e do Céu em poucos anos

Venham Deuses a ser, e nós humanos.

Luís de Camões/"Os Lusíadas"



Você sabia, amigo velejador, que “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, é o mais longo poema escrito em língua portuguesa?

Você sabia que “Os Lusíadas” somam 1102 estrofes reunidas em dez cantos?

Você sabia que o principal tema de “Os Lusíadas” é a descoberta do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama?

Você sabia que as duas estrofes, que você acabou de ler, são as minhas favoritas dentre as únicas doze estrofes desse quilométrico e belo poema que citam a palavra vela?

Presentinho pra você que ama velejar tanto quanto eu. O link do texto completo de "Os Lusíadas". 
- Mais?
- Gosta de velejar mais do que eu, amigo leitor, que tenho velejado semana sim semana não, desde o primeiro dia do ano?
- Jura?
- Então precisamos nos conhecer, para trocarmos experiências.


Bons ventos

Fernando Costa

Newsletter n° 6 de 20 de março de 2008 - projeto "Estrela d'Alva"


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