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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A ÁRVORE DOURADA - cap 2 - conto de Natal de Barbara Fournier

desenho de Alain Longet

Salve amigas e amigos visitantes deste nosso blog dedicado à divina MAR, à inteligente VELA e ao sagrado MEIO-AMBIENTE!
De presente pros filhos de vocês, o segundo capítulo de "Le rameau d'or", que eu traduzi como "A Àrvore Dourada", conto de Natal de nossa amiga Barbara Fournier, escrito em homenagem ao meu botinho "Alegria" e à minha avó Balbina, ambos conhecidos de vocês. Até o dia 24 de dezembro publicaremos os três capítulos que se seguem. O conto vai em francês, mas eu fiz uma tradução para o brasileiro. Tradução livre, que não sei fazer tradução ao pé da letra. Vale?

A ÁRVORE DOURADA - cap 2

Mais rápido que você consiga dizer -  "Estrela d'Alva" a canoa alada - e apesar dos seus repetidos protestos, Balbina, Balbino e Asdrúbal foram jogados na carroceria do caminhão, que partiu a toda velocidade, seguido de perto pelo 4 x4, ambos levantando imensa nuvem de poeira amarelada.
Caramelo que havia batido as asas em vão, diante do sequestro dos seus mais novos amigos, pousou sobre a fonte e lavou o rosto com água fria pra se acalmar. Depois levantou vôo e se perdeu por entre as nuvens bem longe da barafunda que os humanos fazem sobre Terra.
Dentro da maior vitrine do supermercado Alfredo-Promoção mandou armar um presépio com dois carneiros vivos, um boi empalhado (emprestado pelo museu do jardim zoológico) , um bebê de cera branca, um anjo em cartolina rosa recortada, mais uma estrela em plexiglass. Tudo isso ainda estava escondido por trás das cortinas vermelhas, o que só fazia aumentar a curiosidade dos clientes e mais ainda a de seus filhos.
Alfredo-Promoção mandou que Balbina e Balbina vestissem os trajes que foram feitos sob medida pra eles.

- Bem, meus meninos nada dessa cara triste, que vocês representarão Maria e José no presépio do supermercado. E você burrinho, você fará o papel do burrinho.
Ha! Ha! Ha!

Alfredo-Promoção era sempre o único a rir das suas próprias piadas sem graça. Ele ria de olhos fechados, boca bem aberta e esfregando as mãos, já pensava nos futuros lucros, por conta do sucesso que faria o único presépio-vivo, ou melhor parcialmente vivo, pra não dizer morto-vivo, da cidade. Todo ano ele punha em prática uma idéia nova, mas dessa vez ele fora bem longe na sua ousadia.
- Um presépio-vivo, pensava ele todo orgulhoso da sua idéia-original. Seus concorrentes iriam morder os lábios e arrancar os cabelos de inveja quando soubessem da novidade. Um presépio-vivo! O certo seria ele dizer um presépio-parcialmente-vivo, mas Alfredo-Promoção, que nunca deu a mínima pra verdade, dizia, um presépio-vivo.
- Meu supermercado será o único a exibir um presépio-vivo neste Natal!
Dizia isso em altos brados pra Deus e o mundo ouvirem.

desenho de Alain Longet


ORIGINAL EM FRANCÊS

Le Rameau d'Or - chapitre 2,  de Barbara Fournier

En deux temps et trois mouvements, et malgré leurs protestations, Balbina, Balbino et Anicroche furent jetés dans la fourgonnette qui démarra en trombe, suivie de la limousine, qui laissa derrière elle un gros nuage de poussière soufrée. Bonbon, qui avait battu des ailes en vain devant les intrus, s’était reposé sur le bord de la
fontaine pour se remettre de ses émotions. Il réfléchit intensément quelques instants… Puis, il s’envola et disparut dans le haut ciel, très loin du monde bruyant.
Dans la plus grande vitrine de son magasin, Monsieur Tireliron avait fait installer une crèche avec deux vrais agneaux, un bœuf empaillé, prêté par le musée zoo-logique, un nourrisson de cire et un ange en papier découpé, sortis du rayon des jouets, ainsi qu’une étoile en plexiglas. Le décor entier était encore caché derrière de grands rideaux rouges, ce qui ne faisait qu’augmenter la curiosité des clients. Le directeur
ordonna à Balbina et Balbino d’enfiler des vêtements spécialement choisis pour les rôles qui leur étaient
assignés :
- Bon, mes amis, ne tirez pas cette tête ! s’écria-t-il. Vous allez me faire Marie et Joseph ! C’est
quand même pas sorcier, hein ? Et toi, l’âne, toi, tu vas faire l’âne ! Ah ! Ah !
Monsieur Tireliron riait facilement de ses propres boutades. Il se frottait les mains en pensant aux bonnes affaires qu’allait lui rapporter ce tableau vivant deux bons mois avant Noël. Chaque année, une nouvelle idée lui venait, mais cette fois-ci, il était particulièrement fier de sa trouvaille, la plus audacieuse de toutes ! Ses concurrents allaient mourir de jalousie.

desenho de Alain Longet

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