Amo, idolatro, venero esta fotografia do Edward Weston, desde que a vi pela primeira vez... Pra mim ela representa a liberdade daquele que, após uma longa e penosa caminhada a pé, alcança enfim a divina MAR. Misto de alívio, deslumbramento e felicidade. Pra ser exato lembra-me uma certa cena do romance "A maçã no escuro" de Clarice Lispetor, à qual me refiro em "colossal massa d'água". Releiam!
"Após sua longa e desesperada fuga por terra, Martim depara-se com a MAR. Fuga da cena de um crime que ele não tem certeza que cometeu. Teria o miserável Martim assassinado sua própria mulher? Dúvida atroz para o leitor e para o próprio Martim. Seja como for, a longa caminhada do Martim até a MAR é uma das mais desvairadas “velejadas” vocabulares da história da literatura brasileira. “Velejada” radical com grande e buja em cima, sobre mar caótico, contra ventos fortes
e cheios de rajadas traiçoeiras."
De presente pra vocês outra foto mais o endereço do site de Edward Weston, um dos grandes mestres da fotografia mundial, que só agora me dou conta, gostava das nuvens. Também gosta de fotos de nuvens amiga leitora? Sim? Então somos três. Você, eu e mestre Edward Weston, que teve o privilégio de namorar
a bela, talentosa e rebelde Tina Modotti.
Bons ventos a todas e todos
Fernando Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários, críticas ou elogios farão meu blog evoluir. Obrigado por participar.