Bom dia amigas e amigos deste oceânico blog.
O navegante solitário Vicente Klonovski enviou-nos mais uma matéria no campo do interesse da preservação ambiental.
- Assunto desagradável, mas que merece a
atenção de todos nós que desejamos salvar o planeta Terra da insalubridade que o ameaça por todos os lados por nossa culpa.O navegante solitário Vicente Klonovski enviou-nos mais uma matéria no campo do interesse da preservação ambiental.
- Assunto desagradável, mas que merece a
- Leiam e pasmem!
Fernando Costa
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NÃO!!! 😱
Não é apenas das torneiras do cidadão carioca que jorra - literalmente - MERDA LÍQUIDA.
Quase TODAS as praias da cidade do Rio de Janeiro hoje (15/01/2020) estão impróprias para banho, incluindo Copacabana, Ipanema e Leblon.
A razão? As chuvas dos últimos dias revolveram as águas do oceano e trouxeram para a superfície milhões de toneladas da MERDA que é despejada diariamente no mar desde 1975.
O cidadão carioca nesse verão 2020 está bebendo merda e mergulhando em merda. Literalmente.
O emissário submarino de Ipanema, o primeiro do Brasil, foi inaugurado em 1975 e, desde então, despeja 7.000 litros por segundo de esgoto in natura (!!!) de toda a Zona Sul do Rio de Janeiro a 3,6 km da praia de Ipanema; ou seja: esgoto sem tratamento algum, que inclui carga orgânica.
Não se trata simplesmente de qualquer praia, mas, sim, daquela que é considerada a praia urbana número 1 do mundo.
Assim, se você mora ou trabalha nos 17 bairros que constituem a Zona Sul do Rio de Janeiro (Botafogo, Catete, Copacabana, Cosme Velho, Flamengo, Gávea, Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon, Leme, Rocinha, São Conrado, Urca, Vidigal) mais o Centro da cidade, tudo o que você joga na privada, pia ou tanque será injetado diretamente no mar pelo emissário.
Repetindo: são aproximadamente 7.000 litros de esgoto - sem NENHUM tratamento - por segundo...
Isso não somente causa danos ao meio ambiente, como representa riscos de saúde para banhistas e frequentadores das praias da Zona Sul.
Tratam-se de métodos medievais de se lidar com o esgoto em pleno século XXI.
A tubulação leva diretamente ao mar produtos de difícil decomposição e altamente poluentes.
Segundo Jorge Briard, diretor de produção e operação da CEDAE, "o único tipo de tratamento preliminar feito no esgoto lançado em Ipanema é o gradeamento, em que apenas o material grosseiro é retirado."
Segundo Paulo Rosman, professor de Engenharia Costeira e Ambiental do Instituto Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a falta de tratamento do esgoto despejado em Ipanema é uma "vergonha total" e "como não há nenhum tratamento de resíduos miúdos, absorventes, cotonetes ou preservativos, por exemplo, não são filtrados."
Ele complementa que "qualquer objeto com diâmetro igual ou inferior ao de uma bola de tênis passa pela única grade instalada na tubulação".
Segundo o biólogo Carlos Rangel, Supervisor de monitoramento do Projeto Ilhas do Rio, "o esgoto afeta profundamente o Monumento Natural das Ilhas Cagarras."
Segundo ele, “83% das coletas feitas pela equipe do projeto na região mostraram índices de oxigênio inferiores ao valor mínimo previsto pela resolução federal para águas destinadas à recreação e à proteção de comunidades aquáticas.
Biólogos também detectaram a presença de metais pesados em aves e mexilhões."
Já segundo o presidente da CEDAE, trata-se de uma “total insanidade pensar em fazer tratamento primário no esgoto que chega ao emissário de Ipanema...”
Com um projeto arrojado de engenharia e arquitetura, seria possível construir estações modernas que não somente fizessem o tratamento do esgoto, mas que também viabilizassem o reuso da água para fins como irrigação, lavagem de vias e calçadas, produção industrial e várias necessidades semelhantes.
Um projeto crucial para a população do Rio de Janeiro como um todo e seus milhões de visitantes.
Não vai acontecer, claro, porque existem outras “prioridades”, como Parques Olímpicos, um novo autódromo em Deodoro ou uma Roda Gigante...
Uma cidade que é considerada um dos principais destinos turísticos do mundo não pode continuar despejando 7.000 litros por segundo de esgoto in natura em sua praia mais famosa.
Não pode.
Para dizer o mínimo...
“O horror...o horror...”
SHOW DE HORROR!
P.S.: parte do texto acima foi “roubartilhado” de um abaixo-assinado criado por Aaron Torres no site Change.org há cinco anos.
Detalhe: o abaixo-assinado obteve apenas 18 assinaturas na época...
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Cuido de um barco de cruzeiro na enseada do Botafogo...
Até o ano passado conseguia mergulhar para limpar o casco, esse ano está bem mais difícil, com água muito mais turva, pouquíssima visibilidade, cheiro forte... as vezes tão forte que já me fez acordar no meio da noite para procurar uma provável carniça em decomposição... era a água da baía...
Muito rápido tudo está acontecendo!
Qual será o limite do suportável!
Vicente Klonovski
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