- Será que você já percebeu, colega velejador, que a maioria dos velejadores que navegam muito, navegam bem?
- Como assim?
- Explico, quanto mais você veleja, melhor você veleja.
- Percebe?
- Isso parece óbvio mas não é...
- Explico.
- Preste, por favor, atenção.
- O barco à vela é tão inteligente quanto um
bom diretor de teatro.
- Percebe?
- Qual é a primeira decisão de um bom diretor de teatro Shakespeariano ao iniciar a produção de uma nova obra dramática, trágica ou cômica?
- Ensaiar pelo menos CEM VEZES a peça, não é verdade?
- O barco à vela faz parecido conosco velejadores.
- Obriga-nos a repetir CEM VEZES por dia as manobras mais importantes.
- Quais?
- Cambar, Jaibear, Aquartelar, Orçar, Arribar, Rizar Velas etc.
- Consequência?
- Nós todos que navegamos muito, a bordo de um inteligente barco à vela...
(- O barco à vela é o objeto mais belo, charmoso e inteligente que a inquieta mão dos humanos já produziu.)
... tornamo-nos super inteligentes.
- Porque?
- Porque a repetição é mágica e poderosa.
- Tudo que a gente, que possui um prodigioso CÉREBRO dentro da caixola, repete CEM VEZES, leva-nos asinha e fatalmente à perfeição ou à vizinhança dela.
- Percebe?
- Fui claro ou confuso em meu discurso?
- Bem, alguém poderia contra-argumentar dizendo que repetir CEM VEZES a mesma manobra é enfadonho, monótono, tedioso.
- Nem sempre.
- Porque na verdade as manobras a bordo de um barco à vela nunca são repetidas de forma idêntica.
- Ou seja, não se trata de uma repetição ao pé da letra, mas de uma reiteração ou se me permitem de uma orquestração sutil, tipo a que Beethoven realizou em "Fur Elize" ou Wagner criou ao compor a famosa "morte de amor" de Tristão e Isolda.
- Percebem?
- Espero que sim, porque esta é uma das maiores lições que aprendi velejando...
- Foi com base nela que elaborei meu indecifrável paradoxo:
" - Você veleja pouco porque você veleja pouco."
Fernando Costa
- Como assim?
- Explico, quanto mais você veleja, melhor você veleja.
- Percebe?
- Isso parece óbvio mas não é...
- Explico.
- Preste, por favor, atenção.
- O barco à vela é tão inteligente quanto um
bom diretor de teatro.
- Percebe?
- Qual é a primeira decisão de um bom diretor de teatro Shakespeariano ao iniciar a produção de uma nova obra dramática, trágica ou cômica?
- Ensaiar pelo menos CEM VEZES a peça, não é verdade?
- O barco à vela faz parecido conosco velejadores.
- Obriga-nos a repetir CEM VEZES por dia as manobras mais importantes.
- Quais?
- Cambar, Jaibear, Aquartelar, Orçar, Arribar, Rizar Velas etc.
- Consequência?
- Nós todos que navegamos muito, a bordo de um inteligente barco à vela...
(- O barco à vela é o objeto mais belo, charmoso e inteligente que a inquieta mão dos humanos já produziu.)
... tornamo-nos super inteligentes.
- Porque?
- Porque a repetição é mágica e poderosa.
- Tudo que a gente, que possui um prodigioso CÉREBRO dentro da caixola, repete CEM VEZES, leva-nos asinha e fatalmente à perfeição ou à vizinhança dela.
- Percebe?
- Fui claro ou confuso em meu discurso?
- Bem, alguém poderia contra-argumentar dizendo que repetir CEM VEZES a mesma manobra é enfadonho, monótono, tedioso.
- Nem sempre.
- Porque na verdade as manobras a bordo de um barco à vela nunca são repetidas de forma idêntica.
- Ou seja, não se trata de uma repetição ao pé da letra, mas de uma reiteração ou se me permitem de uma orquestração sutil, tipo a que Beethoven realizou em "Fur Elize" ou Wagner criou ao compor a famosa "morte de amor" de Tristão e Isolda.
- Percebem?
- Espero que sim, porque esta é uma das maiores lições que aprendi velejando...
- Foi com base nela que elaborei meu indecifrável paradoxo:
" - Você veleja pouco porque você veleja pouco."
Fernando Costa
PROJETO UMA CENTENA DE ILHAS ANTES DE MORRER
Ao longo desta série de trinta posts, citarei trinta razões
pelas quais a vida a bordo de um veleiro é o paraíso em comparação com a vida
em terra, um inferno. Nem sempre, é verdade, mas quase sempre, principalmente
nas grandes cidades modernas.
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