JOHANNES KEPLER
Johannes Kepler (Weil der Stadt, 27 de dezembro de 1571 — Ratisbona, 15 de novembro de 1630) foi um astrônomo e matemático alemão. Considerado figura-chave da revolução científica do século XVII. É mais conhecido por ter formulado as três leis fundamentais da mecânica celeste, conhecidas como Leis de Kepler, codificadas por astrônomos posteriores com base em suas
obras Astronomia Nova, Harmonices Mundi, e Epítome da Astronomia de Copérnico. Essas obras também forneceram parte do alicerce para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton.
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Kepler viveu numa época em que não havia nenhuma distinção clara entre astronomia e astrologia, mas havia uma forte divisão entre a astronomia (um ramo da matemática dentro das artes liberais) e a física (um ramo da filosofia natural). Kepler também incorporou raciocínios e argumentos religiosos em seu trabalho, motivado pela convicção religiosa de que Deus havia criado o mundo de acordo com um plano inteligível, acessível através da luz natural da razão. Kepler descreveu sua nova astronomia como "física celeste", como "uma excursão à Metafísica de Aristóteles" e como "um suplemento de Sobre o Céu de Aristóteles", transformando a antiga tradição da cosmologia física ao tratar a astronomia como parte de uma física matemática universal.
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Por volta de 1611, Kepler fez circular um manuscrito do que viria a ser publicado (postumamente) como Somnium (O Sonho). Parte do objetivo do Somnium era descrever como seria a prática de astronomia da perspectiva de outra planeta, para mostrar a viabilidade de um sistema não geocêntrico. O manuscrito, que desapareceu depois de mudar de proprietário várias vezes, descrevia uma fantástica viagem à lua; e parte alegoria, parte autobiografia, e parte um tratado sobre viagens interplanetárias (e às vezes é descrita como a primeira obra de ficção científica). Anos depois, uma versão distorcida da história pode ter instigado o julgamento por bruxaria contra sua mãe, uma vez que a mãe do narrador consulta um demônio para aprender os meios de realizar viagens espaciais. Após a sua eventual absolvição, Kepler compôs 223 notas de rodapé para a história —que juntas eram várias vezes mais extensas do que o próprio texto— que explicavam os aspectos alegóricos, bem como o considerável conteúdo científico (particularmente a respeito da geografia lunar) escondidos dentro do texto.
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Desde a conclusão de Astronomia nova, Kepler tinha a intenção de compor um livro-texto de astronomia. Em 1615, ele completou o primeiro de três volumes de Epitome astronomiae Copernicanae (Epítome da Astronomia de Copérnico); o primeiro volume (livros I–III) foi impresso em 1617, o segundo (livro IV) em 1620, e o terceiro (livros V-VII) em 1621. Apesar do título, que referia-se apenas a heliocentrismo, o livro de Kepler culminou em descrever seu próprio sistema baseado em elipses. O Epitome tornou-se o mais influente livro de Kepler. Ele continha todas as três leis do movimento planetário e buscava explicar os movimentos celestes através de causas físicas. Embora explicitamente estendesse as duas primeiras leis do movimento planetário (aplicadas à Marte em Astronomia nova) para todos os planetas assim como a Lua e os satélites mediceanos de Júpiter, ele não explicava como órbitas elípticas podiam ser obtidas a partir dos dados observados.
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Além do seu papel no desenvolvimento histórico da astronomia e filosofia natural, Kepler foi importante para a filosofia e historiografia da ciência. Suas leis de movimentos foram fundamentais para algumas das primeiras histórias da astronomia tais como Histoire des mathématiques (1758) de Jean-Étienne Montucla e
Em 2009, a NASA nomeou uma sonda espacial, a Kepler, pelas contribuições dele no campo da... LINK
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