Leia uma introdução à esta série de 30 posts aqui.
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Gibraltar - Reino Unido - quinta-feira - 27/09/2013 – 13 h 06 – Foto de Fernando Costa
Eis o cascudo "Le-Plasir-du-Soleil" atracado a Gibraltar, sem o indispensável púlpito-de-proa, danificado por ocasião do choque com um barco de socorro espanhol, que nos rebocou até a marina Alcaidesa, em La Línea de la Concepción, Espanha. Quando isso? Quarenta dias antes de nossa nova partida para
a ilha da Madeira.
Operação complexa, essa, de se desinstalar o púlpito-de-proa de um veleiro, sabiam? Horas e horas de trabalho meticuloso e dos mais cansativos. Realizá-lo em plena MAR? Nem pensar! Se em terra já foi, segundo minha avó Balbina, "um deus nos acuda", imaginem ao largo, ao sabor de vagas, marolas, balanços e caturros.
Haja habilidade. Haja criatividade. Haja força de vontade. Parabéns pro skipper "Próspero", que ele merece bem mais do que eu, que julguei várias etapas do processo impossíveis, com os recursos de que dispúnhamos naquele momento.
Por exemplo? Dois furos que ele fez numa chapa de aço inox de 5 mm de diâmetro, com uma simples furadeira manual. Pra que? Pra retirar dois grossos parafusos da "sapata-do-bico-de-proa". E não se esqueçam que depois de retirarmos as peças, tivemos de mandar consertá-las e posteriormente reinstalá-las.
Sabem qual foi a lição que tirei desta dolorosa experiência? Prevenir é suco de açaí geladinho. Remediar é chá de boldo sem um pingo de açúcar. Preciso dizer mais alguma coisa? Preciso sim. O seguinte discurso:
- Brasileiros do meu amado Brasil, quando é que nós vamos evoluir da improvisação pro planejamento, da remediação pra prevenção, do quebra-galho pra garantia de qualidade? Hein?
a ilha da Madeira.
Operação complexa, essa, de se desinstalar o púlpito-de-proa de um veleiro, sabiam? Horas e horas de trabalho meticuloso e dos mais cansativos. Realizá-lo em plena MAR? Nem pensar! Se em terra já foi, segundo minha avó Balbina, "um deus nos acuda", imaginem ao largo, ao sabor de vagas, marolas, balanços e caturros.
Haja habilidade. Haja criatividade. Haja força de vontade. Parabéns pro skipper "Próspero", que ele merece bem mais do que eu, que julguei várias etapas do processo impossíveis, com os recursos de que dispúnhamos naquele momento.
Por exemplo? Dois furos que ele fez numa chapa de aço inox de 5 mm de diâmetro, com uma simples furadeira manual. Pra que? Pra retirar dois grossos parafusos da "sapata-do-bico-de-proa". E não se esqueçam que depois de retirarmos as peças, tivemos de mandar consertá-las e posteriormente reinstalá-las.
Sabem qual foi a lição que tirei desta dolorosa experiência? Prevenir é suco de açaí geladinho. Remediar é chá de boldo sem um pingo de açúcar. Preciso dizer mais alguma coisa? Preciso sim. O seguinte discurso:
- Brasileiros do meu amado Brasil, quando é que nós vamos evoluir da improvisação pro planejamento, da remediação pra prevenção, do quebra-galho pra garantia de qualidade? Hein?
Fernando Costa
VELEJANDO DE GIBRALTAR (REINO UNIDO) À ILHA DA MADEIRA (PORTUGAL) A BORDO DO LE-PLAISIR-DU-SOLEIL
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