"Acciona", o belo veleiro vermelho e branco do navegante solitário espanhol Javier Sansó é 100% eccopowered! Maravilha! :)
Enquanto que vocês, caros compatriotas brasileiros, não se cansam de ver jogador correr atrás de uma bola de futebol, meu maior prazer no momento é assistir esses belos vídeos promocionais, mostrando os super-marujos da Vendée Globe, velejando em diversas situações de MAR e vento, quase sempre com tudo em cima, sobre o telão do Point Info, da prefeitura aqui de Sables d'Olonne. Sim, sim, eu me lembro, que já disse isto mesmo, esta semana, mas qual o problema da gente repetir nossas idéias fixas. Na verdade todo mundo faz isso. Falar dia e noite de suas idéias fixas, de suas prefências, de seus
prazeres favoritos. Mas que coisa linda um veleiro de ponta, como de ponta são todos esses ágeis open, 60 da cascudíssima Vendée Globe, velejando com tudo em cima...
Sem mudar de assunto, prazeres, falarei de mais cinco dos meus atuais prazeres favoritos.
1 - Degustar a saborosa e barata "baguette" francesa.
2 - Saborear os deliciosíssimos e relativamente baratos vinhos franceses.
3 - Degustar meu queijo francês favorito, Roquefort, aqui na França dez vezes mais barato que no Brasil.
4 - Tomar um banho quente no super-banheiro da marina de Port-Olona, depois de ter passado o dia todo "dentro da geladeira".
5 - Dormir numa das quatro camas do meu pequeno, charmoso e barato veleiro "Doliceyou", mergulhado no silêncio absoluto que reina em Port Olona à noite.
- Porque todos os meus prazeres precisar sem baratos?
- Porque tenho uma longa aventura pela proa.
A aventura da minha vida.
Percebem?
Mas falemos do que mais importa.
Falemos da incrível, fantástica, extraordinária Vendée Globe.
Saibam que tudo vai bem na Vendée Globe.
Ou seja não aconteceu nenhum novo abandono nas últimas 72 horas e a frota navega alegremente, ao sabor dos providencias alíseos, antes de mergulhar no mais caprichoso, pra não dizer no mais traiçoeiro, perigoso e violento dos oceanos, o Índico.
CURIOSIDADE 1 – "Acciona", o open 60 de Javier Sansó
Não sei se vocês sabiam, mas o veleiro do espanhol Javier Sansó é 100% movido a energia limpa. Ou seja nada de combustível fóssil a bordo. E nada de emissão de gases poluentes na vital atmosfera do nosso já combalido planeta Terra, que deveria chamar-se ÁGUA. Maravilha, não? Leiam mais no site oficial deste belo projeto.
http://www.acciona.com/
Não sei se vocês sabiam, mas o veleiro do espanhol Javier Sansó é 100% movido a energia limpa. Ou seja nada de combustível fóssil a bordo. E nada de emissão de gases poluentes na vital atmosfera do nosso já combalido planeta Terra, que deveria chamar-se ÁGUA. Maravilha, não? Leiam mais no site oficial deste belo projeto.
http://www.acciona.com/
CURIOSIDADE 3 - Há quatro anos atrás...
Não sei se vocês ainda se lembram, mas, há quatro anos atrás, foi assim que eu comecei a 19ª página do meu diário do "Everest dos Mares":
"Por mais que eu ame, idolatre e venere a fantástica Vendée Globe, minha regata predileta, dentre todas quantas já li e ouvi falar a respeito, preciso dizer-lhes que penso que os ousados e polivalentes marujos e marujas que dela participam, são falsos solitários...
Porque?
Explico porque:
Porque após a invenção do telefone via satélite,
da internet sem fio e do EPIRBS*, não existem mais navegantes solitários ao pé da letra.
A possibilidade de falar a qualquer momento e do lugar mais remoto do oceano Pacífico, com uma pessoa em terra ou no mar, desqualifica a verdadeira solidão.
O navegante que possui um telefone via satélite, pode estar fisicamente só, mas está psicologicamente acompanhado de todos seus amigos e entes queridos.
E, creio eu, é a solidão psicológica que conta quando se atravessa a divina e perigosa mar.
Quem tem a possibilidade de ler uma penca de e-mails por dia não se sente jamais só.
Quem sabe que, em caso de emergência, pode pedir socorro e ser salvo das águas, onde quer que ocorra o sinistro, não está mais literalmente só.
Querem saber quais foram os primeiros, únicos e últimos velejadores verdadeiramente solitários de todos os tempos e lugares?"
Não sei se vocês ainda se lembram, mas, há quatro anos atrás, foi assim que eu comecei a 19ª página do meu diário do "Everest dos Mares":
"Por mais que eu ame, idolatre e venere a fantástica Vendée Globe, minha regata predileta, dentre todas quantas já li e ouvi falar a respeito, preciso dizer-lhes que penso que os ousados e polivalentes marujos e marujas que dela participam, são falsos solitários...
Porque?
Explico porque:
Porque após a invenção do telefone via satélite,
da internet sem fio e do EPIRBS*, não existem mais navegantes solitários ao pé da letra.
A possibilidade de falar a qualquer momento e do lugar mais remoto do oceano Pacífico, com uma pessoa em terra ou no mar, desqualifica a verdadeira solidão.
O navegante que possui um telefone via satélite, pode estar fisicamente só, mas está psicologicamente acompanhado de todos seus amigos e entes queridos.
E, creio eu, é a solidão psicológica que conta quando se atravessa a divina e perigosa mar.
Quem tem a possibilidade de ler uma penca de e-mails por dia não se sente jamais só.
Quem sabe que, em caso de emergência, pode pedir socorro e ser salvo das águas, onde quer que ocorra o sinistro, não está mais literalmente só.
Querem saber quais foram os primeiros, únicos e últimos velejadores verdadeiramente solitários de todos os tempos e lugares?"
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