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terça-feira, 30 de outubro de 2012

(17/3/2009) - Casal de cães copulando - Diário da Vendée Globe 2008/09 - post 126










126º dia

vendée globe

Casal de cães copulando

Norbert Sedlacek o primeiro cidadão austríaco a completar o percurso de 24. 840 milhas náuticas da  Vendée Globe, cruzou a linha de chegada ontem, domingo, dia 15 de março de 2009 às  17:33 TU, em décimo-primeiro lugar, após 126 dias consecutivos passados na mar e diante de uma Sables d’Olonne ensolarada, e apinhada de gente, encerrando oficialmente a
sexta edição de uma das maiores aventuras possíveis no planeta Terra.

 Salve amigas e amigos velejadores

TRILHA SONORA DA MENSAGEM:

Boa pra ouvir velejando ao sabor de todos os ventos do Globo, por ocasião de um grande acontecimento! Por exemplo quando você, amigo velejador, estiver se aproximando da linha de chegada da Vendée Globe após ter dado uma volta inteira ao planeta Terra em solitário, sem escalas, sem assistência e passando pelos míticos cabos Boa Esperança, Leewin e Horn. Ou seja velejando da forma mais ousada e moderna que os humanos puderam conceber até o presente.


9ª Sinfonia- Coral de Luis de Beethoven com regência de Herbert von Karajan

PARTE 1 – http://www.youtube. com/watch? v=O2AEaQJuKDY&feature=related

 PARTE 2 - http://www.youtube. com/watch? v=cSEqQsAXbJw&feature=related



NOVIDADES SOBRE A VENDÉE GLOBE

Norbert Sedlacek o primeiro cidadão austríaco a completar o percurso de 24. 840 milhas náuticas da  Vendée Globe, cruzou a linha de chegada ontem, domingo, dia 15 de março de 2009 às  17:33 TU, em décimo primeiro lugar, após 126 dias consecutivos passados na mar e diante de uma Sables d’Olonne ensolarada e apinhada de gente, encerrando oficialmente a sexta edição de uma das maiores aventuras possíveis no planeta Terra.

 Tudo indica que o canadense Derek Hartfield, que abandonou a regata no dia 29/12/2008, após ter quebrado duas cruzetas do mastro do seu “Algimouss Spirit of Canada” e que recentemente partiu de Hobart na Tasmania em solitário, com a intenção de completar o percurso da Vendée Globe, tenha jogado a toalha. Minutinho só que vou tentar confirmar esse hipótese já já. Entrei no site do seu patrocinador http://www.algimous s.com/ e nada. Entrei na janelinha mágica do google.com e nada. É parece que jogou a toalha. Tava torcendo tanto por ele. Lamentável.

 ”Aviva”, o veleiro com o qual Dee Cafari conquistou o sexto lugar nesta 6ª edição da Vendée Globe já está em obras num estaleiro de Gosport na Inglaterra e deverá ser tripulado por uma equipe exclusivamente feminina que tentará bater o recorde de tempo de circunavegação do arquipélago britânico em junho de presente ano. Quando digo a vocês que o futuro da vela é mulher vocês não levam fé na minha óbvia profecia. Querem de presente um dado inédito que acabei de calcular em primeira mão?

Lá vai! Dos 109 homens que partiram de Sables d'Olonne pra participar de uma Vendée Globe, apenas 53 completaram seu percurso sem escalas e assistência, ou seja 48.62% do total. Enquanto que das 8 mulheres que partiram com a mesma intenção 6 obtiveram êxito, ou seja 75% do total. Eu sei, eu sei muito bem que o tamanho da “amostra feminina” ainda é pequena e invalida a aplicação de fórmulas estatísticas mas... fiquem ligados, que se o futuro de todos os esportes é negro, o futuro da vela é mulher. A hegemonia do pretensioso e pérfido macho branco está com os dias contados no planeta Terra. A presidência da maior potência mundial, por exemplo, já era!!!. Ha ha ha ha. Não sei porque brasileiro gosta tanto de rir dos outros. Mais sensato e divertido é rir de si próprio. Amigos, agora sério, quando cruzarem comigo a bordo da minha inseparável canoa à vela e a remo “Estrela d’Alva” e me virem rindo, não estarei rindo de vocês e sim de mim mesmo. Juro! Não tenho feito outra coisa nos últimos tempos senão rir de mim mesmo. Ha ha ha ha ha. Não podem imaginar como somos todos ridículos, nós, os meta-orangotangos vagabundos. Pensem em tudo que já fizeram ao longo da vida de vocês e chegarão à mesma conclusão que eu. Querem apostar? Ha ha ha ha ha. Ridículo, tudo ridículo. Mas em verdade eu vos digo, mais ridículo ainda é o macróbio humano que se leva a sério. Ha ha ha ha! Somos todos muito ridículos! Tudo que fazemos, tudo que pensamos, tudo que sonhamos é ridículo. Ha ha ha ha ha!

É ridículo quem sonha e pretende.

Mas ridículo também é o que adquire grandeza.

É ridículo quem agrava e ofende.

Mas também o é quem perdoa e releva.

É ridículo quem perde ou abandona a regata.

Mas igualmente ridículo é quem a vence.

É ridículo quem veleja por velejar.

No entanto mais ridículo de todos é quem fica agrilhoado em terra sem jamais velejar.

Pois que velejar é preciso e viver é ridículo e impreciso.

Enfim no mundo, em conclusão, uns mais outros menos, somos todos ridículos.

Não devia ter escrito tudo isso. Pensar alto é perigosamente ridículo.

CURIOSIDADE SOBRE A VENDÉE GLOBE

Vocês sabiam que já existe um velejador inscrito para a próxima edição da Vendée Globe, prevista para 2012/13 e que seu nome é Jean-Pierre Dick, aquele mesmo que liderava a presente edição da aventura quando atropelou um OFNI, abandonando a MAR-A-TONA a meio, alguns dias mais tarde, após abalroar um segundo OFNI? Vocês sabiam?

ESCOLA PARA VELEJADORES SOLITÁRIOS DA VENDÉE GLOBE:

LIÇÃO NOVA

Lição nº 18 –  O VERDADEIRO ADVERSÁRIO – Pra mim uma das maiores lições dessa Vendée Globe é que durante uma regata oceânica o grande adversário de cada participante e de todos no conjunto é o famigerado casal Éolo & Netuna. Os velejadores ao contrário são aliados e devem socorrer-se mutuamente em caso de sinistro. Pouco antes do início desta Vendée Globe, amigos, rolou uma acirrada discussão entre os velejadores, na imprensa francesa, que deu ampla cobertura ao evento. A questão é: A Vendée Globe seria uma regata ou uma aventura humana?  As opiniões acabaram se dividindo. Vincent Riou por exemplo pensa que a Vendée Globe é uma aventura. O Marc Guillemot acredita que seja uma regata. E o amigo leitor vota em qual opção? Eu? Na minha humilde opinião de “entendido em coisa nenhuma” é a mais fantástica das aventuras humanas.

LIÇÕES ANTERIORES

Lição nº 17 – EVITAR ERROS - Velejar é tentar o tempo todo evitar de cometer erros fatais e  tentar reduzir ao mínimo os erros não fatais. Porque? Primeiro porque os erros fatais nos levam asinha pro fundo sombrio e gelado da mar e segundo porque os erros não fatais fatigam o material, como dizem os franceses. Cada erro que o velejador comete, o veleiro sofre e coleciona uma fadiga a mais. Fadiga essa que somada a outras mil fadigas pode engendrar a avaria fatal.

Lição nº 16 – CAMBANDO EM OITO  – Quando o vento estiver soprando forte, amigo velejador, não tenha vergonha de cambar em oito não, viu? Melhor cambar em oito do que cambar em roda e quebrar a retranca, o mastro ou o leme. Lição de vários velejadores que participaram da atual Vendée Globe.

Lição nº 15– SILÊNCIO A BORDO!  – Quando for atravessar a divina mar, amigo velejador, fique de olhos e ouvidos atentos aos sinais e ruídos da mar e do vento. Se tiver de falar ao telefone celular ou satélite, escolha o momento propício e seja breve. Velejador bom é velejador calado. Lição do Jean Le Cam que capotou no momento em que estava falando ao telefone satélite com o Vincent Riou.

FANTASIA SOBRE A VENDÉE GLOBE:

Fantasia nº 7 ( desta vez completa ) Adoraria ser o organizador da festa de encerramento da Vendée Globe, amigos, prevista para sábado, dia 23 de maio de 2009, em Sables d’Olonne, quando serão entregues os prêmios aos vencedores da regata, só pra realizar minha mais nova fantasia. A seguinte. Entraria em contato antecipadamente com as equipes “DCNS”, “SAFRAN” e “BRITAIR”,  que engenharam três dos mais novos open 60 que disputaram a presente Vendée Globe, pedindo-lhes emprestado seus belos veleiros para serem utilizados durante um show com 3 horas de duração.

Os trinta velejadores que participaram da regata seriam os protagonistas do espetáculo. Sorteados com antecedência e divididos em três grupos de dez, cada grupo embarcaria num dos três open 60 citados acima. Mas só um manobraria o veleiro de cada vez. Os outros nove ficaram no interior da cabine assistindo o espetáculo pela TV. 

-         E no que consistiria o espetáculo?!! Perguntariam vocês no auge da curiosidade.

-         Na coisa mais linda do mundo amigos. Na exibição da arte zen do velejador.

-         Como assim?

-         Explico. Não sei se vocês já refletiram a respeito, mas velejar é uma grande arte zen, que os japoneses esqueceram de catalogar ao lado do Sumi-e, do Ikebana, do Shodo e do Hai Kai. Porque esse grave lapso aconteceu, não mo perguntem que não sei.

Pois bem existe a GRANDE ARTE ZEN DE VELEJAR, que pode ser subdividida em numerosas pequenas artes.

Querem um exemplo? Dou-lhes dez!

1 - Içar a vela grande é uma “pequena arte zen de velejar”.

2 - Arriar a vela grande é outra

3 - Cambar é uma importantíssima “pequena arte zen de velejar”.

4 - Cambar em roda ( jaibear ) é outra, arte perigosa e difícil essa, hein? Em caso de vento forte, já sabem, melhor substitui-la pela “pequena arte zen de cambar em oito”, todos ligados?

5 – Pegar uma bóia de poita à vela, é uma “pequena arte zen de velejar” que dependendo das circunstâncias pode  alcançar altissimo grau de complexidade e envolver grandes perigos. Foi neste quesito que o Bernard Stamm dançou nas Kerguelen e o Marc Guillemot se deu super bem nas Malvinas. Lembram-se?

6 – Partir de uma praia velejando em qualquer orientação e intensidade de vento e estado do mar, a bordo de um monotipo, pode alcançar niveis de dificuldade inimagináveis.

7 – Içar o balão.

8 – Orçar.

9 – Aquartelar.

10 – Rizar uma vela.

O espetáculo consistiria, amigos, na performance simultânea de três dos trinta velejadores da Vendée Globe, cada um na cana do leme de um dos três veleiros supracitados, realizando uma das “pequenas artes de velejar” que somadas constituem a GRANDE ARTE DE VELEJAR. Entenderam? Por exemplo três velejadores aquartelariam seus veleiros ao mesmo tempo. A seguir três outros recolheriam ao mesmo tempo um objeto caído na mar. Sacaram? A seguir três outros jogariam a âncora e arriariam as velas ao mesmo tempo. Percebem ?A parte privilegiada do público assistiria ao espetáculo ao vivo e de perto, a bordo de embarções de turismo e o restante em terra firme sobre três grandes telões. O ponto alto do espetáculo seria quando três dos velejadores vendeeglobeanos realizassem o que a sexta edição da bíblia francesa da vela chama de “le fin du fin” na página 667. Ou seja o luxo do luxo. Adivinhem a que “pequena arte de velejar” me refiro? Hein? Ninguém? Dou-lhe uma. Dou-lhe duas. Dou-lhe três. Ninguém arrisca nada? Só eu que arrisco tudo? Vou falar, hein? Refiro-me à “pequena-grande arte de rebocar um outro barco com o próprio veleiro”.

Que tal, gostaram da minha fantasia? Tive essa idéia quando vi no vídeo que recomendei a vocês o outro dia o Bernard Stamm içando o balão do seu belo Chéminées Poujoulat. Acreditam que testemunhar um velejador experiente, por exemplo,  aquartelar seu veleiro com rapidez, elegância, precisão e segurança, é pra mim mais emocionante que assistir à mais importante das regatas. É por isso que não posso ver nenhum veleiro manobrando, sem que pare tudo pra admirar o espetáculo, com a monstruosa curiosidade de um menino que visse pela primeira vez em sua vida um casal de cães copulando.

EXTRATO DE “AS MIL E UMA NOITES”

 na tradução de Mamede Mustafa Jarouche. Que eu saiba a única feita diretamente dos manuscritos originais, sem distorções ou censura.  Estória: “O terceiro dervixe.”

“E enquanto eu pensava na vida e desejava a morte, divisei ao longe uma embarcação com seres humanos de verdade vindo na direção da ilha na qual eu estava. Subi ao alto de uma árvore e...”

DESPEDIDAS

Bem, agora que acabei de aprender a velejar com alguns dos melhores velejadores do mundo, vou voltar a velejar por velejar num dos pedaços de mar mais belos do mundo, a paradisíaca Costa de Sol, de Rio das Ostras a Arraial do Cabo. Espero que a minha querida “Estrela d’Alva” ainda esteja onde a deixei.

Me desculpem, mas vocês não estão convidados a velejar comigo não, viu?

Continuem em terra firme trabalhando sem cessar pro implacável “monstro” e à noite, quando chegarem extenuados ao cubículo quente de cimento armado, no qual se escondem, liguem a TV pra espairecer e vejam o jornal tendencioso de sempre, a novelinha imbecil de sempre, o reality show idiota do momento e pra completar que tal um filme holywoodiano que ganhou um Oscar de &%$#@ há dez anos atrás?

TÉCNICO MAS SÓ DENTRO DA TÉCNICA

Façam isso e deixem a divina mar cor verde esmeralda toda pra mim, que só gosto de circunavegar ilhas, olhar o sol nascer, tomar café da manhã à deriva, durante o dia pescar nuvens, dormir ao relento e acordar à noite pra admirar o céu estrelado ao lado da ilha de Pargos. Eu sou e serei sempre o maluco da canoa alada, o chapelão, o que não sabe velejar, ( olha que já sei ), o que chega em último nas regatas, quando participa de regatas, o que prende bandeirolas de cetim nos estais, o que fede ( só porque todo velejador que passa muito tempo na mar fede ), o que faz tudo a bordo ( faço não, engano de vocês, sigo as normas sanitárias francesas pra veleiros na mar, porque as brasileiras pesquisei, pesquisei e ainda não as encontrei ), o que ri sozinho, o que lê a bordo, o que naufragou ( mentira dos meus detratores, virar virei sim, duas vezes em cinco anos, naufragar, graças a Deus, se existir, nenhuma ), o do barco impossível, o que veleja todo vestido, o que usa colete salva-vidas e o que mais quiserem, desde que não me macem pelo amor de Deus. Pensam que não sei o que vocês dizem nas minhas costas não? Coisa bem pior do que acabo de publicar, não verdade? Sabem o que mais sou?

“Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.  
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.  
Com todo o direito a sê-lo, ouviram? 
Não me macem, por amor de Deus! 
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?  
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?  
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.  
Assim, como sou, tenham paciência!”

Álvaro de Campos 

A melhor maneira de induzir uma pessoa a fazer algo é aconselha-la veementemente a fazer o contrário do algo em questão. O macróbio humano é rebelde por natureza. É ou não é?

  BARCO À VELA

Se for, a enseada da praia do Forte ficará cheia de barquinhos à vela a partir de amanhã. Só porque eu mandei vocês ficarem em terra, trabalhando durante o dia, vendo TV enfurnados dentro de casa à noite e deixar a mar salgada todinha pra mim. Ha ha ha ha ha! Viram como apesar de maluco sei ser sutil? Viram? Agora falando sério, muito obrigado pela atenção amigas e amigos velejadores e não me queiram mal que como disso o poeta só amor me move. Amor pelo que de mais inteligente os humanos inventaram até o presente. O prodigioso barco à vela. Veículo do passado e do futuro. Meio de felicidade mais que de transporte. Concordam? Foi um grande prazer partilhar meu tresloucado diário da Vendée Globe com vocês. Sinceramente?  

INÚMEROS ERROS

 Nunca aprendi e me diverti tanto. Perdõem-me os inúmeros erros cometidos, que errar escrevendo ou velejando é humano. Principalmente durante o infernal verão brasileiro. Fosse durante o inverno o resultado teria sido melhor. Meu cérebro não funciona, nunca funcionou bem no verão. E o de vocês? Respondam! Não me deixem falando sozinho não que falar, rir e velejar sozinho é coisa de maluco. Ha ha ha ha!

AGRADECIMENTOS

Agora sério, sério mesmo, agradeço às amigas e amigos que me enviaram mensagens de elogio e incentivo públicas ou particulares. No final das contas foi pra vocês que gostam de me ler que escrevi. Pra vocês e pra mim, que repito, nunca aprendi e me diverti tanto na minha vida. Uma das melhores maneiras de aprender é escrevendo sobre o tema que nos interessa. Ninguém sabe disso. Se soubesse, em vez de um único diário sobre a Vendée Globe, o meu, teriam havido mil e um! Concordam?

Ah, ia-me esquecendo, meu muito obrigado aos organizadores desta sexta edição da Vendée Globe e a todos os 30 exímios velejadores que dela participaram vencedores ou perdedores não importa. Graças a vocês realizei uma grande aventura sem sair do lugar. E quando levantar a âncora da minha querida “Estrela d’Alva”, amanhã ou depois velejarei mais sabiamente graças a todas as sábias lições que aprendi com vocês.

OBSERVAÇÕES FINAIS:

O excelente site da Vendée Globe continua ativo com 5500 artigos, 900 vídeos, 10 000 fotos e 1350 áudios à disposição de vocês em http://www.vendeegl obe.org/fr/

Ainda falta um evento, que considero pouco importante a ser realizado, para o encerramento da Vendée Globe. A entrega de prêmios aos vencedores, no alto do pódio da regata, previsto para o dia 23 de maio. Pra mim, vencedores são todos os onze que regressaram a Sables d’Olonne e todos já receberam seu melhor prêmio, participar de uma Vendée Globe de ponta a ponta. O resto é irrelevante. Nenhuma quantia em dinheiro, nenhuma medalha, nenhuma honraria vale esse prazer e esse privilégio. Assim como o prazer de dormir na mais confortável cama, do mais luxuoso quarto, do melhor hotel de Cabo Frio, não supera o prazer de dormir ao relento, durante uma noite de tempo bom, na minha tosca maca, estendida sobre os paineiros da  “Estrela d’Alva”, ancorada do lado de dentro da ilha de Pargos, se a divina mar estiver calma na ocasião.


Bons ventos amigos e amigas velejadoras



  Fernando “Estrela d’Alva” Costa

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