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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Prisioneiro do Terrível Velho do Marangatú - De Cabo Frio à Ilha Grande, ida + volta, a bordo do veleiro "Hatuna Matata" em plena "Estação dos Ventos Fortes" 3



"Skiper Bavaria", "Neguinho" e "Sleep Bag" a bordo do ágil "Hatuna Matata" navegando ao largo da costa do Rio de Janeiro - 22/08/2012 - foto de Fernando Costa



Prisioneiro do Terrível Velho do Marangatú


- Querem saber como foi nossa viagem de Cabo Frio até a divina ILHA GRANDE, amigos leitores?
- Vou contar pra vocês.
- Não tudo, que se fosse contar tudo que nos aconteceu, este post seria quilométrico, aliás milhamétrico e nós todos sabemos que brasileiro detesta ler e adora, em vez de velejar, assistir telenovelas, arghhh!
- Partimos de Cabo Frio às 21 h de terça-feira passada com mar alto e vento forte de NE.
- Nossa intenção era dobrar o famigerado focinho do
Cabo, assumir o rumo verdadeiro 270 e navegar a noite toda para o Rio de Janeiro.
- No entanto pra preservar a integridade do veleiro, mais as preciosas vidas de seus tripulantes, “Skipper Bavaria” ou se preferirem “Lobo Larsen” ou se preferirem  “Capataz de Senzala” ou se preferirem "Francesco Scrotino" tomou a sábia decisão de arribar e fundear na Enseada do Forno em Arraial do Cabo, onde pernoitamos confortavelmente.
Se arribar pra Arraial do Cabo foi uma ótima decisão do nosso “calorento”... 

(- Fernando tá tão quente aqui dentro! Foi você quem acendeu o fogão? LoL!) 

“Skipper Bavaria”, partir de Cabo Frio à noite, em pleno inverno, debaixo de vento forte, em plena lua nova e com uma tripulação recém-formada, que nunca havia navegado antes junto, foi um equívoco dos grandes. E isto, não sou eu quem o digo e sim mestre Slocum, nosso guru, nosso guia, nossa luz.
Seja como for, o resto da viagem até o Rio de Janeiro transcorreu sem incidentes e ainda demos a sorte de pescar um belo bonito em Massambaba, que foi degustado durante o almoço por todos. O diligente “Timoneiro da Porranca”, que pesca desde criança, o preparou e temperou e eu o cozinhei no vapor perfumado com gengibre e alho. 
- Delícia, diria nosso amigo Zeca. Saúde Zeca!
- Quando foi que o amigo leitor saboreou um peixe, assim, recém-pescado, pulando na panela de tão fresco? Hein? Nunca, não é verdade? Um peixe que não passou por nenhum frigorífico, nem geladeira. Direto do útero de nossa mãe-comum, a divina MAR, pra nossos estômagos famintos.
- A lamentar só o fato de termos motorado de Arraial do Cabo até Saquarema.
- Mas depois Éolo apareceu, cresceu e nos embalou até a ex-Cidade Maravilhosa, cuja beleza sem par, nós cariocas, não soubemos preservar. Que pecado!
Conto mais pra vocês no próximo post desta série, que agora preciso servir ao “Terrível Velho do Marangatú", que me escraviza, desde que cheguei à Ilha Grande, por culpa do "Capataz de Senzala" que abandonou-me na ilha, assim que não precisou mais dos meus braços fortes e dos meus olhos sempre atentos de velejador solitário inveterado. LoL!

Bons ventos e até breve.

Fernando Costa

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