Muito bom dia, amigas e amigos !
Publiquei este mesmo post (abaixo) há exatos 12 meses atrás. Lembram-se ? Dia 19/8/2010. Não sei se vocês sabem, mas o dia 19 de agosto é o dia internacional de um dos maiores inventos da Civilização Moderna. A FOTOGRAFIA, sem a qual este blog seria bem menos divertido, concordam? Mas o post abaixo fala do grande Bernard Moitessier, na minha humilde opinião, o melhor velejador de todos os tempos e lugares. Guru-mor da seita filosófica VELEJAR POR VELEJAR, com a qual pouquíssimos brasileiros simpatizam. A maioria dos nossos velejadores, um bando de "nervosos e angustiados", quando ouvem falar em velejar pensam imediatamente em regata, cerveja, churrasco e
medalha. Nesta mesma ordem. Mentira? :)
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medalha. Nesta mesma ordem. Mentira? :)
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Já falamos este ano e não faz muito tempo do grande guru dos velejadores solitários do mundo inteiro, Bernard Moitessier. Mas acabo de ver o DVD “Bernard Moitessier – Itinéraire d’un marin de légende”, mais concentrado que monge budista meditando e não resisto à tentação de comenta-lo com vocês. Três comentários, não mais, pra não alongar esta newsletter, que texto pra brasileiro ler deve ser curto. Brasileiro ainda não descobriu os prazeres da leitura, nem do transcendental ato de velejar. Brasileiro troca a leitura de um bom livro pela assistência de uma telenovela qualquer. Arre!!!! E deixa deserto o maravilhoso braço de MAR que se estende entre o forte de São Mateus e a Prainha em Arraial do Cabo, pra ver mais um jogo do Flamengo contra o Botafogo na TV. Em terra centenas, milhares, milhões de carros queimando petróleo, poluindo o ar atmosférico e aumentando o rombo da camada de ozônio. Na MAR, às vezes, uma única vela branca e solitária a deslizar ao longo da paradisíaca Costa do Sol, a da minha intrépida canoa alada. Mas vamos aos três comentários sobre o excelente DVD:
1 – Me emocionei até as lágrimas vendo os veleirinhos-miniatura que o Bernard Moitessier construía e lançava à MAR contendo notícia para seus familiares, amigos e imprensa, já que ele se recusou a levar a bordo aparelhos de comunicação rádio, durante a primeira regata de volta ao mundo, sem escalas e sem assistência.
2 – Me surpreendi com a declaração de uma ex-aluna de um dos cursos de vela que o Bernard Moitessier deu a bordo do “Joshua”, durante um breve período que ele passou na França, antes de partir para a primeira regata de volta ao mundo em solitário que o tornaria eternamente famoso. Curiosos pra saber o que ela disse? Disse que em vez de dar a clássica aula de vela, em que o mestre impõe procedimentos, dita regras e dá ordens em tom de voz peremptório, Bernard Moitessier falava baixinho, tratava os alunos como colegas, fazia muitas perguntas e dava poucas respostas. Algo assim:
- Eu costumo rizar minha vela deste jeito e vocês, como é que vocês fazem?
Bom professor, amigos, bom professor é aquele que aprende!
- Eu costumo rizar minha vela deste jeito e vocês, como é que vocês fazem?
Bom professor, amigos, bom professor é aquele que aprende!
3 – Me encantei com a casa de madeira e palha de coqueiro perfeitamente integrada ao meio ambiente, que ele construiu com a ajuda dos amigos na Polinésia.
Obras do Bernard Moitessier editadas
em francês e inglês.
em francês e inglês.
Un Vagabond des mers du sud 1960. Translated by Rene Hague as Sailing to the Reefs.
Cap Horn à la voile: 14216 milles sans escale 1967. Translated by Inge Moore as Cape Horn: The Logical Route.
La Longue route; seul entre mers et ciels 1971. Translated as The Long Way by William Rodarmor, 1973.
Tamata et l'alliance 1993. Translated as Tamata and the Alliance by William Rodarmor, 1995.
Voile, Mers Lointaines, Iles et Lagons 1995. Translated as A Sea Vagabond's World by William Rodarmor, 1998.
Bons ventos a todos e até breve!
Fernando Costa
Extrato da newsletter n° 9 de 1° de maio de 2008 - projeto “Estrela d’Alva”
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