Loïck Peyron dispara na liderança - 55 milhas à frente do Sébastien Josse - Jojô
- Faltam menos de três semestres para o início da próxima edição da famosa VENDÉE GLOBE, prevista para começar em 11 de novembro de 2012.
Como esta é uma das duas únicas regatas de que realmente gosto, decidi reeditar neste blog meu diário da
E é porisso que costumo dizer que todo marujo só deveria partir pra MAR após sete dias de MAR.
- Como assim?
- Explico.
Após sete dias de MAR, não deixo mais objetos cairem na MAR.
Após uma semana na MAR, as ondas, em vez de me estressar, me divertem.
Após sete dias de MAR, não costumo me machucar mais a bordo.
Após sete dias de MAR, o frio e a umidade, param de me agulhar.
A bordo da minha pequenina, mas intrépida "Estrela d'Alva", a partir do sétimo dia eu não faço mais nada, observo-me a mim mesmo, fazer o que deve ser feito, sem esforço algum, na ordem lógica e no mais oportuno dos momentos.
Após uma semana na MAR em vez de pesadelos passo a ter sonhos... belos sonhos que em terra jamais sonho.
Após passar sete dias consecutivos na MAR, deixo de ser terrestre para tornar-me anfíbio e um pouco mais tarde marinho.
Após uma semana na MAR minha concubina "Estrela d'Alva", não me recusa nenhuma fantasia.
- Quero velejar com você adernada, no ângulo máximo, vizinho do emborcamento, "Estrela".
- Também gosto disso.
Quero brincar de jogar e recolher a bóia "Estrela".
- Eu idem.
Quero velejar de pé na sua popa, com o proeiro Aguavel* de pé no seu bico de sua "Estrela".
- Maravilha!
Enfim após uma semana inteira, passada na divina MAR, meus braços tornam-se velas... minhas pernas bolina, minhas mãos leme, meu...
Esse assunto me encanta... poderia passar uma boa meia hora a falar sôbre ele. Farei isso futuramente. No momento prefiro voltar à incrível Vendée Globe, a primeira e única regata em solitário, sem escalas, sem assistência e passando pelos três famosos e temíveis cabos Boa Esperança, Leewin e Horn.
Duas vezes mais moderna que a Velux 5 Oceans e três vezes mais moderna que a VOR.
Puxei esse assunto só pra ter a oportunidade de dizer que a partir de agora os 26 cascudos marujos que disputam a atual sexta edição da Vendée Globe, metamorfosear- se-ão em criaturas cada vez mais exóticas, para não dizer estranhas... Estranhas à nossa pseudo-civilização-terrestre, quis dizer.
Prestem bem atenção!
Em vez de objetivos tornar-se-ão cada vez mais subjetivos.
Em vez de realistas tornar-se-ão cada vez mais românticos.
Em vez de pragmáticos tornar-se-ão cada vez mais filosóficos.
Em vez de prosaicos tornar-se-ão cada vez mais poéticos.
Querem um exemplo?
Leiam as profundas reflexões do Jérémie Beyou, a respeito dos seus três colegas sinistrados logo no iníco da prova, no site da Vendée Globe. Leram? Agora me digam, onde vocês já viram tamanha compaixão num antropóide falante citadino? Hein?
Bons ventos amigos do Altomar, Avecsol, Copa Pé de Vento eMoloteve/CF.
Atenção, mulheres do meu Brasil. Samantha Davies vem firme em 14° lugar. E a Dee Cafari em 16°, deixando pra trás nada menos que 10 barbados, sem contar com os quatro que abandonaram a prova. Estão ligadas?
Dee "Aviva" Cafari
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