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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nãããooooo!!!!! Macacos me mordam!

Bom dia prezados visitantes!

Li, reli e voltei a ler o interessante relato que nosso amigo Airton Aragão fez do traslado do seu recém-adquirido catamarã "Chaposo", de São Luiz do Maranhão, até Fortaleza do Ceará . Ô terra boa! "Terra dos únicos brasileiros que sabem velejar". Como de hábito, sublinhei meus extratos favoritos, dentre os quais escolhi cinco pra comentar com vocês.

1 - Depois de muito tempo procurando um barco adequado a minhas atividades no Ceará, (velejadas na enseada do Mucuripe, pescarias em mar aberto e pequenas travessias costeiras) localizei, no Maranhão, um catamaran de 23 pés (7 metros), com uma pequena cabine central, que estava à venda no estaleiro que o tinha construído em 2003. 

Parabéns pela bela aquisição, amigo Airton. Sem querer lhe agradar, simpatizei à primeira vista com o "Chaposo". Curiosamente eu gosto mais de monocascos que de cata ou trimarãs. Mas do seu catamarã eu gostei. - Porque? Não me pergunte, que sinceramente não sei. Consegue saber porque simpatiza com algumas pessoas e com outras não? O que eu sei, com certeza, é que adoraria ir até Fortaleza, só pra dar uma boa velejada a bordo do "Chaposo". Veleiro pra mim é que nem mulher, só sei se gosto de verdade depois de... Cála-te boca! Passei minhas férias de 2008 em Natal. Pena que naquela época você ainda não possuia o "Chaposo".

2 - Fechado o negócio, encomendei, à veleria BateVento, para a travessia, um enxoval de verão com duas velas novas, menores que as que vieram com o barco.

Este "morceau" como dizem os franceses, soa como música aos ouvidos dos meus olhos sempre atentos:
"um enxoval de verão com duas velas novas". Lembra-me o momento mágico em que nosso amigo Arnaldo da Cognac Velas presenteou-me com as velas novas da "Estrela d'Alva". A coitadinha que até então só envergava vela recauchutada e barriguda, transformou-se num piscar de olhos, de Gata Borralheira em Cinderela. Mais um vez obrigado mestre Arnaldo. Três velas novas e feitas sob medida pra um veleirinho que a gente ama do fundo do coração, jamais se esquece. Uma delas, a buja do gurupés, fez a dona da "Aylê" suspirar e encontra-se em exposição junto com o "Alegria".

3 - Quando consegui contato com o estaleiro, no Maranhão, soube que o barco havia arribado para a foz do Rio Preguiça, em Barreirinhas, com o mastro quebrado, culpa de uma cupilha arrebentada.

Nããããoooo!!!!! Macacos me mordam. Saber que o mastro de um veleiro quebrou, causa-me uma dor aguda no coração. É por essa e outras, que digo a vocês, que não tenho medo da MAR, mas dos erros que nós marujos cometemos na MAR ou pouco antes de afrontá-la. Como?! Perder um precioso mastro por causa de uma mísera cupilha! Isto me lembra que mes passado, uma das manilhas que sustentava o estai de BE da "Estrela d'Alva", comprada numa certa loja da Marina da Glória, no Rio de Janeiro, se partiu com... não, agora não, depois lhes conto essa estória.

4 - O barco mostrou todas as suas qualidades de rapidez, conforto e estabilidade. Nesse dia, atingimos, segundo o GPS, o pico de 18 nós.

Uauuuauuu! 18 nós! Tudo isso amigo Airton? 18 nós?!! Tem certeza? Sim? Parabéns! Como diria minha avó Balbina, não se trata de um barco à vela, mas de um avião a motor, com o perdão da palavra motor. Então... Então o conserto do mastro foi bem feito? Dos males o menor!

5 - Faltando uns 500 metros para o local de ancoragem, em frente a meu apartamento em Fortaleza, a ferragem do leme de bombordo rompeu-se com um estalo (solda original mau feita).

Preocupante isso amigo Airton. Sugiro que você mande verificar todas as outras soldas.

6 - Meu entusiasmo pelo cat aumentou muito. Velocidade, conforto, segurança, praticidade, possibilidade de navegar em águas rasas e chegar até a praia, são características excelentes desse tipo de barco. O conforto de não navegar adernado faz com que o cansaço da viagem seja mínimo, atenuado, também, pelo fato de se poder circular pelo barco numa posição “mais normal”.

Ouço a mensagem, mas não sinto a fé. Continuo a gostar mais dos monocascos. Mas quem sabe um dia não troco a "Estrela" por um Hobie Cat. Houve tempo em que eu nem podia ouvir falar que uma pessoa comia peixe cru, que sentia ânsias de vômito, hoje, quando tenho um bom motivo pra comemorar, é num restaurante japonês que comemoro e jamais numa churrascaria. Farei uma excessão amanhã, celebrando o nascimento do "Alegria" na "churrascaria da Passagem".

7 - Fiquei encantado com a possibilidade que o formato da costa cearense (côncava ou convexa ?) dá, de podermos velejar sempre próximos à praia, principalmente num barco de baixo calado. Isso permite que se façam pequenos trechos a cada dia e se escolha uma simpática cidadezinha onde passar a noite ou um fim de semana, numa pousada, se for o caso.

Salivando aqui só de pensar nesses deliciosos e providenciais alíseos, com os quais a mãe natureza brindou o Nordeste, terra dos únicos brasileiros que sabem de fato velejar, com certeza por causa da assiduidade dos alíseos.

Prometi comentar cinco extratos, comentei sete.



Bem, como não preciso desejar-lhe bons ventos, amigo Airton, desejo-lhe boas velejadas a bordo do seu simpático "Chaposo"!

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