sinopse do filme
Grupo de amigos passa um final de semana em alto mar, velejando num luxuoso veleiro. Quando decidem dar um mergulho, se esquecem de instalar a escada para retornarem para bordo da embarcação - que é muito alta e impossível de escalar. Eles ficam presos na água, à mercê de todos os perigos possíveis. A reunião que deveria ser alegre se torna uma luta pela sobrevivência. Suposta continuação de "Mar Aberto", feito em 2003.
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Vi ( e lamentei ter visto esse filme ), por causa de um comentário que o Amyr Klink faz dessa terrivelmente trágica estória no seu livro “Paratii entre dois pólos”. Ou será que foi em “Cem dias entre céu e mar?” Ou será que foi em “Linha d’Água”? Não me lembro bem. O filme é horrível, como horrível é quase tudo que Hollywood tem produzido ultimamente. Vendo o filme passei o tempo todo pensando em como essa estória teria se passado na realidade. Com certeza diferente de tudo que o roteirista do insosso, inodoro e incolor "Pânico em Alto Mar" imaginou e os péssimos atores, bonitinhos, mas ordinários, representaram. A cena do telefone celular é uma afronta à inteligência do espectador. A do suposto dono canastrão do veleiro, responsável por toda tragédia, procurando uma faca no fundo do mar a 300 metros de profundidade é outra. A cena dos personagens sobreviventes bebendo água da chuva é ridícula. O fato do veleiro, mesmo com as velas arriadas, não se afastar nem um milímetro dos sobreviventes durante uma tempestade é o maior absurdo. É no que dá fazer um filme sem antes consultar a sábia galera do Altomar.
Apesar da decepção aprendi uma lição, que já sabia. Não é o MAR que nos mata, amigos marujos. São os nossos erros mais banais que o fazem. O que ando pesquisando é como me impedir de cometer erros no MAR, se esses erros no principio são conseqüência natural da nossa falta de experiência e no fim, quando nos tornamos experientes, do nosso excesso de auto-confiança. Hein? Alguém tem resposta pra minha pergunta? Oferecerei um pequeno prêmio, uma camiseta com a logomarca da intrépida canoa a remo e a vela “Estrela d’Alva”, a quem me ajudar a resolver essa difícil questão.
Fernando Costa
Newsletter n° 7 de 3 de abril de 2008 - projeto "Estrela d'Alva"
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