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sábado, 8 de janeiro de 2011

Bioluminescência - mais populares do Deep Blue Home 3



“In the trough between the swells, an incandescent waterfall of radiance tumbled from the wave breaking directly ahead. Time and again, we sailed into this cascade, which outlined the bow of the sailboat in a vibrating aura of electric blue and electric green. Behind us, our wake writhed like an aquamarine serpent before fading from view over the precipice of the receding wave.” Julia Whitty  link-do-texto


Emocionante este extrato do livro THE FRAGILE EDGE da Julia Whitty. O que de mais bonito li até agora no romântico-científico-poético blog DEEP BLUE HOME. Pena que não estava lá, em 3D, ao vivo e a cores, pra ver esse curioso e arrebatador espetáculo marinho. Sempre fui fascinado por esses mágicos e silenciosos fogos de artifício aquáticos. E após vê-los fico durante algum tempo absorto, hipnotizado, sonhando, sonhando com uma certa viagem, quase impossível, que farei, se fizer, antes de morrer, só pra ter a chance de ver mais desses incríveis fenônemos ao vivo. Muitos mais!


No mundo real, nunca vi nada tão fantástico quanto o que a Julia tão bem descreve, neste extrato, mas adoraria ver, adoraria passar noites inteiras assistindo essa pirotecnia sutil: torrentes, cascatas, vagas, maelstroms de luzes silenciosas. O defeito dos fogos de artifício fabricados pelos humanos, pra mim que adoro o silêncio, é o barulho associado à luz. O que a bioluminescência tem de mais encantador pra mim, que odeio o barulho, é que ela é silenciosa. É isso que aumenta-lhe a magia. Explosões silenciosas de luz submarinas. Lembrei-me de uma poema em prosa que escrevi em homenagem a Bernard Moitessier chamado



Moitessier Dobrando o Cabo Horn

Aqui vai um extrato dele, mencionando justamente o misterioso fenômeno da BIOLUMINISCÊNCIA.

“o famoso clarão das altas latitudes começou a surgir
o céu abriu-se a barlavento
clareando a MAR, o céu e envolvendo “Joshua”
numa aura metafísica
em poucos minutos as estrelas tomaram conta do céu.
brilhantes, excessivamente brilhantes...
sinal claro de ventos soprando forte
muito forte na alta atmosfera
nunca vi o cruzeiro do sul tão alto nem tão nítido
vejo inclusive as duas nebulosas
prolongamento luminoso dos seus braços
à bombordo flutua a lua toda cheia
a boreste resplandece o clarão das geleiras antárticas
as bolas de fogo que já mencionei
avistam-se agora que a cerração se dissipou
a mais de cinqüenta braças de distância
são aglomerados de plâncton diz meu consciente
são olhos de carnívoras lulas gigantes sussurra-me minha imaginação febril
mas porque será que possuem tamanha claridade?
porque será que apagam-se tão de repente?
para logo a seguir voltar a acender
mistérios, mistérios profundos
a MAR é assim, sempre cheia desses mistérios insondáveis e profundos
que crescem de dimensão à noite
ora nos encantando, ora nos apavorando
é por isso que todos nós, marujos de alta MAR
temos essa expressão mista no olhar
mescla de coragem, medo e encantamento"


Bioluminescência

Processo bioquímico utilizado por muitos animais e algas marinhas, resultando na produção de luz. O processo é feito através da oxidação de uma proteína chamada Luciferina por uma enzima chamada Luciferase.
A bioluminescência é produzida por componentes do fitoplâncton, principalmente dinoflagelados como a Noctiluca. Esta alga é a responsável pelos pontos de luz azul-esverdeada produzidos na areia das praias e na água, visíveis durante a noite. Muitos invertebrados também produzem luz, principalmente os crustáceos, como os camarões, vermes, equinodermas e lulas. Os peixes são os únicos vertebrados capazes de...continua em link-do-texto.

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