Estamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nesta hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo, o mar em cima, o firmamento...
E no mar e no céu, a imensidade! "
Castro Alves
O "Navio Negreiro" é considerado por muitos, o mais belo poema escrito por um brasileiro. O jovem baiano Castro Alves o compôs aos 21 anos, dois anos antes de falecer de tuberculose. Ao contrário do monumental poema de Dante Aliguieri que descreve o inferno antes do paraíso, o de Castro Alves pinta o paraíso e só depois o inferno. O paraíso é um belo veleiro singrando o alto-mar em noite enluarada, com todas as velas ao vento.
O Inferno é o mais hediondo crime que já se cometeu na história da Humanidade. A escravidão da pacífica, alegre e criativa raça negra. Os judeus, com toda razão, não cessam de condenar o famigerado Holocausto e eu, com mais razão ainda, não cesso de execrar a escravidão dos gentis negros africanos, pelos cruéis europeus da época. Mas será que a escravidão dos negros já acabou nesse mundo de Deus e do diabo? Tenho minhas dúvidas e vocês?
Fernando Costa
Newsletter n°2 de 24 de janeiro de 2008
Fernando, linda a poesia .
ResponderExcluirObrigado pela lembrança.
Salve Celso!
ResponderExcluirRespondi a este seu comentário faz tempo e acabo de perceber que ele não foi publicado.
Estranho isso...
Mil perdões! Como vai o amigo?
Tenho um assunto importante pra comentar com você.
Vou enviar-lhe um e-mail ainda esta semana.
Feliz que você seja um dos seguidores do meu blog.
Tem razão, este poema é lindo.
Mas o curioso é que nesses tempos obscuros que correm, em que a última coisa que interessa à galera é a poesia, esse post continua a ser um dois mais populares, deste nosso blog dedicado à divina MAR, à inteligente VELA e ao sagrado MEIO-AMBIENTE.
Bons, ótimos ventos!