Eu mais minha querida "Estrela d'Alv"a em Cabo Frio, 2007 - foto de Henrique Souza
- Acreditem se quiserem, colegas velejadores, mas cruzamos de novo a baía de Guanabara, eu mais minha inseparável "Estrela d'Alva".
- Foram nossas travessias de número 13 e 14.
- Duras viu?
- Duríssimas no dizer do nosso amigo
José Dias, personagem do "Dom Casmurro", de autoria da pessoa mais inteligente que a "raça brasileira" já produziu até o momento.
- Machado de Assis.
- Mas voltemos ao nosso assunto, que é a travessia da baía de Guanabara à vela ou a remo.
- Na ida pra Urca (Rio de Janeiro), o vento fraco permitiu que a forte corrente de maré nos arrastasse pra fora da boca da baía em direção à ilha de Cotunduba...
- Sim, sim, por mais que eu tentasse dobrar o morro Cara de Cão de volta, fomos derivando na direção do ponto em que o Bateau Mouche naufragou...
- Sinistro ponto esse...
- O que nos salvou, foi que o vento rondou no momento certo e pudemos cambar e de vento em popa, seguir nosso caminho...
- Isso aconteceu na ida.
- Na volta vínhamos velejado num través folgadíssimo rumo a Jurujuba, quando o vento cessou e no minuto seguinte rondou 90 graus, passando a soprar "com toda força" exatamente pela nossa proa.
- Sem buja e rebocando o caiacão de mestre Geomar, o máximo que conseguimos foi chegar a Boa Viagem onde pernoitamos...
- Meu colchão foi uma vela mestra 470 e meu cobertor uma vela de Dingue.
- Acreditem se quiserem!
- Quem não quiser está dispensado de acreditar em mim.
- No dia seguinte remei as 4.000 jardas que separam Boa Viagem de Charitas...
- Se a cada remada a Estrela avança uma jarda, dei nada menos que 4.000 remadas duplas antes de chegar em casa...
- Fácil não!
- Fácil é circular de Jet Ski pra baixo e pra cima.
- Mas digam-me, que graça tem você "andar" de Jet Ski?
- Ia-me esquecendo de contar...
- Quando vinha velejando já de noite no domingo, com situdo contra... vento, vagas e corrente de maré, um fato inusitado aconteceu.
- Um peixe espada suicida pulou pra dentro da Estrela.
- Corri sérios riscos de levar uma boa mordida na canela.
- Em compensação, no dia seguinte preparei o mais delicioso pirão de peixe que já se cozinhou no planeta.
- Anotem a receita pra não esquecer.
- Refogar uma cebola bem picada numa panela contendo um dedo d'água.
- Acrescentar uma colher de café de pimenta calabresa, uma pitada de alecrim, uma pitada de ervas finas, uma colher de café de curry, umas lasquinhas de gengibre e sal a gosto.
- Acrescentar um inhame picado, uma cenoura picada, um chuchu picado, um picado.
- Acrescentar água até cobrir todos os legumes.
- Cozinhar em fogo lento até que todos os legumes estejam cozidos, mas ainda "al dente" ou seja bem crocantes.
- Acrescentar o peixe espada limpo e cortado em postas, cozinhar por mais cinco minutos.
- Separar o caldo dos legumes.
- Misturar farinha de mandioca ao caldo fervente e mexer até que o pirão comece a descolar do fundo da panela.
- Pronto, está pronto.
- Bom apetite.
Fernando Costa
- Foram nossas travessias de número 13 e 14.
- Duras viu?
- Duríssimas no dizer do nosso amigo
José Dias, personagem do "Dom Casmurro", de autoria da pessoa mais inteligente que a "raça brasileira" já produziu até o momento.
- Machado de Assis.
- Mas voltemos ao nosso assunto, que é a travessia da baía de Guanabara à vela ou a remo.
- Na ida pra Urca (Rio de Janeiro), o vento fraco permitiu que a forte corrente de maré nos arrastasse pra fora da boca da baía em direção à ilha de Cotunduba...
- Sim, sim, por mais que eu tentasse dobrar o morro Cara de Cão de volta, fomos derivando na direção do ponto em que o Bateau Mouche naufragou...
- Sinistro ponto esse...
- O que nos salvou, foi que o vento rondou no momento certo e pudemos cambar e de vento em popa, seguir nosso caminho...
- Isso aconteceu na ida.
- Na volta vínhamos velejado num través folgadíssimo rumo a Jurujuba, quando o vento cessou e no minuto seguinte rondou 90 graus, passando a soprar "com toda força" exatamente pela nossa proa.
- Sem buja e rebocando o caiacão de mestre Geomar, o máximo que conseguimos foi chegar a Boa Viagem onde pernoitamos...
- Meu colchão foi uma vela mestra 470 e meu cobertor uma vela de Dingue.
- Acreditem se quiserem!
- Quem não quiser está dispensado de acreditar em mim.
- No dia seguinte remei as 4.000 jardas que separam Boa Viagem de Charitas...
- Se a cada remada a Estrela avança uma jarda, dei nada menos que 4.000 remadas duplas antes de chegar em casa...
- Fácil não!
- Fácil é circular de Jet Ski pra baixo e pra cima.
- Mas digam-me, que graça tem você "andar" de Jet Ski?
- Ia-me esquecendo de contar...
- Quando vinha velejando já de noite no domingo, com situdo contra... vento, vagas e corrente de maré, um fato inusitado aconteceu.
- Um peixe espada suicida pulou pra dentro da Estrela.
- Corri sérios riscos de levar uma boa mordida na canela.
- Em compensação, no dia seguinte preparei o mais delicioso pirão de peixe que já se cozinhou no planeta.
- Anotem a receita pra não esquecer.
- Refogar uma cebola bem picada numa panela contendo um dedo d'água.
- Acrescentar uma colher de café de pimenta calabresa, uma pitada de alecrim, uma pitada de ervas finas, uma colher de café de curry, umas lasquinhas de gengibre e sal a gosto.
- Acrescentar um inhame picado, uma cenoura picada, um chuchu picado, um picado.
- Acrescentar água até cobrir todos os legumes.
- Cozinhar em fogo lento até que todos os legumes estejam cozidos, mas ainda "al dente" ou seja bem crocantes.
- Acrescentar o peixe espada limpo e cortado em postas, cozinhar por mais cinco minutos.
- Separar o caldo dos legumes.
- Misturar farinha de mandioca ao caldo fervente e mexer até que o pirão comece a descolar do fundo da panela.
- Pronto, está pronto.
- Bom apetite.
Fernando Costa
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