Gibraltar - 16/07/2013 - foto de Fernando Costa
Boa noite amigas e amigos leitores deste oceânico blog, dedicado à divina MAR, ao inteligente BARCO À VELA e ao sagrado MEIO AMBIENTE.
Não sei se vocês se lembram, mas no dia seguinte à minha chegada a Gibraltar, onde me encontro no presente momento, à espera de um certo veleiro, pra seguir viagem rumo a Cabo Verde, publiquei este post, aqui no blog da Estrela e no ótimo grupo ALTOMAR idem, onde ele recebeu vários comentários, entre eles os dois abaixo de autoria de mestre Arnaldo Andrade, da Cognac Velas, que faço questão de compartilhar com vocês. Ricardo III disse "- Meu reino por um cavalo". Eu digo "Meu reino por um bom comentário." - Porque? Porque é graças aos comentários inteligentes como estes, que vocês lerão a seguir, que eu aprendo. E aprender é uma aventura tão excitante, quanto velejar entre uma ilha conhecida e outra desconhecida.
Bons ventos mestre Arnaldo e mais uma vez obrigado pelas belas velas da Estrela e por estes ótimos comentários idem.
Fernando Costa
Não sei se vocês se lembram, mas no dia seguinte à minha chegada a Gibraltar, onde me encontro no presente momento, à espera de um certo veleiro, pra seguir viagem rumo a Cabo Verde, publiquei este post, aqui no blog da Estrela e no ótimo grupo ALTOMAR idem, onde ele recebeu vários comentários, entre eles os dois abaixo de autoria de mestre Arnaldo Andrade, da Cognac Velas, que faço questão de compartilhar com vocês. Ricardo III disse "- Meu reino por um cavalo". Eu digo "Meu reino por um bom comentário." - Porque? Porque é graças aos comentários inteligentes como estes, que vocês lerão a seguir, que eu aprendo. E aprender é uma aventura tão excitante, quanto velejar entre uma ilha conhecida e outra desconhecida.
Bons ventos mestre Arnaldo e mais uma vez obrigado pelas belas velas da Estrela e por estes ótimos comentários idem.
Fernando Costa
Que bom que chegaram bem. Acho que em Gibraltar ainda tem uns macacos que dão um ragoût muito saboroso. Melhor talvez do que o de morcegos gigantes na Micronésia. Só não sei como embarcar um macaco desses sem chamar a atenção :)
ResponderExcluirVocê disse na chamada para o seu site: Não deixamos o veleiro "virar de cumbuca pra cima". Acho que devia ter sido de "cumbuca para baixo", não? Se a gente lembrar da origem da palavra (caá + mbuca) o ôco é prá cima...
Abração
Arnaldo
Tem toda razão mestre Arnaldo! O certo é mesmo "virar de cumbuca pra baixo".
ResponderExcluirA gente deveria pesquisar o significado de todas as palavras antes de escrever...
Na minha ignorância julguei que o "cum" de cum-buca tivesse algum parentesco com o "cul" dos franceses. :)
Se assim fosse "virar de cumbuca pra cima" equivaleria a virar de "cul" pra cima.
Escrever bem é mais difícil que velejar bem.
Velejando a gente comete cem erros por dia e escrevendo mil por hora.
Mudando de assunto, escalei ante ontem o famoso "pedregulho" de Gibraltar até os "The Great Siege Tunnels". Impressionante! (Dá pra ver bem o cocuruto da África lá de cima.) E foi lá que topei com vários dos "Barbary Macaques", a que você se refere. Mas saiba que existe uma lei inglesa, que obriga ao pagamento de uma multa de 4.000 libras a quem (simplesmente ) alimentar esses sagrados macacos. Imagina o que a infalível polícia britânica não faria com quem rangasse um desses inteligentes símios? Sim, bem mais inteligentes que os des-humanos, diga-se de passagem. Porque? Porque nenhum deles se locomove a bordo de lanchas a motor. :) Isso com o perdão da suja e feia palavra motor.
Mudando de assunto, o veleiro francês "Tout-Va-Bien", a bordo do qual naveguei dos Açores até aqui, envergava velas brasileiras. Sim, sim, velas feitas no Brasil, por um brasileiro. Como não foi a "Cognac Velas" quem as fabricou, skipper Phil Flat não estava nada satisfeito com a qualidade delas. Seja como for, foi graças a elas que cruzamos 1000 milhas de MAR, o tempo todo, numa orça nada folgada.
Voltando ao primeiro assunto. Já degustou un "ragoût de macaco", mestre Arnaldo? É bom? :) Última pergunta, sabe qual a diferença entre o "ragoût" e a "potée"?
Grande abraço e obrigado pelo comentário. Um comentário inteligente pra mim vale ouro. É graças aos comentários inteligentes que eu aprendo. E aprender é mais emocionante que saber. Saber pesa, aprender diverte.
Fernando Costa
Oi Fernando,
ResponderExcluirRápidas respostas:
1) Macaco moqueado (na brasa, portanto): Meu irmão gêmeo comeu macaco
moqueado algumas vezes lá no Pará. Disse que era bom. Eu estou esperando
a minha vez de provar, em que pesem as eventuais restrições ambientais.
Ele comeu o acepipe numa aldeia indígena aonde a caça não é proibida. No
caso dos macacos de Gibraltar você certamente ficará só no pensamento.
Talvez mais adiante em sua viagem, no Congo... Não coma a carne crua nem
o cérebro do macaco. Eu ia descrever como se comia esse último mas deixo
para lá. Deve ter na Internet.
2) Agora entendi a confusão da cumbuca. Você estava com o verbo frances
"culbuter" na cabeça. Isso que dá ficar falando a língua dos outros
muito tempo :)
3) Ragoût e Potée? Nunca parei para pensar na diferença. Assim, no
chute, me parece que o primeiro é mais um refogado, o que envolve uma
etapa de fritura, ao passo que o segundo é mais um ensopado que talvez
não França não receba a proteina animal refogada. Mas como dizia o meu
orientador no Instituto de Biofísica, "geralmente é quem pergunta!",
frase um tanto críptica que queria dizer: "geralmente quem faz a
pergunta é quem já tem a resposta".
4) A uma certa altura você disse: "Escrever bem é mais difícil que
velejar bem." As duas coisas são difíceis, Fernando... As duas.
Abraço e boa viagem!
Arnaldo
Boa noite a todos!
ResponderExcluirTem razão mestre Arnaldo, quando diz que "culbuter" em francês significa virar de ponta cabeça ou capotar. Mas atenção que "culbuter" pode também significar "baiser" e "baiser" significa bem mais que simplesmente beijar... Falar nisso quem virou recentemente de cumbuca pra cima ou pra baixo foi nossa querida "Princesa Izabel", que foi obrigada a interromper sua volta ao mundo em solitário na ilha de Páscoa. Ligados? À propósito tem uma galera acompanhando e comentando "pari passu" sua inédita aventura no forum francês "Hisse et Oh".
Por isso que eu gosto deste mundo, cada um sonha com uma coisa diferente. Enquanto que mestre Arnaldo deseja ardentemente degustar um "Ragoût de Macaco Gibraltino" eu sonho com "Vieiras à Brasileira"... :) Receita aqui http://estreladalvacabofrio.blogspot.com/2010/12/vieiras-brasileira-culinaria-maritima-4.html
Mestre Arnaldo, você tem razão de novo quando diz que "geralmente quem faz a pergunta é quem já tem a resposta". É verdade, eu conheço muito bem a resposta pra essa pergunta, porque faz pouco tempo que naveguei do Caribe aos Açores a bordo de um certo veleiro, onde se comia "ragoût" hoje e "potée" amanhã. Aqui entre nós eu chamava aquilo de "carnaval na zona" e "mistura e manda". Mas tudo bem, pior teria sido passar fome.
Escrever x velejar... Mestre Arnaldo, eu queria viver num mundo em que todos os escritores escrevessem antes, durante e depois de velejar e você? Machado de Assis por exemplo, consegue imaginar a obra de Machado de Assis se ele tivesse sido além de escritor, velejador?
Vontade de escrever mais, mas não posso. Estou correndo atrás de um veleiro que me leve pra Cabo Verde o mais rápido possível. A vida aqui em Gibraltar é muito cara e eu não quero cruzar a fronteira com a Espanha, porque "macaco velho não mete a mão em cumbuca." :)
Bons ventos a todos
Fernando Costa