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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Enveredando pela rua da "Torre do Diabo" - NEWS NEWS NEWS - 11

A Africa, vista do "Europa Point", em Gibraltar, às 12 h 31 do dia 24/07/2013 - foto de Fernando Costa


Muito bom dia amigas e amigos leitores deste serial-blog, dedicado à divina MAR, ao inteligente BARCO À VELA e ao sagrado MEIO AMBIENTE.

COITADOS DOS GIBRALTINOS!

Ante ontem, criei coragem, atravessei a pista do aeroporto de Gibraltar e caminhei até a fronteira com a Espanha, pra averiguar a "situação". Aparentemente calma, apesar de um enorme pastor alemão de um certo policial anglo-saxão ter-me atacado "a meio caminho desta vida". Depois, na volta, tinha uma intenção bem definida na minha mente. 

- Qual? 
- Continuar garimpando uma vaga de tripulante no primeiro veleiro que ice velas rumo a Cabo Verde ou ilha da Madeira. Mas... Mas... ao passar diante da "Cross of Sacrifice", deixei-me levar pela emoção e enveredei pela
"Devil's Tower Road".
- Depois caminhei até "Eastern Beach", se é que se pode chamar aquilo de praia. Coitados dos gibraltinos que nunca viram Copacabana. Ah, mas existe um "Café Copacabana" em plena "Maint Street", aqui em Gibraltar.

O APAVORANTE "DUDLEY WARD TUNNEL"

- Depois caminhei até "Catalan Bay", passando diante do restaurante "La Mamella", que significa literalmente, o peito, a mama, por causa de uma famosa rocha com feitio de seio feminino, que rolou de cima do "The Rock", até a MAR Mediterrânea, durante uma tempestade e causou um enorme estrago na vila dos pescadores.
- Depois caminhei até a florida "Sandy Bay", onde estão construindo uma nova marina.
- Depois, atravessei o apavorante "Dudley Ward Tunnel".
- Depois caminhei pela "Europa Advance Road", passando pela "Mosque of The Two Holy Custodians" até chegar ao "Trinity Lighthouse" e foi ao lado desse famoso farol que tirei a foto acima.

A GUERRA É O MAIOR DOS ABSURDOS!

Resumindo, saí pra fazer uma coisa e fiz outra.
Resultado: acabei "circunavegando" a pé o "famoso pedregulho do fim do mundo", ou se preferirem apenas "The Rock", para os íntimos. Acreditam?
Segundo "fim-de-mundo" que visito nesta viagem. O primeiro foi o promontório de Sagres. 
- Lembram?
- Ah! Ia esquecendo de contar um fato importante. Entre a "Cross of Sacrifice" e "Eastern Beach", adrentei, por acaso, o maior cemitério da cidade. E foi lá, que olhando pra dezenas de sepulturas de soldados mortos ainda bem jovens durante a Segunda Guerra Mundial, cheguei uma vez mais à conclusão, que a guerra é o maior absurdo desse mundo de Deus e do diabo idem.
Faz sentido não. Morrer cedo, antes de ter realizado ao menos três travessias oceânicas à vela.

PÁLIDA SILHUETA AFRICANA

Bem, pra não alongar muito este post, porque brasileiro detesta ler, deixo vocês imaginarem a segunda metade do meu agridoce passeio de "Europa Point" até a "Water Port Place", que visito frequentemente, pra comprar comida no "Morrisons". 
- Gostaram da foto? 
- Pensei tanta coisa importante olhando pra essa pálida/cinza silhueta africana no horizonte, que se fosse contar... Vou contar uma coisa só. Um sonho que sonhei acordado depois de tê-lo sonhado dormindo durante a travessia Açores-Sagres.

MEU SONHO OU "THE BIGGEST BOAT IN A BOTTLE"

- Sonhei que tinha viajado prum país africano, (não me lembro qual), em que todas os habitantes eram artistas e se vestiam de um modo super criativo e personalizado... Nada de roupas e sapatos comprados em lojas de shopping center, idênticos uns aos outros, pra matar a gente de tédio. Não, não, absolutamente, era tudo diferente, tudo ímpar, tudo pessoal, particular e intransferível. Tudo naquele país era autoral. Não haviam pessoas ricas, nem pobres, muito menos miseráveis nesse país... Mas a África toda era assim no meu sonho... Sem riqueza, sem pobreza, mas linda, bela e muito agradável de se viver e visitar porque em todas as esquinas, em todas as praças, em todas as casas, viam-se obras primas de todas as artes... Esculturas, pinturas, fotografias... E à noite assistia-se concertos de música, mais espetáculos de dança e canto em todas as praças, em todos os teatros, com aquela verve dramática, de que só os africanos são capazes... Como a arte é a maior amiga da felicidade, a felicidade reinava em toda a África. Ah, um detalhe importante que ia me escapando, a primeira obra de arte que avistei, assim que desembarquei neste utópico país africano foi "The biggest boat in a bottle" do artista africano Yinka Shonibare

"LIKE TEARS IN THE RAIN"

Isto foi o que sonhei acordado, depois de ter sonhado dormindo, olhando pra tênue silhueta do "Jebel Musa" do outro lado do Estreito de Gibaltar.
Voltando à realidade, ainda bem que possuo uma câmara fotográfica e um weblog, se não todas essas imagens se perderiam como "lágrimas na chuva" ou "manteiga ao sol", no dizer da minha querida avó Balbina.
Mas será que alguém ainda se lembra do discurso final do replicante Roy Batty em "Blade Runner"? 

"I've... seen things you people wouldn't believe...
 Attack ships on fire off the shoulder of Orion. 
I watched c-beams glitter in the dark near the Tannhäuser Gate. 
All those... moments... will be lost in time, like tears... in... rain. 
Time... to die..."

Obrigado pela sugestão Easy Rider! :)

Fernando Costa 


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