101º dia
vendée globe
no, you can’t! ou o boi no telhado
Durante a comemoração Marc Guillemot e o Yann Eliès beijaram a Samantha Davies ao mesmo tempo, com ela fazendo as vezes de presunto de sanduíche humano entre ambos.
Salve amigas e amigos velejadores!
Aqui quem lhes fala é o maluco da canoa alada “Estrela d’Alva”. Tudo bem?
TRILHA SONORA DA MENSAGEM:
Só pra quem gosta de ler ouvido música como eu.
http://www.youtube. com/watch? v=Ut2LDf0C7Ns&feature=related
NOVIDADES SOBRE A VENDÉE GLOBE
>>> Amigos, deu a louca nos gringos da Vendée Globe! Quando digo que deu a louca nos gringos da Vendée Globe, entenda-se que eles começaram a se comportar como nós brasileiros durante o Carnaval. Tudo caminhava mais ou menos sob controle até a chegada do Armel Le Cléac’h. A partir da animada chegada a Sables d’Olonne da Samantha Davies, como diria minha avó Balbina a fuzarca começou. Marc Guillemot mais parecia um jogador de futebol comemorando gol ontem de madrugada. Ajoelhou-se, apertou a cabeça entre as mãos e se jogou deitado sobre o convés do seu combalido “Safran”, no momento em que
cruzou a linha de chegada, conquistando o terceiro lugar do pódio.
Brian Thomson pulou a balaustrada do púlpito do bico de proa e veio sentado na ponta do gurupés do seu impressionante “Bahrain Pindar Team” velejando, acreditem se quiserem, com tudo em cima.
Roland Jourdain, Kito de Pavant e Jean Le Cam desfilaram em veleiro aberto a bordo do “Safran” de Marc Guillemot, ao longo da Marquês de Sapucaí aquática de Sables d’Olonne, todos com fumígenos incandescentes nas mãos.
Durante a comemoração Marc Guillemot e o Yann Eliès beijaram a Samantha Davies ao mesmo tempo, com ela fazendo as vezes de presunto de sanduíche humano entre ambos.
Armel Le Cléac’h e Roland Jourdain pegaram a Samantha Davies no colo... no colo é pouco, no ombro. Isso sem a menor cerimônia. Posso contar? Só vou contar o que vi. Alguém pode ser tachado de indecente por contar o que viu? Posso contar? Quem cala consente. Armel passou o “mãozão” entre as coxas da Samantha a 3 milímetros de usa b... ( vem cá, não existe nenhum nome do sexo feminino que a gente possa usar em público não? ) Enquanto que o Roland fez o que todos queriam fazer. Pegou na b... perdão pegou no traseiro da “assanhada” namoradinha da Vendée Globe e a jogou pro alto. Depois a Marília Pera diz que só brasileiro é que é safado. Será que feri a sensibilidade de alguém com este relato? Espero que não. Só contei o que vi.
CURIOSIDADE SOBRE A VENDÉE GLOBE
Vocês sabiam que o Marc Guillemot guardou a garrafa de vinho que ganhou de presente de natal do comandante da fragata australiana “Arunta” pra beber em companhia do Yann Moisés Eliès? Vocês sabiam? E aí vamos classificar isso de a mais sutil das delicadezas ou vocês tem uma idéia melhor?
ESCOLA PARA VELEJADORES SOLITÁRIOS DA VENDÉE GLOBE:
Lição nº 11 – NAVEGAÇÃO PERIGOSA – Quando se aproximar de terra, amigo velejador, abra bem seus olhos, que você realizará a mais perigosa das navegações, a costeira. Navegar próximo a qualquer costa é 10 vezes mais perigoso que em alta mar. O dramático caso do Bernard Stamm que teve seu “Cheminées Poujoulat” jogado em cima das pedras das ilhas Kerguelen, está aí pra vocês não esquecerem dessa importante lição. Estão ligados?
LIÇÕES ANTERIORES
Lição nº 10 – RESERVA DE ENERGIA VITAL – Quando em viagem a bordo de um veleiro, todo velejador deveria manter-se o mais bem alimentado e bem dormido possível, pois que nunca se sabe quando a mar exigirá dele um grande esforço físico e mental extra.
Lição nº 9 – O ÊXITO NA MAR É GARANTIDO EM TERRA - 80% do sucesso numa regata ou êxito numa viagem marítima qualquer se garante em terra. Lição de mestre Desjoyeaux pra nós brasileiros, especialistas em inaugurações e maiores reprovados em planejamento, manutenção e prevenção.
Lição nº 8 - SIMPATIA GRANDE FONTE DE ENERGIA – O velejador solitário deve ser simpático. Primeiro porque a simpatia é uma fonte inesgotável de energia. Segundo porque velejando em solitário, a gente acaba precisando mais cedo ou mais tarde da ajuda de terceiros e as pessoas ajudam mais facilmente um necessitado simpático que outro antipático.
FANTASIAS SOBRE A VENDÉE GLOBE:
Fantasia nº 3 - Queria participar de uma Vendée Globe só pra fazer o que ninguém jamais fez nem fará. Cruzar a famosa linha de chegada de Sables d’Olonne com tudo em cima, pendurado no tope do mastro do meu open 60 e bordejando contra o vento à la Bardiaux. Crioulo é assim. Faz naturalmente o que vocês brancos não conseguem pensar, nem quando bêbados... A propósito. Viram o último gol do Robinho no jogo contra a Itália? Quando é que um jogador branco vai fazer um daqueles? Hein? No, you can’t! Tô brincando galera. Sou racista não. Meu lema é “celebrar a biodiversidade do planeta” em todas as suas versões. Não me viram o outro dia fazer uma declaração pública de amor à branquela inglesa Samantha Davies? Se ela fosse árabe teria feito o mesmo. Se ela fosse índia, oriental ou judia idem. Gosto das pessoas pelo que elas são e jamais pela aparência. Quem gosta de valorizar embalagem é novela televisiva. Eu prefiro a essência, a semente, o que vai no âmago, o desempenho, a performance. Percebem? Seja como for aquele gol do Robinho o Cacá jamais faria e chega de conversa!
EXTRATO DE “AS MIL E UMA NOITES”
na tradução de Mamede Mustafa Jarouche. Estória: “O terceiro dervixe.”
“Na quadragésima primeira noite, fomos atingidos por ventanias de várias procedências; a mar ficou violentamente encapelada, as ondas se entrechocavam e perdemos a esperança de permanecer vivos; uma sombra muito intensa se projetou entre nós e eu pensei:... “
Bons ventos amigos e amigas velejadoras
Fernando “Estrela d’Alva” Costa
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