- Uma das minhas canções brasileiras prediletas diz assim:
" Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí
Levando um violão debaixo do braço.
.....................................
Se quiserem saber, se volto, digam que sim..."
- Bem, vocês não me perguntaram, mas se quiserem saber
de quais três velejadores eu gostaria de ser a sombra
neste exato momento eu repondo sem pestanejar:
- Todos três expoentes do movimento ecológico
"Velejar por Velejar".
- Porque?
- Porque estão realizando presentemente
expedições marítimas de beleza sem par.
- Como falei recentemente da minha querida Laura Dekker
e do meu prezadíssimo Mike Horn,
citarei agora, com muito orgulho, nosso mestre Aleixo Belov.
- Leiam que bela estória ele acabou de contar em seu blog.
- Leiam até o fim, que prometo que vale a pena.
- Não percam a tremenda lição de filosofia que ele nos dá nas últimas linhas.
- Lição melancólica, mas profunda.
- Lembra-me um verso de Fernando Pessoa que diz assim:
"- Passa, passa ave e ensina-me a passar."
Bons ventos e até sempre grande mestre Aleixo Belov !
VELEIRO ESCOLA FRATERNIDADE
Trecho Istambul, Ucrânia
Sai de Istambul no dia 31 de maio de 2011, depois de dois dias de aborrecimentos para conseguir os papeis do zarpe. Saímos cedo, pois gostaríamos de atravessar o estreito de Bósforo ainda com a luz do dia, um canal que separa o Ocidente do Oriente, cheio de tráfego e muita correnteza, além de passar em frente aos principais portos de Istambul, cheios de navios vindo de todos os lados. Fomos avançando, tendo que atravessar às vezes o canal de tráfego, acelerando ou parando as máquinas para deixar os navios passarem, e um pouco depois do meio dia, já estávamos em águas do Mar Negro. O vento era brando e ajudávamos no motor. Pela previsão, viriam ventos fortes dentro de quatro dias, e não quis arriscar. Na ultima hora, acelerei e garanti a chegada em Odessa sem contratempo. Falei pelo rádio com o Port Control, primeiro em inglês, passando depois para o russo e eles me guiaram, com os mínimos detalhes, até o lugar onde teria que atracar na marina do Odessa Yacht Club. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, através do Sr. Anatotyi Tkach já tinha mandado reservar a minha vaga.
Sempre me preocupei muito com este último trecho, com a volta a Ucrânia, como se ele fosse um lugar proibido para mim, de onde fui arrancado pela guerra, um golpe do destino e ao chegar, reconheço que o trecho foi mais...LINK
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