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domingo, 10 de outubro de 2010

A última expedição do Steve - importado do blog da "Spartina"


Bom dia colegas velejadores

Acabo de ler o diário de bordo dos primeiros 4 dias, da última expedição do Steve da "Spartina", em Chesapeake Bay, Maryland, EEUU. Muito interessante. Copiei meus extratos prediletos em inglês e os comentei livremente em brasileiro, pra vocês. Espero que gostem. Steve, amigos, é o único velejador do planeta Terra, que eu conheça, que gosta de fazer o mesmo que eu. Pequenas expedições a bordo de um pequeno veleiro tradicional, ao longo da costa, que é o lugar mais perigoso dos oceanos.

Day One - Rumbley to South Marsh Island

1 - I tried a couple of times, struggled, then waited about 30 minutes and during a lull in the breeze dropped the mast into place.

Enfrentei o mesmo problema este mês Steve. Ventos fortíssimos quase me impediram de retirar e depois de recolocar no lugar o mastro de 7 metros e apenas dez quilos da “Estrela d’Alva” durante a manutenção. Isto com a ajuda do meu amigo “Aguavel”. Ligado? Será que os ventos estão ficando mais fortes no planeta Terra?

2 - I don't like to make any big changes on the boat without a lot of thought.


Tem toda razão brother Steve, antes de fazer qualquer mudança, pequena ou grande. a bordo de um barco à vela convém pensar muito. Muito mesmo. - Porque?  Perguntaria o leitor que nunca velejou. - Porque por trás da aparente simplicidade do barco à vela, mora uma grande complexidade, leigo leitor. Portanto, qualquer mudança mal planejada, pode trazer trágicas conseqüências. Assino em baixo da máxima do Steve.

Day Two - the sound to the river to the bay

3 - It always surprises me how peaceful it gets, even in rough water, when the boat is hove to.

Acontece o mesmo comigo. Sempre me surpreendo com minha imensa calma nas situações de maior perigo.

4 - That night was a spectacular night under the stars. All that wind was from a cold front that brought crisp, clear air down to the bay. I don't think I have ever seen the Milky Way to clear and bright. It was a pretty good day of sailing and a very nice night watching the stars.

Isto de deitar sobre o convés do veleiro e dormir olhando as estrelas , depois de um dia inteiro velejando com vento forte é um dos maiores prazeres que desfruto durante minhas expedições. Acordo quase sempre duas ou três vezes por noite, abro os olhos e mirando encantado as estrelas, os planetas e a lua, quando há lua, fico na dúvida se já acordei ou se continuo sonhando. E aí me lembro dos versos de Calderón. "Que é a vida? Um frenesi. Que é a vida? Uma ilusão. Uma sombra, uma ficção. E o maior bem pouco é, pois que a vida sonho é e os sonhos sonhos são."

Day Three - light winds, for a change

5 - I started the outboard and motorsailed past Cook Pt. onto the Choptank River.

Não! Não Steve! Velejar sempre, motorar jamais. O motor polui a água mais o ar, fede e faz barulho.

6 - I passed this very nice yawl at the mouth of the Little Choptank and wondered by she didn't have her sails up.

Fico irado quando vejo um veleiro motorando, principalmente quando há vento.
 

Day Four - mizzen and jib to Oxford

7 - It was the sound of a small outboard that woke me up that morning.

Coisa horrível, barulho e cheiro de combustível de motor logo de manhã cedo. Pior maneira de acordar. Aqui na Costa do Sol as lanchas e outros barcos a motor sempre passam a barlavento da “Estrela d’Alva”. Com uma diferença. Jamais pedem desculpas. Penso que fazem isso de propósito pra transformar meu paraíso em inferno. Só pode ser. Ou será coincidência?

8 - Spartina was doing 6.6 knots under just the two small sails as we left Broad Creek and entered the Choptank River.

6,6 nós! Tem certeza Steve? O máximo que consegui com a Estrela até o presente foram parcos 5 nós.

9 - I walked through the streets Oxford like a drunken sailor, my legs not quite ready for solid land after four days on the water.

Andar em terra é muito desagradável. O chão é duro, as pedras são pontudas. Machucam os pés e massacram as articulações. Gosto não Steve. Bom mesmo é andar a bordo, brincando de adivinhar em que direção o barco vai jogar ou então nadar na MAR. Isso se os macróbios humanos ainda não poluíram aquele pedaço de MAR em questão. Melhor ainda é nadar junto ao fundo da MAR, debaixo d’água. Aí sim é que se encontrar o nirvana.

10 - The drag on my trolling line goes off and I brought in a decent sized bluefish for dinner.

Você é que é feliz Steve. Aqui não adianta corricar, que não tem mais peixes.



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