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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Peixes e homens - UTLS 2


- Já se perguntou qual o sentido da vida, amigo leitor?
- A velha questão existencial…
- E qual foi sua conclusão?
- ………………………..



- No filme “O sentido sa vida”, do grupo inglês Monthy Pyton os personagens mais treslocados que já vi num filme, perguntam-se o tempo todo pelo sentido da vida, sem jamais atinar com a boa resposta. Mas eu, Fernando Costa, canoeiro solitário da paradisíasa Costa do Sol, de tanto pensar a respeito, velejando por velejar, a bordo da minha inseparável “Estrela d’Alva” decifrei o misterioso sentido da vida e dele não faço segredo.

- Fácil, o sentido da vida é um só e não tem outro, realizarmos nossos sonhos e fantasias. - Só isso!
- Ligados?
- Problema é que no seio da perversa sociedade de consumo você corre o sério risco de se matar de trabalhar, pra realizar sonhos que não são seus de verdade.
- Como assim?
- Explico-lhes sem pressa.
- Nos obscuros tempos que correm você acaba perseguindo sonhos que foram implantados na sua mente, através de insidiosos métodos de propaganda nazista.
- Sim, sim, sonhos-padrão como carro a motor, com o perdão da feia palavra motor, casa própria, casamento, relógio de pulso, roupa da moda, visita à Disneylândia, DVD pra ver filmes hollywoodianos, são sonhos que você persegue, persegue, persegue, mas na verdade não são seus… Alguns deles podem até eventualmente ser, mas outros com certeza não o são.
- Um sonho de verdade precisa ser pessoal, particular, original e intransferível. Coisas iguais e padronizadas que multidões de pessoas desejam ao mesmo tempo, não chega a ser sonho não, é outra coisa totalmente diferente. É idéia fixa, mania, obsessão, vício, fascínio pelo modismo, compulsão e capricho supérfluo.
- Exemplos? Querem exemplos de sonhos genuínos e não consumistas? - Dou-lhes três!
- Viver dois anos em Paris estudando artes  por amor à arte.
- Circunavegar as 20 ilhas da paradisiaca Costa do Sol a bordo de uma
 minúscula canoa à vela.
- Construir um barquinho com as próprias mãos.
- Esses com toda certeza não foram ditados pelos inebriantes comerciais dos intervalos das novelas televisivas. Esses sonhos que citei, com certeza, nasceram de devaneios infantis, de leituras de livros de Jules Verne ou poemas de Baudelaire ou de antigas idéias expontâneas, brotadas no cérebro ainda virgem e romântico de um adolescente sonhador. Escrevi tudo isso porque essa palestra da UTLS que vou comentar fez parte de um grande sonho que realizei.

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- O título original da ótima palestra é “Des poissons et des hommes : passion et raison ( Peixes e homens : paixão e razão ), o nome do conferencista Patrice CAYRE. A palestra seguida de animado debate foi realizada no dia 3 de março de 2000, em Paris/França. Pra não cansar vocês que já leram este meu prólogo-longo-demais, selecionei apenas 3 extratos que transcrevo abaixo acompanhados de curtíssimos comentários, pra variar.



1 – Desde que se fala da pesca e da MAR, os humanos pensam em risco e de incerteza.



No entanto riscos e incertezas são maiores em terra que na MAR.



2 – Em várias civilizações o peixe é festejado como símbolo do nascimento, da regeneração, da purificação e da fecundação, como efeito da noção que temos que nossa origem comum de seres vivos, é a Mar.



Somos filhos da divina MAR e da MAR nunca jamais deveríamos ter saído. Porque a MAR é o máximo e a terra o mínimo.



3 – A pesca inciou-se nos cinco continents, praticamente à mesma época, utilizando-se métodos e ferramentas semelhantes, sem registro de intercâmbio de tecnologia entre os diferentes povos.



Donde se conclui que nós humanos, pertencemos à mesma raça e temos capacidade cerebral semelhante, apesar de nossas diferenças de cor da pele, cor dos cabelos, estatura etc.



4 – A pesca mundial depois de aumentar regularmente ao longo do tempo estacionou a partir dos anos 90 no teto de 90 milhões de toneladas por ano.



Tudo isso!? Não tenho mais dúvidas de que os humanos vão liquidar com todas as outras spécies. 90 milhões de toneladas por ano!!! Será que ouvi bem?



5 – Registrada a corrência de problemas de poluição e transmissão de doenças bacteriológicas, causadas pela explosão demográfica de spécies cultivadas em maricultura.



A explosão demográfica humana provocou a necessidade premente da maricultura, que realizada de forma ainda não científicamente segura, provocou a explosão demográfica de espécies marinhas, que por sua vez causaram sérios problemas novos ao meio ambiente, como a poluição das águas e a disseminação de doenças bacteriológicas.

Palestra curta, rica em informações, mas convencional e talvez
 excessivamente otimista.


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