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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Gilliatt e o medonho polvo que o aprisionou - poço sem fundo 5




EM PORTUGUÊS

No post anterior de "Poço sem fundo" deixamos o amigo leitor no suspense sobre o combate entre Gilliatt e o medonho polvo que o aprisionou.
Você irá conhecer o desfecho da estória dentro de poucos segundos curioso leitor.
Mas antes vejamos se adivinha o que se passou?

Múltipla escolha

a - O enorme polvo estrangulou Gilliatt.
b - Um pescador, da ilha de Guernesey, amigo de Gilliatt arpoou o polvo no último segundo, salvando-o da morte.
c - Gilliatt matou o polvo com uma facada certeira na cabeça.
d - Gilliatt conseguiu arrastar o polvo pra cima das pedras, que sem poder mais respirar foi obrigado a solta-lo.
e - Uma lula gigante atacou o polvo salvando Gilliatt de seus tentáculos.

Leia o trecho do romance os TRABALHADORES DA MAR a seguir e conheça a boa resposta.

OUTRA FORMA DE COMBATE NO ABISMO

Já o dissemos, não se pode arrancar o polvo. Quem o tenta, fica mais fortemente amarrado. Ele aperta-se mais. O seu esforço cresce na razão do esforço do homem. Quanto maior é a sacudidela, maior é a constrição. Gilliatt só tinha um recurso, a faca. Tinha a mão esquerda livre. É sabido que ele usava dela poderosamente. Podia dizer-se que tinha duas mãos direitas. Nessa mão tinha ele a faca aberta. Não se cortam as antenas do polvo. É um couro impossível de cortar, resvala debaixo da lâmina, demais, a superposição é tal que um corte nessas correias iria até à carne. O polvo é formidável, há, contudo, uma maneira de vence-lo. Os pescadores de Serk o sabem e quem os viu executar na MAR certos movimentos bruscos, também o sabe. Os ouriços da MAR também conhecem esse modo. O polvo, na verdade, só é vulnerável na cabeça. Gilliatt não o ignorava. Nunca tinha visto um polvo daquele tamanho. Logo da primeira vez, achava-se agarrado pela grande espécie. Qualquer outro ter-se-ia perturbado. Há um momento para vencer o polvo, como o touro. É o instante em que o touro curva o pescoço, é o instante em que o polvo estica a cabeça, instante rápido. Quem o deixa escapar está perdido.Tudo o que acabamos de dizer passou-se em alguns minutos. Gilliatt sentia crescer a sucção das 250 ventosas. O polvo é traidor. Procura apavorar a presa. Agarra e espera o mais que pode. Gilliatt tinha a faca na mão. As sucções aumentavam. Ele olhava para o polvo, o polvo olhava para ele. De repente, o bicho desprendeu do rochedo e, atirando-se sobre Gilliatt, procurou agarrar-lhe o braço esquerdo. Ao mesmo tempo esticou vivamente a cabeça. Mais um segundo e a sua boca aplicar-se-ia sobre o peito de Gilliatt. Gilliatt, sangrado no corpo e preso pelos braços, estaria morto. Mas Gilliatt vigiava. Espreitado, espreitava. Evitou a antena, e, no momento em que o bicho ia agarrar-lhe o peito, a sua mão armada abateu-se sobre o bicho. Houve duas convulsões em sentido inverso: a do polvo e a de Gilliatt. Foi luta de dois relâmpagos. Gilliatt mergulhou a ponta da faca na viscosidade chata e, com um movimento giratório semelhante à torção de uma chicotada, fazendo um círculo à roda dos dois olhos, arrancou a cabeça como quem arranca um dente. Estava acabado. O bicho caiu. Parecia uma roupa que se desprende. Destruída a bomba aspirante, desfez-se o vácuo. As quatrocentas ventosas largaram ao mesmo tempo o rochedo e o homem. Aquele andrajo foi ao fundo da água. Gilliatt, ofegante da luta, pode ver a seus pés, em cima das pedras do fundo, dois montes gelatinosos e informes, a cabeça de um lado, o resto de outro. Dizemos resto, porque não se poderia dizer corpo. Gilliatt, contudo, receando algum ataque convulsivo da agonia, colocou-se fora de alcance dos tentáculos. Mas o animal estava bem morto. Gilliatt fechou a faca.




EM FRANCÊS

AUTRE FORME DU COMBAT DANS LE GOUFFRE

Nous l'avons dit, on ne s'arrache pas à la pieuvre. Si on l'essaye, on est plus sûrement lié. Elle ne fait que se resserrer davantage. Son effort croît en raison du vôtre. Plus de secousse produit plus de constriction.
Gilliatt n'avait qu'une ressource, son couteau. Il n'avait de libre que la main gauche; mais on sait qu'il en usait puissamment. On aurait pu dire de lui qu'il avait deux mains droites. Son couteau, ouvert, était dans cette main. On ne coupe pas les antennes de la pieuvre c'est un cuir impossible à trancher, il glisse sous la lame d'ailleurs la superposition est telle qu'une entaille à ces lanières entamerait votre chair. Le poulpe est formidable 'pourtant il y a une manière de s'en servir. Les pêcheurs de Seyk la connaissent et qui les a vus exécuter en mer de certains mouvements brusques, le sait. Les marsouins la connaissent aussi ils ont une façon de mordre la sèche qui lui coupe la tête. De là tous ceS calmars, toutes ces sèches et tous ces poulpes
sans tête qu'on rencontre au large. Le poulpe, en effet, n'est vulnérable qu'à la tête. Gilliatt ne l'ignorait point.
Il n'avait jamais vu de pieuvre de cette dimension. Du premier coup, il se trouvait pris par la grande espèce. Un autre se fût troublé. Pour la pieuvre comme pour le taureau il y a un moment qu'il faut saisir c'est l'instant où le taureau baisse le cou, c'est l'instant où la pieuvre avance la tête j instant rapide. Qui manque ce joint est perdu. Tout ce que nous venons de dire n'avait duré que quelques minutes. Gilliatt pourtant sentait croitre la succion. des deux cent cinquante ventouses. La pieuvre est traître. Elle tâche de stupéfier d'abord sa proie. Elle saisit, puis attend le plus qu'elle peut. Gilliatt tenait son couteau. Les succions augmentaient. Il regardait la pieuvre, qui le regardait. Tout à coup la bête détacha du rocher sa sixième antenne, et, la lançant sur Gilliait, tâcha de lui saisir le bras gauche. En même temps elle avança vivement la tête. Une seconde de plus, sa bouche-anus s'appliquait sur la poitrine de Gilliatt. Gilliatt, saigné au flanc, et les deux bras garrottés, était mort. Mais Gilliatt veillait. Guetté, il guettait. Il évita l'antenne, et, au moment oîi la bête aliait mordre sa poitrine, son poing arroé s'abattit sur la bête. Il y eut deux convulsions en sens inverse, celle de la pieuvre et celle de Gilliatt. Ce fut comme la lutte de deux éclairs. Gilliatt plongea la pointe de son couteau dans
la viscosité plate, et, d'un mouvement giratoire pareil à la torsion d'un coup de fouet, faisant un cercle autour des deux yeux, il arracha la tête comme on arrache une dent. Ce fut fini. Toute la bête tomba. Cela ressembla à un linge qui se détache. La pompe aspirante détruite, le vide se défit. Les quatre cents ventouses lâchèrent à la fois le rocher et l'homme. Ce haillon coula au fond de l'eau. Gilliatt, haletant du combat, put apercevoir à ses pieds sur les galets deux tas gélatineux informes, la tête d'un côté, le reste de l'autre. Nous disons le reste, car on ne pourrait dire le corps. Gilliatt toutefois, craignant quelque reprise convulsive de l'agonie, recula hors de la portée des tentacules. Mais la bête était bien morte. Gilliatt referma son couteau.

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