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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

09/02/2009) - Terceiro a perder o bulbo da quilha - Diário da Vendée Globe 2008/09 - post 92






92º dia

vendée globe

terceiro a perder o bulbo da quilha

Salve amigas e amigos velejadores

A última notícia da fantástica Vendée Globe é a seguinte:

Marc Guillemot, atual terceiro colocado da regata, perdeu o bulbo da quilha do seu open 60 “Safran” a 1000 milhas de Sables d’Olonne. Só espero que ele não emborque, nem perca o veleiro, nem a vida, nem o terceiro lugar na regata. Nada além do que já perdeu, as três toneladas e meia do bulbo da quilha do seu sofrido “Safran”. Se conseguir chegar de volta a Sables d’Olonne ultrapassará o feito histórico do
Roland Jourdain e será recebido como herói. Se não chegar, entrará para a legenda da Vendée Globe como aquele que melhor prestou o mais sutil e necessário socorro que um ser humano em perigo necessita. Socorro psicológico.

Trilha sonora desta mensagem:

http://www.youtube. com/watch? v=T9B0vBcLF9M

 Trilha sonora correta da mensagem anterior:

http://www.youtube. com/watch? v=n-m3LQCTxo0

Ontem pesquisei, pesquisei e acabei enviando o link errado. Me desculpem.

 Não sei se vocês se lembram, mas na página n° 54 deste meu excêntrico diário, comentei de forma resumida as razões que me fazem adorar a Vendée Globe. Trata-se de um lista de dez tópicos cujo último é este aqui:

  10 - ESCOLA DE VELA PARA SOLITÁRIOS DA VENDÉE GLOBE.

Graças ao maravilhoso site da regata, que ilustra de todas as formas possíveis seus visitantes e também ao fato, de que os participantes desta fantástica prova, denominada "O Everest dos Mares", sejam alguns dos melhores velejadores do mundo,  você aprende como agir em todas as situações que um velejador solitário pode enfrentar na mar.

............ ......... .......

Pois bem pretendo partilhar com vocês de hoje em diante e até que o último velejador regresse ao porto de Sables d’Olonne, as mais importantes lições que recebi na fabulosa

ESCOLA DE VELA PARA SOLITÁRIOS DA VENDÉE GLOBE, que só não é perfeita porque é teórica. Mas alguém disse que nada é mais prático que uma boa teoria. Assertiva da qual discordo. Pra mim a melhor das teorias não substitui a pior prática e toda escola deveria ser exclusivamente prática. O principal problema das escolas teóricas é que a gente esquece tudo que aprendeu nelas, pois que só a escola prática é eficaz. Seja como for essa escola multimídia da Vendée Globe é ótima e se não é eficaz pelo menos é divertida e quando a gente se diverte sempre acaba aprendendo alguma coisa. Mas deixemos essa discussão de lado e passemos às  lições e notas de aula.

 MICHEL DESJOYEAUX - Lição n° 2 – Todas as peças de um barco à vela deveriam ter no mínimo duas funções.

Todas é exagero mas creio que o marinheiro de barco à vela, deveria providenciar peças, utensílios e ferramentas multifuncionais ou adaptar as já existentes para se tornarem conversíveis. As vantagens são óbvias: economia de espaço, de peso, de dinheiro e de tempo.

Lição do professor Desjoyeaux, que eu não ignorava. Só não me lembro quando, como, nem com quem havia aprendido este importante princípio. Só sei que a bordo da minha humilde “Estrela d’Alva” a bolina em madeira, por exemplo, é a campeã no quesito adaptabilidade e possuiu seis funções além da principal, de bolina: mesa de refeição, tábua pra cortar peixe, tabuleiro pra transporte de materiais dentro ou fora d’água, maca para rápidas sonecas, prancha pra ginástica, “esteira” pra deitar em cima e raspar o fundo da canoa. Querem mais um exemplo. Dou-lhes outro exemplo. O croque flutuante em PVC ( vedado em ambas as extremidades pra não cair n’água e afundar ), que serve como vara de pescar, enrolador da barraca e cumeeira da própria barraca quando armada.

 YANN ELIÈS - Lição nº 1- Quando você sofrer um revés na mar, jamais se lamente da sorte.

Porque? Simplesmente porque poderia ter sido bem pior. ( comentada anteriormente na mensagem “56° dia -Vendée Globe - perdeu o veleiro, a vida e o corpo” )

Bons ventos e até amanhã se Netuna quiser

 Minha querida “Estrela d’Alva” continua amarrada ao cais do terminal de transatlânticos e eu fortemente gripado. Ela seca por uma boa velejada e eu idem. Mas a gripe amigos, é uma doença terrível. Ontem meu cérebro era incapaz de uma simples sinapse. E porque eu contraí essa maldita gripe? Porque passei tempo demais em terra.

Fernando “Estrela d’Alva” Costa


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