- Onde?
- No meu ponto turístico favorito de Cabo Frio.
- Qual?
- O mais bonito de todos!
- Qual?
O menos frequentado, apesar de gratuito.
- Qual?
- O mais bonito de todos!
- Qual?
O menos frequentado, apesar de gratuito.
- Qual?
- O mirante do farol da ponta da Lajinha.
- Estava muito cansado pra velejar...
- Mas mesmo que estivesse descansado não teria velejado.
- Depois que soube que os melhores e mais caros filtros solares só filtram parte dos mortíferos raios ultravioletas, prefiro abrigar-me em dias de sol forte e céu despido de nuvens.
- De pé, sentado ou deitado ao lado do farol branco da Lajinha vi muita coisa interessante durante o pouco tempo que estive acordado.
- Pra começar vi minha paixão-mor neste mundo, a divina MAR.
- Espetáculo mais grandioso impossível.
- Também observei muitas embarcações navegando.
- Pra meu desespero a maioria absoluta, movida a motor.
- Com o perdão da suja e feia palavra motor.
- Pesqueiros.
- Barcos de turismo.
- Lanchas (a maioria esmagadora).
- Jet Skis (a nova praga).
- Veleiros, só dois!
- Descobri algo, no mínimo curioso, amigas e amigos, deste nosso blog dedicado à divina Mar, à inteligente VELA e ao sagrado MEIO AMBIENTE.
- Essas lanchas "todas-poderosas" com motores de 100, de 200 de 300 HP que passam a mil por hora pelo canal de Itajuru, criando verdadeiros tsunamis, terror dos pequenos barcos à vela ou a remo, sabem pra onde elas vão?
- Pra enseada do lado SW da ilha dos Papagaios (80%).
- Pra Arraial do Cabo (15%)
- Pro cantinho sul da praia do Peró (4%)
- Pras ilhas Comprida, Dois Irmãos ou Pargos (1%)
- A julgar pela pompa e circunstância com que elas desfilam no canal de Itajuru pensei que fossem todas, ao menos, circunavegar a ilha de Âncora em tempo recorde, mas não, as aparências enganam, sempre enganaram.
- Os lancheiros de Cabo Frio, pasmem, vão quase todos só até a esquina.
- Lá chegando, jogam a âncora (sempre atadas a pedaços de cabos bem curtinhos, pra não perder tempo) ligam o som bem alto e abrem latas e mais latas de cerveja.
- É só nisto que consiste passear na ainda paradisíaca Costa do Sol, pra maioria dos nossos "amigos" lancheiros.
- É só nisto que consiste o desenlace do pomposo e circunstancial desfile a alta velocidade ao longo do poluído e mal cheiroso canal de Itajuru.
- Uma corridinha até a primeira esquina pra encher a cara de cerveja.
- É só nisto que consiste o desenlace do pomposo e circunstancial desfile a alta velocidade ao longo do poluído e mal cheiroso canal de Itajuru.
- Uma corridinha até a primeira esquina pra encher a cara de cerveja.
foto de Henrique Souza
- Muita expectativa por quase nada.
- A única pessoa que acho que se divertiu de verdade ontem, em Cabo Frio, foi o Paulão do "Cisne Branco", que velejou, se meus olhos não me enganaram, até meio caminho entre Cabo Frio e a costa da Namíbia, na África, na maior paz, no mais absoluto dos silêncios.
- Saúde Paulão!
- Saúde Paulão!
- Coisa linda um veleiro velejando, visto do alto do mirante da Lajinha.
- Vocês precisam ver...
- Vocês precisam ver...
- Uma lancha não deixa de ser bonita vista do alto, mas lancha tem motor e motor polui a água, o ar, o som e o cheiro, além de ser caro, pesado, pegar fogo e pifar quando mais se precisa dele.
- Se algum dia ganhar uma lancha de presente, vendo-a no ato e compro um bom barco à vela.
- E vocês?
- Ah, também vi um boeing traçando quatro linhas brancas absolutamente retas e paralelas no céu.
- Outro belo espetáculo, mas esse abstenho-me de comentar, porque foge ao campo de interesse deste nosso "serial blog" dedicado à divina MAR, ao inteligente barco à VELA e ao sagrado MEIO AMBIENTE.
- Ah, ia esquecendo-me de dizer...
- Uns cinco grupos de pessoas foi visitar o farol da Lajinha.
- Mas, nenhum deles passou mais de dois minutos no alto do belo mirante.
- Eu que lá passei o dia todo, não pude entender esse absurdo não.
- Vocês podem?
- Acho que 50 anos de ópio televisivo confundiu o cérebro dos brasileiros.
- Eles olham embasbacados, horas a fio, pro que não tem a mínima importância (telenovelas + programas de auditório + reality shows + jornais televisivos tutti-frutti) e só dois minutos pro espetáculo mais belo do planeta, a divina MAR vista do alto do mirante da ponta da Lajinha.
- Melhor pra mim, que pude saborear sua bela vista de 360º, do jeito que mais gosto.
- Sozinho.
- Querem saber no que mais pensei, hoje, enquanto olhava a eternamente bela MAR, do alto do mirante da Lajinha, amigos?
- Numa certa máxima de Horácio.
- Qual?
" - Aqueles que atravessam as MARes podem mudar seus firmamentos, mas não suas almas."
- Percebem o que ele quis dizer com isso, não?
- Ah, também pensei muito numa outra frase, que eu mesmo escrevi, parodiando um certo autor, que por sua vez parodiou outro, que havia parodiado um terceiro:
- As pessoas que nasceram e morreram sem aprender a velejar, morreram duas vezes.
- Voltando ao caso das lanchas.
- Se um cidadão pega uma lancha com um motor (tem umas com dois motores) de 100, 200, 300 HP e vai só até a ilha dos Papagaios beber umas cervejas, eu tenho todo o direito de pegar minha casquinha de noz e passar o resto do ano velejando só no cada vez mais poluído canal de Itajuru, entre a laguna do Japonês e a lagoa das Palmeiras, não?
- Será que vou fazer isso mesmo ou tentarei a sorte mais uma vez, circunavegando todas as 20 selvagens ilhas desertas da Costa do Sol?
- Se tentar, terei mais um colar de pequenas-grandes loucuras pra pendurar no pescoço.
- Se conseguir, será a glória.
- Glória secreta e anônima, pois que ninguém estará lá pra ver-me circunavegar uma vez mais minhas queridas ilhas.
- Glória que irá pro túmulo comigo, como as outras...
- Quando começarei minha mais nova série de circunavegações?
- Pra ser sincero, nem eu mesmo sei.
- E se soubesse não contaria pra vocês.
- Porque?
- Por que minha avó Balbina ensinou-me que o segredo é a alma do negócio.
- Ah, também vi um boeing traçando quatro linhas brancas absolutamente retas e paralelas no céu.
- Outro belo espetáculo, mas esse abstenho-me de comentar, porque foge ao campo de interesse deste nosso "serial blog" dedicado à divina MAR, ao inteligente barco à VELA e ao sagrado MEIO AMBIENTE.
- Ah, ia esquecendo-me de dizer...
- Uns cinco grupos de pessoas foi visitar o farol da Lajinha.
- Mas, nenhum deles passou mais de dois minutos no alto do belo mirante.
- Eu que lá passei o dia todo, não pude entender esse absurdo não.
- Vocês podem?
- Acho que 50 anos de ópio televisivo confundiu o cérebro dos brasileiros.
- Eles olham embasbacados, horas a fio, pro que não tem a mínima importância (telenovelas + programas de auditório + reality shows + jornais televisivos tutti-frutti) e só dois minutos pro espetáculo mais belo do planeta, a divina MAR vista do alto do mirante da ponta da Lajinha.
- Melhor pra mim, que pude saborear sua bela vista de 360º, do jeito que mais gosto.
- Sozinho.
- Querem saber no que mais pensei, hoje, enquanto olhava a eternamente bela MAR, do alto do mirante da Lajinha, amigos?
- Numa certa máxima de Horácio.
- Qual?
" - Aqueles que atravessam as MARes podem mudar seus firmamentos, mas não suas almas."
- Percebem o que ele quis dizer com isso, não?
- Ah, também pensei muito numa outra frase, que eu mesmo escrevi, parodiando um certo autor, que por sua vez parodiou outro, que havia parodiado um terceiro:
- As pessoas que nasceram e morreram sem aprender a velejar, morreram duas vezes.
- Voltando ao caso das lanchas.
- Se um cidadão pega uma lancha com um motor (tem umas com dois motores) de 100, 200, 300 HP e vai só até a ilha dos Papagaios beber umas cervejas, eu tenho todo o direito de pegar minha casquinha de noz e passar o resto do ano velejando só no cada vez mais poluído canal de Itajuru, entre a laguna do Japonês e a lagoa das Palmeiras, não?
- Será que vou fazer isso mesmo ou tentarei a sorte mais uma vez, circunavegando todas as 20 selvagens ilhas desertas da Costa do Sol?
- Se tentar, terei mais um colar de pequenas-grandes loucuras pra pendurar no pescoço.
- Se conseguir, será a glória.
- Glória secreta e anônima, pois que ninguém estará lá pra ver-me circunavegar uma vez mais minhas queridas ilhas.
- Glória que irá pro túmulo comigo, como as outras...
- Quando começarei minha mais nova série de circunavegações?
- Pra ser sincero, nem eu mesmo sei.
- E se soubesse não contaria pra vocês.
- Porque?
- Por que minha avó Balbina ensinou-me que o segredo é a alma do negócio.
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