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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um corpo de mulher que foi meu outrora - Francis Drake - grandes navegantes



O infeliz sonhador-dublê-de-velejador-de-fim-de-semana-inglês Donald Crowhurst queria  ser grande como seu compatriota Francis Chichester, que desejava ser grande como seu ancestral o grande navegante-pirata Francis Drake.
Donald Crowhurst coitado, blefou com a MAR e perdeu feio.
Creio que foi pensando nele que Álvaro de Campos escreveu isto aqui ó:

"Não sou nada.

Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

Já Francis Chisquester venceu o câncer e a MAR juntos, apesar de ter começado a velejar aos 50 anos e recebeu como prêmio o pomposo título de Sir mais a bela espada de Francis Drake, das mãos da rainha Elizabeth II.
Creio que foi pra ele que Álvaro de Campos escreveu:
 
"O mundo é para quem nasce para o conquistar

E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão."

Mas nós já falamos bastante das desventuras de Donald Crowhurst neste blog.
Também falamos das aventuras de Sir Francis Chichester, o primeiro navegante a realizar uma volta completa ao planeta Terra em solitário, a bordo de um pequeno veleiro, de Oeste para Leste, passando pelos três famigerados cabos Boa Esperança, Leewin e Horn.
Falemos pois de Francis Drake. Não muito pra não cansar o amigo leitor, que acaba de chegar cansado do trabalho.  

FRANCIS DRAKE EM TRÊS TÓPICOS

O nome latino de Francis Drake, era Franciscus Draco, significando em português, Fancisco Dragão. 
Francis Drake embarcou pela primeira vez como moço de convés num modesto navio mercante aos 12 anos de idade.
Francis Drake tornou-se um dos mais temidos corsários dos mares do mundo. Talvez tenha sido inspirado por ele que Fernando Pessoa sob máscara de Álvaro de Campos escreveu:

Ah piratas, piratas, piratas! Piratas, amai-me e odiai-me!
Misturai-me convosco, piratas!
Vossa fúria, vossa crueldade como falam ao sangue
Dum corpo de mulher que foi meu outrora e cujo cio sobrevive!
Eu queria ser um bicho representativo de todos os vossos gestos,
Um bicho que cravasse dentes nas amuradas, nas quilhas,
Que comesse mastros, bebesse sangue e alcatrão nos conveses,
Trincasse velas, remos, cordâme e poleâme,
Serpente do mar feminina e monstruosa cevando-se nos crimes!

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