velejando na maior piscina do mundo link-da-imagem
EM BRASILEIRO
Boa noite amiga leitora
Não sei se você já percebeu, mas neste nosso blog dedicado à divina MAR, à inteligente VELA e ao sagrado MEIO-AMBIENTE não publico apenas textos redigidos por mim.
- Publico também e com frequência o que de mais interessante encontro nos mais de cem blogs da minha lista de favoritos.
- Por exemplo, aqui vai um post sobre a maior piscina do mundo que garimpei no THE DAILY WHAT pra nós.
- Fico me perguntando sobre a enorme soma de dinheiro que deve ter custado essa imensa piscina.
- Um minuto que vou fazer uma rápida pesquisa na net.
- Pronto! Pesquisa feita!
- Segundo o terra.com esta piscina que fica no resort San Alfonso Del Mar, no Chile, mede 1 km de extensão e 80 mil m² de área, é reconhecida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, como sendo a maior piscina ao ar livre do mundo. A piscina tem capacidade para 250 mil m³ de água, ou seja, o equivalente a 6 mil piscinas normais de quintal.
A construção dessa piscina teria custado US$ 1,5 bilhão e sua manutenção despende outros US$ 4 milhões por ano.
Estes surpreendentes e monstruosos dados suscitam várias questões importantes na minha mente e a primeira poderia ser a mesma que a Ana Paula fez nos comentários.
- Pra que velejar numa piscina, se existe a MAR bem ao lado?
- Antes de tentar responder a esta pergunta aparentemente fácil vamos confirmar os dados da piscina no site oficial do GUINNES WORLD RECORDS.
- Pronto! Dados confirmados!
- Traduzindo o texto abaixo, copiado do site oficial do livro dos recordes sabemos o seguinte:
A piscina é realmente a maior do mundo.
Fica no resort San Afonso del Mar localizado em Algarrobo, Chile.
Tem 1.013 m de comprimento ou seja pouco mais de um km e uma área de 8 hectares o que equivale a 80.000 m².
Sua construção foi encerrada em dezembro de 2006.
Último detalhe. Pra quem não sabe exatamente o que é um resort, copiei essa definição aqui.
RESORT
Segundo o Moderno Dicionário de Inglês Michaelis, a palavra resort significa lugar muito frequentado, reunião, multidão, local (de diversão, de férias, de veraneio), refúgio, recanto. Para a Associação Brasileira de Resorts, resort é um empreendimento hoteleiro de alto padrão em instalações e serviços, fortemente voltado para o lazer em área de amplo convívio com a natureza, na qual o hóspede não precise se afastar para atender suas necessidades de conforto, alimentação, lazer e entretenimento.
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- Fico me perguntando sobre a enorme soma de dinheiro que deve ter custado essa imensa piscina.
- Um minuto que vou fazer uma rápida pesquisa na net.
- Pronto! Pesquisa feita!
- Segundo o terra.com esta piscina que fica no resort San Alfonso Del Mar, no Chile, mede 1 km de extensão e 80 mil m² de área, é reconhecida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, como sendo a maior piscina ao ar livre do mundo. A piscina tem capacidade para 250 mil m³ de água, ou seja, o equivalente a 6 mil piscinas normais de quintal.
A construção dessa piscina teria custado US$ 1,5 bilhão e sua manutenção despende outros US$ 4 milhões por ano.
Estes surpreendentes e monstruosos dados suscitam várias questões importantes na minha mente e a primeira poderia ser a mesma que a Ana Paula fez nos comentários.
- Pra que velejar numa piscina, se existe a MAR bem ao lado?
- Antes de tentar responder a esta pergunta aparentemente fácil vamos confirmar os dados da piscina no site oficial do GUINNES WORLD RECORDS.
- Pronto! Dados confirmados!
- Traduzindo o texto abaixo, copiado do site oficial do livro dos recordes sabemos o seguinte:
A piscina é realmente a maior do mundo.
Fica no resort San Afonso del Mar localizado em Algarrobo, Chile.
Tem 1.013 m de comprimento ou seja pouco mais de um km e uma área de 8 hectares o que equivale a 80.000 m².
Sua construção foi encerrada em dezembro de 2006.
Último detalhe. Pra quem não sabe exatamente o que é um resort, copiei essa definição aqui.
RESORT
Segundo o Moderno Dicionário de Inglês Michaelis, a palavra resort significa lugar muito frequentado, reunião, multidão, local (de diversão, de férias, de veraneio), refúgio, recanto. Para a Associação Brasileira de Resorts, resort é um empreendimento hoteleiro de alto padrão em instalações e serviços, fortemente voltado para o lazer em área de amplo convívio com a natureza, na qual o hóspede não precise se afastar para atender suas necessidades de conforto, alimentação, lazer e entretenimento.
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Bem, creio que agora podemos tentar responder a pergunta da Ana Paula.
- Pra que velejar numa piscina, se existe a MAR bem ao lado?
Por acaso ontem (16/2/2011) à tarde eu velejei numa piscina e logo após na MAR, a bordo da minha inseparável "Estrela d'Alva", aqui em Cabo Frio.
- Qual piscina?
- O piscinão natural do Japonês!
- Vejam a imagem abaixo.
O piscinão do Japonês mede 530 x 515 metros. Ou seja aproximadamente 250 mil metros quadrados.
Vou repetir mais uma vez a pergunta da Ana Paula e logo a seguir, sem mais delongas, tentar respondê-la. Leve-se em consideração que todos os seguintes argumentos dizem respeito a se velejar a bordo de um pequeno veleiro monotipo de até 5 metros.
- Pra que velejar numa piscina, se existe a MAR bem ao lado?
As vantagens de se navegar numa piscina, Ana Paula, são as seguintes:
1 - A piscina não tem vagas e velejar com vagas é incômodo e perigoso. Ou seja se você virar com seu veleiro numa piscina, não corre o risco dele ser triturado pelas ondas de arrebentação contra a costa escarpada, pra falar de um dos piores casos, que pode ocorrer na MAR.
2 - As distâncias numa piscina são conhecidas e reduzidas. Velejando na MAR você corre o risco de não conseguir voltar para o ponto de partida, ou porque se perdeu, ou porque uma peça vital do seu veleiro se quebrou, ou porque o vento se tornou forte ou fraco demais.
3 - Colocar um veleiro dentro de uma piscina é muito mais fácil que colocar um barco na MAR. Se a MAR estiver agitada e você não tiver um canal que desemboque na MAR, dificilmente conseguirá atravessar a linha de arrebentação.
4 - Mais um argumento a favor da piscina. Uma piscina será sempre piscina, mas a MAR, que sem vento torna-se a maior piscina do mundo, pode de repente virar um caldeirão de água fervendo. Com dois detalhes interessantes. Primeiro: qualquer pedacinho de MAR é MAR. Segundo: A parte mais perigosa da MAR é o raso e não o fundão, como dizem os pescadores aqui de Cabo Frio.
5 - Como disse no ítem anterior a MAR sem vento vira um delicioso piscinão que infelizmente não dá pra velejar. Porque é impossível velejar sem vento. Existe porém uma situação ótima, que é a MAR sem ondas e com um vento sem rajadas de até uns 15 nós. Mas este hipótese ideal não é das mais comuns.
6 - A MAR, quando sem vento não é isenta de perigos. Quando acaba o vento em plena MAR, se a profundidade não for suficiente pra se ancorar, o veleiro fica ao sabor das correntes oceânicas que podem levá-lo pra bem longe de terra. Caso você não tenha outro meio de propulsão que não a VELA, pode enfrentar vários tipos de problema. Sede e fome por exemplo, que aliadas à impossibilidade de regressar ao porto de origem pode ser fatal. É por isso que num veleiro, grande ou pequeno, nunca pode faltar comida e água. Vantagem pra piscina que não tem correntes, e se por acaso as tiver, não poderá fazer seu veleiro derivar por mais de um quilômetro, pra citar o comprimento máximo da tal piscina de Algarrobo, no Chile.
7 - Mais um argumento em favor do piscinão. Velejar na MAR requer treino, hábito, reflexos afiados e uma gama considerável de conhecimentos sobre navegação, meteorologia e oceanografia, além de um certo vigor físico. Se você está destreinado, se faz tempo que você não veleja, se você não possuiu os conhecimentos necessários, se você não está em boa forma física, se você é criança ou ancião em idade avançada, melhor velejar no piscinão que na MAR.
8 - Outra questão importante, se a temperatura do ar ou da água da MAR estiverem muito baixas, melhor você velejar no piscinão, porque quem veleja sempre se molha e a partir do momento que você se molha em temperaturas baixas, por mais que esteja bem agasalhado a morte de mãos dadas com a hipotermia começa a rondar. Numa piscina a qualquer momento você pode sair d'água, trocar de roupa e se agasalhar. Velejando na MAR a bordo de um pequeno veleiro, isto nem sempre será possível. Mais um ponto pro piscinão.
9 - Se nas proximidades da sua cidade à beira-MAR não existir um eficiente serviço de salvamento, melhor você velejar no piscinão.
10 - Último argumento: Como o vento é caprichoso, por mais que você se informe com antecedência sobre a previsão de ventos, pode ser que você ponha seu barco à vela dentro d'água e não consiga velejar ou porque o vento tornou-se forte ou fraco demais, isso sem falar do estado da MAR e do tamanho das ondas. Como no piscinão tudo é perto, se o vento não corresponder às suas expectativas, rapidamente você retira o veleiro d'água sem perda de tempo ou energia. Mais um ponto pro piscinão chileno.
O triângulo em amarelo mostra a área marítima onde velejei dia 16/2
- Pra que velejar numa piscina, se existe a MAR bem ao lado?
Por acaso ontem (16/2/2011) à tarde eu velejei numa piscina e logo após na MAR, a bordo da minha inseparável "Estrela d'Alva", aqui em Cabo Frio.
- Qual piscina?
- O piscinão natural do Japonês!
- Vejam a imagem abaixo.
O piscinão do Japonês mede 530 x 515 metros. Ou seja aproximadamente 250 mil metros quadrados.
O polígono em laranja mostra a área "velejável" na maré cheia do "piscinão natural" do Japonês.
- Pra que velejar numa piscina, se existe a MAR bem ao lado?
As vantagens de se navegar numa piscina, Ana Paula, são as seguintes:
1 - A piscina não tem vagas e velejar com vagas é incômodo e perigoso. Ou seja se você virar com seu veleiro numa piscina, não corre o risco dele ser triturado pelas ondas de arrebentação contra a costa escarpada, pra falar de um dos piores casos, que pode ocorrer na MAR.
2 - As distâncias numa piscina são conhecidas e reduzidas. Velejando na MAR você corre o risco de não conseguir voltar para o ponto de partida, ou porque se perdeu, ou porque uma peça vital do seu veleiro se quebrou, ou porque o vento se tornou forte ou fraco demais.
3 - Colocar um veleiro dentro de uma piscina é muito mais fácil que colocar um barco na MAR. Se a MAR estiver agitada e você não tiver um canal que desemboque na MAR, dificilmente conseguirá atravessar a linha de arrebentação.
4 - Mais um argumento a favor da piscina. Uma piscina será sempre piscina, mas a MAR, que sem vento torna-se a maior piscina do mundo, pode de repente virar um caldeirão de água fervendo. Com dois detalhes interessantes. Primeiro: qualquer pedacinho de MAR é MAR. Segundo: A parte mais perigosa da MAR é o raso e não o fundão, como dizem os pescadores aqui de Cabo Frio.
5 - Como disse no ítem anterior a MAR sem vento vira um delicioso piscinão que infelizmente não dá pra velejar. Porque é impossível velejar sem vento. Existe porém uma situação ótima, que é a MAR sem ondas e com um vento sem rajadas de até uns 15 nós. Mas este hipótese ideal não é das mais comuns.
6 - A MAR, quando sem vento não é isenta de perigos. Quando acaba o vento em plena MAR, se a profundidade não for suficiente pra se ancorar, o veleiro fica ao sabor das correntes oceânicas que podem levá-lo pra bem longe de terra. Caso você não tenha outro meio de propulsão que não a VELA, pode enfrentar vários tipos de problema. Sede e fome por exemplo, que aliadas à impossibilidade de regressar ao porto de origem pode ser fatal. É por isso que num veleiro, grande ou pequeno, nunca pode faltar comida e água. Vantagem pra piscina que não tem correntes, e se por acaso as tiver, não poderá fazer seu veleiro derivar por mais de um quilômetro, pra citar o comprimento máximo da tal piscina de Algarrobo, no Chile.
7 - Mais um argumento em favor do piscinão. Velejar na MAR requer treino, hábito, reflexos afiados e uma gama considerável de conhecimentos sobre navegação, meteorologia e oceanografia, além de um certo vigor físico. Se você está destreinado, se faz tempo que você não veleja, se você não possuiu os conhecimentos necessários, se você não está em boa forma física, se você é criança ou ancião em idade avançada, melhor velejar no piscinão que na MAR.
8 - Outra questão importante, se a temperatura do ar ou da água da MAR estiverem muito baixas, melhor você velejar no piscinão, porque quem veleja sempre se molha e a partir do momento que você se molha em temperaturas baixas, por mais que esteja bem agasalhado a morte de mãos dadas com a hipotermia começa a rondar. Numa piscina a qualquer momento você pode sair d'água, trocar de roupa e se agasalhar. Velejando na MAR a bordo de um pequeno veleiro, isto nem sempre será possível. Mais um ponto pro piscinão.
9 - Se nas proximidades da sua cidade à beira-MAR não existir um eficiente serviço de salvamento, melhor você velejar no piscinão.
10 - Último argumento: Como o vento é caprichoso, por mais que você se informe com antecedência sobre a previsão de ventos, pode ser que você ponha seu barco à vela dentro d'água e não consiga velejar ou porque o vento tornou-se forte ou fraco demais, isso sem falar do estado da MAR e do tamanho das ondas. Como no piscinão tudo é perto, se o vento não corresponder às suas expectativas, rapidamente você retira o veleiro d'água sem perda de tempo ou energia. Mais um ponto pro piscinão chileno.
EM INGLÊS
Largest Swimming Pool
Largest Swimming Pool
WHO: San Alfonso del Mar
WHAT: 1,013 m (3,324 ft) long - Area of 8 ha (19.77 acre)
WHERE: Algarrobo, Chile
WHEN: December 2006
The largest swimming pool in the world is the San Alfonso del Mar seawater pool in Algarrobo, Chile. It is 1,013 m (3,324 ft) long and has an area of 8 ha (19.77 acre), it was completed in December 2006.
a maior piscina do mundo link-da-imagem
Bela obra humana! Talvez a "nona maravilha do mundo"?
ResponderExcluirTriste saber que o homem intervém na natureza tão somente por capricho, esquecendo-se principalmente da sustentabilidade, a qual deveria ser a bandeira deste século.
Pergunta-se: Por que navegar ou velejar nesta piscina se o mar esta logo ali?
Ótimo o seu comentário Ana Paula. Estou de pleno acordo com ele e por incrível que pareça durante o jantar, há meia hora atrás, estava pensando justamente sobre este post. Não sei se você costuma frequentar meu blog, se sim, já deve ter notado que modifico frequentemente a redação inicial de vários dos meus textos. Peço-lhe que releia esse mesmo post mais tarde, amanhã ou depois, que você notará que pensamos de forma parecida sobre esse curioso piscinão.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
Olá, Fernando!
ResponderExcluirSalve! Salve! Como nos diz a sabedoria cristã: "O bom filho à casa torna!
Sinto-me lisonjeada por ter respondido meu comentário e ser citada no post seguinte a ele, já que postar num blog e, sobretudo, responder à questões, demanda muito tempo.
Mas retornado ao que me fez acessar o seu blog, ou seja, o tema sustentabilidade/meio ambiente, ainda continuo questionando o fim a que se destina referida piscina.
Pois bem, li, aprecio e aceito seus argumentos, todavia, não os aceito, sob o ponto de vista de sustentabilidade e preservação ambiental. Se para diminuir seus esforços e melhorar suas condições de vida, o Homem transformar e modificar a natureza sem responsabilidade, as futuras gerações não terão o direito de conhecê-la tal como é, o que por si só demonstra egoísmo e, sobretudo, desrespeito ao direito alheio.
É dever de cada um preservar e utilizar de maneira sustentável os recursos naturais, a fim de garantir as gerações vindouras e a si mesmo, melhor qualidade de vida.
Sinceros agradecimentos pela atenção.
Sinceramente Ana Paula?
ResponderExcluirAo contrário de muitos blogueiros, gosto mais de responder a comentários do que ficar redigindo posts sozinho.
Portanto não precisa agradecer-me pela atenção.
Sou eu que agradeço-lhe o comentário.
Não sei se já notou, mas acabei de acrescentar mais quatro argumentos novos em favor do piscinão, somando dez no total. Vamos ver se você continuará a condená-lo.
Bons ventos!