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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Guerras climáticas, a nova ameaça - 30 importantes matérias sobre o meio ambiente 28






FORUM MUDANÇAS CLIMÁTICAS E JUSTIÇA SOCIAL

Guerras climáticas, a nova ameaça

A Entre 2006 e 2011, a Síria viveu a mais longa seca e a maior perda de colheita já registrada desde as primeiras civilizações do Crescente Fértil. Dos 22 milhões de pessoas que habitavam então o país, quase um milhão e meio foi afetado pela desertificação, o que causou migração em massa de agricultores, criadores de gado e suas famílias para as cidades. Esse êxodo elevou as tensões causadas pelo afluxo de refugiados iraquianos que se seguiu à invasão norte-americana em
2003.

 Durante décadas, o regime do Partido Baath, em Damasco, negligenciou a riqueza natural do país, subsidiando as culturas de trigo e algodão que requerem muita água e incentivando técnicas de irrigação ineficientes. A criação ultra-intensiva do gado e o aumento da população reforçaram o processo. Os recursos hídricos reduziram-se à metade entre 2002 e 2008.

O colapso do sistema agrícola sírio é resultado de uma complexa interação de fatores, que inclui as alterações climáticas, a má gestão dos recursos naturais e a dinâmica populacional. 

A “combinação de mudança econômica, social, ambiental e climática erodiu o contrato social entre os cidadãos e o governo, catalisou os movimentos de oposição e provocou uma degradação irreversível do poder de Assad”, dizem Francesco Femia e Caitlin Werrell, do Centro do Clima e Segurança. 

Segundo eles, a emergência do Estado Islâmico (EI) e sua expansão na Síria e no Iraque resultam, em parte, da seca. E isso não decorre somente da variação climática natural. Trata-se de uma anomalia: “A mudança dos padrões de chuvas na Síria está ligada ao aumento médio do nível do mar no leste do Mediterrâneo, combinado com a queda da umidade do solo. Nenhuma causa natural aparece nessas tendências, ao passo que a seca e o aquecimento corroboram os modelos de resposta ao aumento dos gases de efeito estufa”, diz a revista da Academia Americana de Ciências.

No leste da China, durante o inverno de 2010-2011, a falta de chuvas e as tempestades de areia, que levaram o governo de Wen Jiabao a lançar foguetes na esperança de desencadear precipitações, tiveram repercussão em cascata, muito além das fronteiras do país. A perda de colheitas forçou Pequim a comprar trigo no mercado internacional. O aumento dos preços mundiais que se seguiu alimentou o descontentamento popular no Egito, o maior importador de trigo do mundo, onde as famílias gastam em comida, atualmente, mais de... LINK

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